Editora: InterSaberes
ISBN: 978-85-5972-570-4
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 216
Sinopse: Atualmente,
tem-se falado muito em “avaliação”, tema que desperta inúmeras opiniões entre
alunos, pais, especialistas e educadores. Isso porque, enquanto no passado a
escola considerada “de boa qualidade” era aquela que reprovava mais, hoje a
escola adequada é aquela que repensou esse modelo educacional e passou a focar
seu trabalho no desenvolvimento cognitivo do aluno. Este é um livro que
visa à promoção da aprendizagem escolar e destaca a necessidade de o professor
estar preparado para avaliar os alunos, de acordo com a particularidade de
cada um deles. Nesta obra, o autor comenta importantes opiniões existentes
sobre avaliação e ensino no Brasil, além de propor o emprego de variados
instrumentos avaliativos que podem contribuir com o processo de
ensino-aprendizagem e com o domínio de conteúdos aplicados em sala de aula.
Voltada a todos os educadores interessados em aperfeiçoar sua prática, esta
publicação, dinâmica e inovadora, faz repensar o verdadeiro papel da avaliação
escolar.
“Ainda sobre o papel da avaliação, Saraiva (Avaliação: uma abordagem ampla, 2005) explica que “avaliar a aprendizagem do aluno significa, concomitantemente, avaliar o
ensino oferecido [...] [assim,] se não houver a aprendizagem esperada, estamos
diante de uma certeza — o ensino não cumpriu sua finalidade — a de fazer
aprender”. É possível perceber, assim, a responsabilidade do professor.
Nessa mesma linha de entendimento do papel da
avaliação; a autora lança um olhar sobre o tema que se estende à função do
sistema de ensino oficial nessa questão Para Saraiva (2005),
um sistema de ensino comprometido com o desenvolvimento das competências
e habilidades dos alunos encontra na avaliação, não um instrumento para aprovar
ou reprovar e, sim, uma referência à análise de seus propósitos, permitindo-lhes
buscar cantinhos para que os alunos sejam bem-sucedidos na travessia da passarela
da aprendizagem.
Além da autora citada anteriormente,
destacamos ainda Both (Ensinar e avaliar
são de domínio público, 2005), para quem toda incitativa de aprendizagem,
tendo como ator coadjuvante a avaliação, somente se justifica em função de um
bem maior: a educação. Para Both (2005, p. 59),
ensino, avaliação e aprendizagem não se justificam plenamente por si
sós, mas sempre em função de um bem acadêmico maior, o da educação. E para uma
compreensão melhor do que seja educação, tem ela sua origem no verbo educar,
que, por sua vez, provém do verbo latino educere, que significa trazer para fora, fazer
desabrochar. E desabrochar quer dizer mostrar-se para a vida de forma real,
revelar-se para o externo, desvelar potencialidades como desdobramentos da
educação. (...)
De acordo com Both (Mais do que avaliar por competências cabe valorizar a capacidade
criadora e empreendedora, 2001)
as exigências educacionais da sociedade como
todo são inúmeras e diversificadas, segundo as diferentes realidades que são
requeridas. No entanto, de forma universal, os níveis escolares, dentro de suas
características, procuram aguardar da formação de seus estudantes aspectos
como:
- consciência e compromisso com os problemas sociais de seu tempo e
meio;
- capacidade para enfrentar o mundo do trabalho;
- estarem preparados para o ingresso em níveis subsequentes do ensino;
- estarem informados para o exercício participativo e responsável da cidadania;
- competência, capacidade e habilidade na implementação de ensino com
investigação nos níveis escolares que lhes competem.
É imprescindível que você tenha sempre
concepções bastante claras sobre a avaliação e o papel a ser por ela cumprido
no contexto de ensino-aprendizagem. Não permita que o objetivo principal da avaliação
seja apenas identificar o quanto o aluno sabe e com que profundidade apreendeu
os conteúdos; em vez disso, assegure que ela possibilite verificar quais foram
os caminhos que o levaram a esse conhecimento.”
“O
trinômio permite ao aluno reconhecer seu papel, tanto na família quanto na
sociedade, como ser cooperador, criativo, participativo e corresponsável pela
gradual elevação da qualidade de vida. E os educadores não podem nos furtar de
dar essa oportunidade a ele.
Assim, por certo, deve o ato de avaliar ser
encarado sob quatro prismas intercomplementares:
1. processo de justiça para com o aluno;
2. ato de responsabilidade ante o desempenho
do aluno;
3. diagnóstico da realidade, com
estabelecimento de juízo de valor com base em dados significativos;
4. tomada de decisão para a solução de
situações-problema.
Dessa maneira, é preciso entender a avaliação
como um processo que consiste em fazer um julgamento comparativo entre o desempenho demonstrado e o resultado pretendido. Vista como processo, ela sempre faz prevalecer a
qualidade do desempenho sobre a quantidade de atividades realizadas pelo aluno
ou por profissional de qualquer área.
Desse modo, sempre cabe dar maior ênfase ao
processo do que ao produto resultante da combinação ensino-aprendizagem. Por
outro lado, também compete ao professor ter em maior consideração a valorização
das possibilidades e das potencialidades do aluno do que suas eventuais
limitações.”
“É mais interessante descobrir novos mares
por onde navegar do que velhos portos onde ancorar.”
“Enquanto
a avaliação se constitui em processo dinâmico, construtivo e de acompanhamento
crescente do aluno ao longo de todo o percurso pedagógico, a verificação é um
ato estático, de constatação, de medida, de aferição, não favorecendo a
necessária visão do educando como um ser que precisa desenvolver-se em sua
globalidade.
Perceba que essa condição de antagonismo
entre avaliação e verificação não se estabelece de forma irremediável, radical,
mas do ponto de vista conceitual e de aplicação. Nesse contexto, a avaliação
consegue cobrir todas as necessidades avaliativas processual ou formativamente,
já a verificação apenas fornece dados quantitativos para a tomada de decisão.
Vistas individualmente, avaliação e
verificação sugerem cabal antagonismo. No entanto, podemos notar que, juntas,
elas podem atuar colaborativamente. Enquanto a avaliação se preocupa
pontualmente com a melhoria de desempenho do estudante ou de um profissional, a
verificação fornece dados estatísticos como suporte à tomada de decisão pela
avaliação.”
“Para Penna Firme (Avaliação: resposta, responsabilidade, integração, 1988, p. 137), “avaliar
é um momento inevitável de qualquer atividade humana [...] [e, ainda,] se a
falta de avaliação é grave, igualmente prejudicial é a sua inadequação”.
Realmente, sem avaliação não há aprendizagem condizente, assim como avaliar
inadequadamente pode propiciar desequilíbrio qualitativo entre ensino e
aprendizagem. (...)
Tyler (The
Objective and Plans for a National Assessment of Educational Progress,
1966, p. 1-4) entende avaliação como “verificação
dos objetivos”. Certamente, verificação, no presente contexto, assume o
sentido de avaliação como forma dinâmica e construtiva de acompanhamento global
do aluno.”
“- O bom professor certamente não é aquele
que muito reprova ou aprova a todos;
- O educador do futuro é aquele que toma
todas as medidas para que a aprendizagem aconteça para todos;
- O bom professor é aquele que sabe
desviar-se da cultura da reprovação;
- O educador do futuro é aquele que sabe
avaliar ensinando e ensinar avaliando;
- O bom professor é aquele que tem
consciência do ato de ensinar;
- O educador do futuro é aquele que se
preocupa em dar sentido aos conteúdos escolares, aproximando-os da realidade
vivida pelos alunos;
- O bom professor não é somente aquele que
disponibiliza uma grande gama de conteúdos aos alunos, mas o que sabe
viabilizar a capacidade de associação de ideias dos estudantes;
- O educador do futuro é aquele que facilita
a busca e seleção de informações;
- O bom professor é aquele que orienta o
processo da passagem da informação para o conhecimento;
- O educador do futuro é aquele que auxilia
na contextualização do conhecimento com a realidade vivenciada pelos
estudantes;
- O bom professor é aquele que propicia o
desenvolvimento da capacidade de aplicação consequente dos conhecimentos;
- O educador do futuro é aquele que procura
conhecer a realidade pessoal e social dos alunos;
- O bom professor é aquele que procura
inserir a realidade dos acontecimentos na estruturação dos conteúdos de suas
disciplinas;
- O educador do futuro é aquele que sabe
utilizar-se dos meios e instrumentos de comunicação, conectando o cotidiano com
os diferentes contextos educacionais;
- O bom professor é aquele que sabe que a
educação é a chave para a transformação da sociedade e para a melhoria da
qualidade de vidadas populações;
- O educador do futuro é aquele que sabe
respeitar o jeito de ser, o ritmo e o conhecimento dos seus alunos;
- O bom professor é aquele que sabe
reconhecer na educação o melhor meio para a conquista da cidadania;
- O educador do futuro é aquele que sabe
trabalhar com alunos que manifestam maiores aptidões em uma disciplina do que
em outra;
- O bom professor é aquele que sabe
identificar e contornar os principais fatores que dificultam a aprendizagem;
- O educador do futuro é aquele que sabe
ensinar, sim, mas que prefere trabalhar com o aluno e fazê-lo trabalhar e
produzir (ensino com investigação);
- O bom professor é aquele que sabe
contribuir na elaboração de projeto político-pedagógico para a sua unidade
escolar e desenvolve assuas atividades a partir dele;
- O educador do futuro é aquele que sabe
apontar os problemas de aprendizagem dos alunos, mas que também sabe
identificar os problemas de “ensinagem” da escola e do professor;
- O bom professor é aquele que também sabe
valorizar o que o aluno sabe e não principalmente o que não sabe;
- O educador do futuro é aquele que busca
permanentemente o próprio aperfeiçoamento;
- O bom professor é aquele que percebe que os
tempos mudam e que necessita neles mudar;
- O educador do futuro é aquele que sabe que,
sendo bom educador, pode constituir, juntamente com a família, um dos
principais pontos de equilíbrio do nível comportamental e da delinquência
escolar e social;
- O bom professor é aquele que apresenta aos
alunos mais dúvidas do que soluções;
- Enfim, o bom professor e o educador do
futuro primam pela alegria de educar.”
(Both, 2001, p. 209-210)
“Por vez, “ajudar alguém a enxergar mais
claramente o que está tentando fazer” revela a função de ser professor, de
contribuir para que o aluno consiga ajudar a si próprio na aprendizagem, sendo
corresponsável pelo desvelamento do desconhecido e pela visualização mais clara
do que já é conhecido.”
“Programa
de avaliação institucional
Questões de inspiração:
- Serve à identificação do nível de
desempenho do ensino, da pesquisa, da extensão, dos serviços administrativos e
do estado das condições da estrutura física.
- Leva à tomada de consciência, de forma crítica
e questionadora, quanto à relevância do fazer e do pensar institucional.
- Constitui questão a ser enfrentada medo,
receios, desconfianças e sim com otimismo.
- Não constitui questão premiativa nem
punitiva, mas também significa neutralidade.
- Deve ser um programa credível, exequível e
consequente.
- É um processo indispensável à vida
institucional de ensino.
- Não se trata de corporativismo nem de
ocultação da mediocridade.
- Sugere autonomia; autonomia pressupõe
qualidade; qualidade é condição institucional de ensino.
- É um processo social e público.
- É um processo político de orientação para a
tomada de decisão pedagógica, científica e tecnológica.
- Constitui-se em um processo com dimensão de
autoavaliação,
Objetivos da avaliação institucional:
- Conclamar as comunidades docente, discente,
técnica e administrativa, bem como a sociedade e para uma permanente reflexão,
autocrítica e participação no desenvolvimento institucional e social.
- Dignificar as funções docente, técnica e
administrativa.
- Despertar nos professores e nos alunos uma
conscientização acerca dos fatores determinantes para a qualidade e o sucesso
do ensino, da pesquisa e da extensão.
- Levar o pessoal técnico e administrativo a
perceber a responsabilidade que lhe cabe em propiciar condições para o
desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão.
- Promover atitude responsável dos alunos no
desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
- Proporcionar aos professores elementos que
lhes facilitem o reajuste de conteúdos e métodos de ensino.
- Incentivar a comunidade educacional para
uma permanente reflexão e autocrítica em sua participação na instituição.
- Apontar o nível de qualidade do processo de
ensino-aprendizagem.
- Elencar os principais agentes de promoção e
entrave do desenvolvimento institucional.
Perspectivas de uma avaliação institucional
- Hoje não mais se discute se a avaliação
institucional deve ser ou não realizada; sua implementação é condição sine qua non para o desenvolvimento institucional.
- Discutem-se, hoje, filosofia, objetivos,
metodologia e abrangência da avaliação institucional
- Está fora de cogitação fugir à avaliação,
mas deve-se encará-la com competência, seriedade, rigor e paciência.
- A avaliação é urna questão simples e
singular, mas plural e diversa.
- A realidade que se pretende avaliar é
dinâmica, contraditória e multifacetada.
Caracterização da avaliação institucional:
- Comparação entre aquilo que existe e o
necessário.
- Medição da distância entre o sonho e a
realidade.
- Ajuda a enxergar mais e melhor aquilo que
se gostaria de enxergar e perceber.
- Processo contínuo de aperfeiçoamento do
desempenho discente.
- Ferramenta para o planejamento e a gestão
educacional.
- Processo sistemático de prestação de contas
à sociedade.
- Agente dignificador das funções docente,
técnica e administrativa.
Definição da instituição em que é realizada a avaliação:
- Ambiente em que ocorre a síntese de todas
as relações.
- Ambiente em que a verdade jamais é
definitiva.
- Ambiente em que a lógica é a da verdade, e
não a do mercado de trabalho.
- Instituição que se firma pelo exercício
solidário do ensino, da pesquisa e da extensão.
- Não sobrevive isolada, mas em parceria com
órgãos públicos, privados e sociedade.
Qualidade institucional:
- A instituição tende a ter qualidade quando
seus recursos de boa qualidade.
- Qualidade é questão de sobrevivência.
- A qualidade não é gratuita, mas custa menos
que a não qualidade.
- Qualidade é a transformação da potência em
ato.
- Qualidade razoável não basta, é preciso ser
plena.
- Não qualidade é perda de tempo, dinheiro,
esperança e paciência.
- Qualidade deve haver não só no processo,
mas também no produto final.”
“Nesta seção, a competência, a capacidade e a
habilidade, às quais é acrescida a convivência, são apresentadas sob nova ótica
e função, diversas das que vêm sendo concebidas sobre elas nos níveis
educacional, social e profissional, no meio acadêmico e fora dele. Vejamos como
se caracterizam (Both, Avaliação-ensino,
2000a);
- Competência
— Sugere domínio de conhecimentos.
- Capacidade
— Requer saber o que fazer, como aplicar e relacionar conhecimentos.
- Habilidade
— Pressupõe saber relacionar os conhecimentos, bem como dar-lhes aplicabilidade
de forma criativa e criadora.
- Convivência
— Implica sentir-se valorizado como pessoa competente, capaz e hábil, fazendo
refletir o bem-estar na convivência social. (...)
Podemos entender a avaliação de desempenho de
um piloto com as seguintes características:
- Competência
— que o piloto demonstre ter a competência suficiente para alçar voo;
- Capacidade
— que o piloto demonstre ter a capacidade necessária para assegurar a
permanência do avião no ar;
- Habilidade
— que o piloto demonstre ter a habilidade criativa necessária para garantir um
voo seguro;
- Convivência
— que o piloto saiba propiciar bem-estar aos passageiros ao alçar voo, ao
manter o avião no ar, ao garantir um voo seguro e ao aterrissar sem percalços.
Agora, substitua o piloto pelo aluno. Se
respeitarmos os objetivos e as características de cada nível escolar,
perceberemos que o papel da avaliação no contexto do desempenho do aluno no
processo de ensino-aprendizagem assume a seguinte forma:
- Competência
— que o aluno demonstre ter a competência em promover, dominar e apreender
conhecimentos;
- Capacidade
— que o aluno demonstre ter capacidade para interpretar e relacionar
conhecimentos;
- Habilidade
— que o aluno demonstre ter a habilidade criativa para saber aplicar
conhecimentos;
- Convivência
— que o aluno saiba “ser com os outros” a partir dos conhecimentos que domina,
interpreta, relaciona e aplica; que o aluno saiba valorizar o passado,
comprometer-se com o presente e vislumbrar o futuro; que o aluno saiba perceber
mais e melhor aquilo que está procurando perceber; que o aluno procure sempre
melhor conhecer a si mesmo; que o aluno saiba identificar, desenvolver e
utilizar suas potencialidades; que o aluno saiba e queira livremente
determinar-se; que o aluno se disponha a avaliar, a autoavaliar-se e a ser
avaliado.
Observe que as funções de competência,
capacidade e habilidade desembocam na convivência, na forma de manifestações
positivas explícitas de desempenho por parte do educando. Convivência, no caso,
representa o destino final dos benefícios advindos das demais funções.”
“A avaliação é um dos aspectos principais do
processo de aprendizagem. Na verdade, avaliação e ensino se equivalem quando,
em um processo interativo, dão realidade à aprendizagem.
Por si só isso pode constituir argumento
suficiente para a formalização de estímulo a ser direcionado a favor da ação
avaliativa como elemento que permita aos gestores, aos professores e aos
estudantes perceber o quanto foi apre(e)ndido, como essa aprendizagem ocorreu e
qual é o hiato existente, porventura, entre o ensinar, o apre(e)nder bem e o
avaliar com pertinência,
Existe uma consciência coletiva no meio
educacional de que vale a pena velar pela qualidade da aprendizagem, quando os
professores sabem ensinar e avaliar e os alunos conhecem os caminhos do apre(e)nder.
É importante entender que o foco principal da avaliação não é aprovar
ou reprovar alunos, mas fazer com que, a partir dela, eles consigam perceber o
quanto e em que condições dominam, relacionam e aplicam os conteúdos e os
conhecimentos inerentes às temáticas e aos diversos conteúdos que compõem as
disciplinas dos respectivos cursos. Assim, não é o professor o único
responsável pela aprovação ou pela reprovação de seus alunos; são os estudantes
que decidem em que medida querem envolver-se com a aprendizagem.
Podemos afirmar, por fim, que a aprendizagem
alcançada pelos estudantes em maior ou menor escala também tem a ver, e às
vezes em grande escala, com o nível de comprometimento profissional e com a
capacidade do professor em auxiliar o alunado a aprender.
Priorizar a aprovação como resultado de uma
excelente aprendizagem deve sempre constituir meta primeira do professor, mas a
reprovação também deve estar no plano docente, quando alunos a desejarem e
fizerem por merecê-la.”
“Dominar conceitos e instrumentos de
avaliação é importante no contexto educacional informal e formal, mas isso não
basta, pois se considerados somente em si mesmos, constituem elementos
estáticos, sem vida. No entanto, quando colocados em prática de forma criativa,
facultam ao aprendiz mudanças de comportamento e de visão de mundo, além da
percepção diversificada das oportunidades de aprendizagem que o circundam.
O educador deve utilizar-se dos elementos
dinâmicos da avaliação, colocando-os criativamente a serviço da aprendizagem do
aluno. Porém, deve fazer isso segundo seu entendimento acerca da avaliação e de
acordo com sua capacidade inovadora em avaliar.
Dessa forma, não basta que o professor domine
concepções de avaliação julgadas como pertinentes; é preciso saber aplicar a
contento os elementos pedagógicos que as integram.”
“A avaliação compreende, paralelamente ao ato
de ensinar, a definição de uma metodologia que favoreça a aprendizagem e de um
processo que permita identificar o real nível de desempenho do aluno, bem como
apontar caminhos múltiplos que o levem a aprender.
Portanto, os processos de avaliação e de
aprendizagem se encontram num mesmo ponto: aquele em que a educação se
formaliza como fator insubstituível na geração de possibilidades de
concretização de bem-estar ao alcance de todo ser humano, de melhoria de qualidade
de vida, de desenvolvimento social e de respeito à vida.”
2 comentários:
Por questões de espaço, achei por bem não inserir os quadros das páginas 87-93, mas fica aqui o destaque.
Olá esse e o resumo do livro avaliação planejada aprendizagem consentida?
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