quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O Amor nos Tempos do Cólera – G. G. Márquez

Editora: Record
ISBN: 978-85-0102-872-3
Tradução: Antônio Callado
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 429
Sinopse: Ainda muito jovem, o telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garciá se apaixonou por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da moça, coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento enviando a filha ao interior numa viagem de um ano. Para manter seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse. Essa é a história real dos pais de Gabriel García Márquez e foi ponto de partida de O amor nos tempos do cólera, que acompanha a paixão do telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza por Fermina Daza.
Nesta fábula de realismo-fantástico, Gabriel García Márquez mostra que a paixão não tem idade.



“Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos suportar o passado.”


“Sem propor a si mesmo, sem nem saber, demonstrou com sua vida a razão que tinha o pai, que repetiu até o último suspiro que não havia ninguém com mais sentido prático, nem pedreiros mais obstinados nem gerentes mais lúcidos e perigosos do que os poetas.”


“Contudo, Florentino Ariza descobriu a parecença muitos anos depois, enquanto se penteava na frente do espelho, e só então compreendeu que um homem sabe que começa a envelhecer porque começa a parecer com o pai.

Manifesto do Partido Comunista – Karl Marx e Friedrich Engels

Editora: Martin Claret
ISBN: 978-85-7232-418-2
Tradução: Luciano Cavini Martorano
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 144
Sinopse: Fruto de décadas de colaboração entre Marx e Engels, o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana, ao longo do século XX.
O Manifesto do Partido Comunista, obra redigida por Karl Marx e Friedrich Engels, em 1847, é o texto fundador do marxismo.
Afirma que o motor da história é a luta de classes e expõe o programa político dos comunistas após a tomada do poder. O texto observa que o poder só pode ser atingido pela derrubada do Estado burguês e pela união dos proletários de todos os países.
O núcleo do pensamento de Marx é sua interpretação do homem.

“A história de todas as sociedades que existiram até hoje é a história de luta de classes.”


“Mas a burguesia não forjou apenas as armas que lhe trarão a morte; produziu também os homens que empunharão essas armas – os operários modernos, os proletários.”


“Toda sociedade até aqui existente repousou, como vimos, no antagonismo entre classes de opressores e classes de oprimidos. Mas, para que uma classe possa ser oprimida, é preciso que lhe sejam asseguradas condições nas quais possa ao menos dar continuidade à sua existência servil. O servo, durante a servidão, conseguiu tornar-se membro da comuna, assim como o burguês embrionário, sob o absolutismo feudal, conseguiu tornar-se burguês. O operário moderno, ao contrário, ao invés de se elevar com o progresso da indústria, desce cada vez mais, caindo inclusive abaixo das condições de existência de sua própria classe. O operário torna-se pobre e o pauperismo cresce ainda mais rapidamente do que a população e a riqueza. Fica assim evidente que a burguesia é incapaz de continuar por muito tempo sendo a classe dominante da sociedade e de impor à sociedade, como lei reguladora, as condições de existência de sua própria classe. É incapaz de dominar porque é incapaz de assegurar a existência de seu escravo em sua escravidão, porque é obrigada a deixá-lo cair numa situação em que deve alimentá-lo ao invés de ser por ele alimentada. A sociedade não pode mais existir sob sua dominação, quer dizer, a existência da burguesia não é mais compatível com a sociedade.”


“O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa.”


“Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada. Mas, em vossa atual sociedade, a propriedade privada já está abolida para nove décimos de seus membros; ela existe precisamente porque não existe para esses nove décimos. Censurai-nos, portanto, por querer abolir uma propriedade cuja condição necessária é a ausência de toda e qualquer propriedade para a imensa maioria da sociedade.
Numa palavra, censurai-nos por querer abolir vossa propriedade. De fato, é exatamente isso o que queremos.”


“Objeta-se ainda que com a abolição da propriedade privada toda a atividade cessaria, e uma preguiça geral seria difundida.
Se assim fosse, a sociedade burguesa teria há muito tempo perecido na indolência, pois nela os que trabalham não ganham e os que ganham não trabalham.”


“O poder político do estado moderno nada mais é do que um comitê para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa.”


“Tal socialismo analisou com muita perspicácia as contradições inerentes às modernas relações de produção. Pôs a nu as hipócritas apologias dos economistas. Demonstrou irrefutavelmente os efeitos destruidores da maquinaria e da divisão do trabalho, a concentração dos capitais e da propriedade territorial, a superprodução, as crises, a ruína inevitável dos pequenos burgueses e dos pequenos camponeses, a miséria do proletariado, a anarquia na produção, a acintosa desproporção na distribuição das riquezas, a guerra industrial de extermínio entre as nações, a dissolução dos antigos costumes, das antigas relações familiares, das antigas nacionalidades.”


“Os comunistas recusam-se a ocultar suas opiniões e suas intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados com a derrubada violenta de toda a ordem social até aqui existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários nada têm a perder nela, a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.
Proletários de todos os países, uni-vos!”