terça-feira, 30 de abril de 2013

A Ratazana – Günter Grass

Editora: Record
ISBN: 978-85-0105-991-8
Tradução: Lya Luft
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 420
Sinopse: Günter Grass, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1999, mescla sonho e realidade, passado, presente e futuro, nesta fascinante e bela história. Em A Ratazana, Grass, um dos maiores escritores modernos da atualidade, resgata seus personagens mais famosos para conviverem com um rato que tenta demonstrar, através de diálogos bastante convincentes, que sua espécie irá dominar a Terra, dando início a uma nova era. Tudo começa quando o narrador, o próprio Grass, ganha uma ratazana de presente de Natal. Desde esse dia ela entra definitivamente na sua vida e na sua imaginação.
Em A Ratazana, Grass escreve histórias dentro de outras histórias. Sua própria história real e a do rato. A de um grupo de mulheres em uma viagem de pesquisa pelo oceano, reclamando e lamentando aos berros enquanto tricotam. A de nosso velho amigo de Tambor, Oscar Matzerath, já com 60 anos, careca, com problemas na próstata e dono de uma grande produtora. O rato entra em todas essas histórias, criando suas próprias, desafiando o narrador em seus sonhos e em suas realidades, discutindo com ele, interrompendo e desafiando. Durante o aniversário de 107 anos da avó de Oscar, por exemplo, é exibido um vídeo sobre o reflorestamento da Alemanha. Este, é conduzido por personagens das fábulas do Irmãos Grimm e pelos próprios Grimm, que aparecem na história como ministros do meio ambiente do governo de Bonn. Lá também está o rato.
O narrador por sua vez, luta para preservar a espécie humana, escrevendo suas memórias. Enquanto escreve sobre seu próprio passado, imagina um futuro apocalíptico e terrível. Em A Ratazana, Grass desenvolve todo seu senso de observação e interpretação, e divaga sobre a condição humana e dos animais. Um romance erudito e assustador.



“É cada vez mais difícil presentear. Tudo foi realizado. O que falta, dizemos, é a carência, como se a quiséssemos transformar em desejo nosso. E continuamos presentando sem piedade. Ninguém mais sabe o que quando de quem lhe demonstra afeto. Sentia-me saciado e carente quando, indagado, pedi um rato como presente de natal.”


“Histórias de ratos! A Ratazana conhece montes! Não só em zonas mais quentes, até nos iglus dos esquimós haveria ratos. Conseguiram migrar para a Sibéria com os exilados. Acompanhando exploradores dos Polos, ratos de navio descobriram o Ártico e a Antártida. Nenhum ermo lhes era inóspito demais. Atrás de caravanas entraram no deserto de Góbi. Seguindo peregrinos devotos, puseram-se a caminho de Meca e Jerusalém. Viam-se ratos lado a lado em fileiras cerradas migrando com os povos migratórios da espécie humana. Com os godos foram até o mar Negro, com Alexandre para as Índias, com Aníbal atravessaram os Alpes, e seguiram os vândalos até Roma. Atrás dos exércitos de Napoleão foram a Moscou, e voltaram. Os ratos também atravessaram o Mar Vermelho sem se molhar, com Moisés e o povo de Israel, para saborearem maná celeste no deserto de Zin; desde o começo sempre houve lixo suficiente.”


“– Ainda  bem que os homens sumiram. Eles só emporcalhavam tudo. Sempre imaginavam coisas, nas suas cabeças lá em cima. Mesmo quando a superabundância ameaçava de os sufocar, não estavam satisfeitos, nunca tinham o bastante. Se fosse preciso, inventavam uma carência. Empanturrados e famintos! Sabichões e burros! Sempre divididos. Com medo na cama, procuravam perigo lá fora. Enjoados dos velhos, estragavam seus filhos. Escravos escravagistas. Devotos hipócritas! Exploradores! Desnaturados! Por isso cruéis. Pregaram o único filho do seu próprio Deus. Abençoam suas armas. Bem bom que sumiram! (...) Esses humanos pensavam que o sol haveria de hesitar em aparecer e se pôr depois que eles se evaporassem, se derretessem ou se queimassem, depois que batessem as botas, essa espécie falhada, depois do “acabou-se” para essa espécie humana. Nada disso fez sequer comichões na lua, nem nos astros. Nem maré cheia ou vazante cessaram, ainda que os mares também cozinhassem aqui e ali, ou buscassem outras praias. Desde então, silêncio. O seu ruído se foi com eles. E o tempo passa como se nunca tivesse sido calculado nem trancafiado em calendários.”


“– Você nos passou a perna. Os homens ainda têm a mão no gatilho. Só eles têm a palavra de comando, ainda que a gente esteja correndo cada vez mais depressa para o abismo. E naquela ocasião nós pensamos: agora será a vez da causa das mulheres, o inteligente domínio das mulheres. Negativo.”


“A Oceanóloga tira suas luvas. Joga sobre a amurada e aponta em sequência na direção de Pelzerhaken, Neustadt, Scharbeuz:
– Ficavam ali, eram três navios. Eu usava trancinhas com laços e tinha doze anos quando o “Thielbeck”, o “Cap Arcona” e o “Alemanha” ancoraram aqui. Tínhamos sido evacuados de Berlim. Tínhamos sido bombardeados duas vezes. Foi em abril de quarenta e cinco, pouco antes do fim. Os navios estavam ali todas as manhãs, quando eu ia para a escola. Pareciam pintados. Eu também os pintei, na mesa da cozinha. Com lápis de cor, todos os três. Os adultos disseram: “Ali dentro tem prisioneiros de campos de concentração.” Quando em três de maio minha mãe me mandou mais uma vez para a cidade, porque se podia comprar açúcar com cartões, da praia eu vi que alguma coisa estava acontecendo com os navios. Estavam fumegando. Estavam sendo atacados. Hoje a gente sabe mais. Os prisioneiros vinham de Neuengamme e algumas centenas eram de Stutthof. E os navios estavam sendo atacados por Typhoons ingleses. Com foguetes. Parecia bonito, ali da praia, como uma manobra. Seja como for, o “Cap Arcona” pegou fogo e mais tarde soçobrou. O “Alemanha”, no qual não havia prisioneiros, foi afundado. O “Thielbeck”, no qual prisioneiros tinham içado lençóis como bandeiras brancas, emborcou, em chamas, e foi afundado. Naturalmente da praia não se via o que estava acontecendo no bojo dos navios. Quase nem se pode imaginar. Mesmo que mais tarde eu ainda ficasse muito tempo desenhando navios em chamas com lápis de cor, ah meu Deus! Antes do ataque havia cerca de nove mil prisioneiros a bordo do “Arcona” e do “Thielbeck”. Destes, bem uns trezentos morriam de fome todo dia. E cerca de cinco mil e setecentos prisioneiros – poloneses, ucranianos, alemães e naturalmente judeus – foram queimados, afogaram-se ou, se chegavam a nado, simplesmente fuzilados. Por homens da SS e fuzileiros navais. Eu vi isso quando tinha doze anos. Estava ali parada com minhas tranças olhando. Também havia muitos adultos de Neustad ali vendo os prisioneiros serem fuzilados mal saíam da água, tremendo. Naturalmente até hoje todo mundo diz que não viu nem ouviu nada. Na Inglaterra também nem um porco comenta o assunto. Foi um acidente, acabou. Durante dois anos ainda chegavam cadáveres carregados pelas ondas, perturbando o banho nas praias. Logo depois se fez a paz.”


“Como gralhas na floresta morta, um dia o engano tem de alçar voo, mesmo que ainda esteja bem cotado. Ah, as mentiras não andam sobre pernas curtas, mas a bom passo!”


“O ser humano está cansado de documentários. Realidade demais cansa. E de qualquer modo ninguém mais acredita em fatos. Só sonhos da caixa mágica produzem fatos esclarecedores. Não nos iludamos: a verdade se chama Pato Donald, e Mickey Mouse é o seu profeta!”


“Mas o meu rato-de-natal não tem nenhum interesse em atualidades. Por toda parte, problemas não resolvidos. Parece que só as crises vão crescer; e o meu rato jovem, que sem rabo tem mais ou menos o comprimento de um indicador, cresce como as crises que, por estarem tão juntas, se enovelam umas com as outras ao crescer e – falando de forma figurada – formam o chamado Rei dos Ratos.”


“– No tempo dos humanos aconteciam as mesmas coisas terríveis entre poloneses e alemães, sérvios e croatas, ingleses e irlandeses, turcos e curdos, negros e negros, amarelos e amarelos, cristãos e judeus, judeus e árabes, cristãos e cristãos, índios e esquimós. Eles se apunhalaram e exterminaram, se mataram de fome, se apagaram. Tudo isso primeiro germinava em suas mentes. E porque o ser humano arquitetou seu fim e depois o realizou conforme planejara, por isso a humanidade não existe mais. Talvez os seres humanos apenas quisessem provar para si mesmos que não eram capazes de coisas extremas apenas em pensamento. Admitimos: prova muito bem-sucedida! Também é possível que os humanos tenham deixado definhar aquela outra capacidade sua, que nós ratos sempre tivemos, a vontade de viver. Em suma, não tinham mais prazer nisso. Desistiram e, apesar do ódio e das brigas, concordaram em acabar com tudo. “Os humanos causaram o seu próprio fim”, exclamou a Ratazana em dialeto. (...) Os humanos sempre tinham nos parecido capazes de qualquer coisa, e também do contrário. Assim os conhecíamos: desconcentrados porque absortos, correndo atrás de desejos ou de perdas, carentes de amor, desejosos de vingança, indeciso entre Bem e Mal.”


“Assim vocês humanos criavam coragem – disse a Ratazana –. Intimidando-se mutuamente, expulsavam pouco a pouco o medo. Ele era proibido, não deveria aparecer em parte alguma. Ninguém queria ser visto com ele. No fim os humanos eram covardes demais para terem medo, quem o mostrava abertamente era marginalizado. (...) Vocês queriam se livrar do medo, como queriam ser livres de preocupações, livres de pecados, de dívidas, desde sempre livre de responsabilidades, de inibições, de escrúpulos, livres dos ratos, dos judeus. Mas o ser humano que não tem medo é particularmente perigoso. Nós estávamos vendo que essa ausência de medo os deixava cegos, depois burros. Nenhum sacrifício pela liberdade é grande demais para nós, era a frase heroica escrita em um dos cartazes; mas há muito vocês tinham sacrificado sua liberdade ao ídolo chamado Segurança. Eram prisioneiros de sua técnica abrangente que absorveu as suas últimas dúvidas, e no final, liberados de responsabilidades, vocês foram aniquilados. Idiotas! O último restinho de Razão servindo de pasto, em migalhinhas, para computadores insaciáveis, para que eles assumissem a responsabilidade.”


“– Mas, se pudéssemos ter-lhes ensinado alguma coisa, a primeira lição teria sido a seguinte: a partir de agora  a educação da espécie humana não admite mais essa conversa fiada de imortalidade. O ser humano vive enquanto vive. Depois da morte não há nada. E nada sobrará dele senão o seu lixo. Portanto, tenham medo, humanos, angustiem-se, sejam mortais como nós ratos, e talvez vivam um pouquinho mais.”


“– Como as bombas seletivas liquidaram apenas os seres vivos, no centro e no porto não apenas todos os edifícios, continuavam de pé, mas também veículos e utensílios estavam intactos. (...) Mas nós encontrávamos os humanos em toda a parte. Em casas, ruelas e igrejas, em bondes, trens de subúrbio, no trem expresso que partia de Varsóvia. Cadáveres ressequidos como couro, pretos de fuligem desde aquele tempo trevoso das tempestades de pó. Estavam deitados, acocorados, agachados, enovelados uns com os outros como se no fim tivessem buscado o exemplo da nossa ninhada ainda grudada, chamada Rei dos Ratos. Nas cabines dos navios, em cada convés, ao longo das instalações dos cais na cantina do Estaleiro Lenin, por toda parte todo o sangue dos humanos fora extraído, o muco, a água, os últimos sucos. Estavam reduzidos ao tamanho de anões, e quando os removemos eram bem levinhos. Muitos – obviamente turistas – agarrados às suas câmeras fotográficas. E mesmo assim – acredite! – em seus resquícios o ser humano era belo. Todos os membros retorcidos num gestual insano, fazendo caretas, mas belo. Sem o rubor dos lábios nem o brilho dos olhos, sem o tímido sorriso, sem sua voz doce ou perigosa, sem o hábil jogo de dedos e sem o andar ereto, mesmo assim o ser humano era belo. Nem mesmo aquela camada negra e viscosa que jazia sobre tudo e que tínhamos de soltar com cautela e paciência reduzia sua beleza. Não queríamos nos separar daqueles belos restos de antiga magnificência. Mas não foi só a fome que nos obrigou a remover os dessorados; os tempos pós-humanos teriam de pertencer inteiramente e unicamente a nós, os ratos, os sobreviventes.”


“– Bom, não teremos nada de muito profundo a nos dizer. Você conhece essas reuniões de família. Muita agitação e pouca intimidade.”


As belas palavras
Nunca mais dizer alívio.
Nenhuma língua se move falando com melancolia.
Nunca mais vozes que nos anunciem felicidade.
Tanta dor sem palavras.
Adeus às palavras que dizem que o homem na Terra de Oz
saiu nu do ventre de sua mãe.
(...)
Adeus às palavras que pediram a dádiva matinal,
o pão das vésperas e a santa ceia.

Quem nos dirá adeus, adeus,
quem há de sussurrar já fiz a tua cama?
Nada quer nos apaziguar abrigar assistir
e nos reconhecer, como o Anjo prometeu
à Virgem.

Emudecidas pelo adeus
as palavras nos abandonam.


“Não reconheço mais partidos políticos, vejo apenas interesses.”


“A nós a política deu muitas datas comemorativas, mas pouca felicidade.”


“– Como veem, o mundo não tem muita coisa nova a nos oferecer, de qualquer modo somos rearranjados assim ou assado ou surpreendentemente de ainda outro jeito, como aqueles anõezinhos com que as crianças brincam entretidas. Isso mesmo! Nós somos anões pré-fabricados, que numa produção especial – nem tudo tem de vir de Hong Kong! – foram produzidos em medida adulta, para encontrarem seu papel em mais de mil filmes, trajados ora de um modo, ora de outro; aqui em roteiros divertidos, muitas vezes idiotas, ali tristes, em geral trágicos, numa tensão doida, depois em ações monótonas e cansativas, tudo coisas que julgamos serem reflexo da vida real, embora tenham sido pré-produzidas. São vida filmada que nós imitamos, medrosamente cuidando de não perder nem uma cena de beijo nem de surra. O que estou dizendo: há pouca novidade! É tudo café frio muitas vezes requentado! Já a minha pobre mamãe Agnes sempre exclamava quando se reuniam amigos em torno de sua mesa para um joguinho de cartas a dinheiro: A vida parece um filme!”


“Feiticeira, enfeitiçar, enfeitiçado.
Não se misturam três pelos moídos
nem plantas soníferas.
Nem grãos ao vento nem excesso de gotas,
nem a palavra mágica ou libertadora
é necessária.

Nós sabemos e aprendemos
a acasalar abóbora com cebola,
rato com gato.
Dois genes aqui, quatro genes ali; nós manipulamos.
Que importa a natureza?! Hábeis em tudo,
nós corrigimos Deus.

Em velhos dicionários estão apenas
quimeras inferiores.
Logo conseguiremos o homem superior:
está previsto em nosso programa.
Dia a dia ele se enriquece
armazenado em bancos de genes:
Só não o dotaram de razão.

Mais do que todos os animais
– mais do que o porco –
o rato gosta de aliar-se ao ser humano
para que este se supere.


“Talvez eu tenha sobrevivido a mim mesmo.”


“No começo das notícias disseram que se devia considerar passageiro o fracasso da reunião de cúpula em Bruxelas; pelo fim do noticioso, um sucesso: em Uppsala, Suécia, conseguiram isolar e reproduzir genes velhíssimos de múmias egípcias de dois mil e quatrocentos anos: que progresso.”


O que nós suportamos, e nos estimulava,
agora é insuportável.
Não querem opor nem mesmo um Não raivoso
ao nosso zeloso Sim;
eles simplesmente se desligam.

Ah, caro amigo, o que nos ensinou
a duvidar assim a vida inteira?
Desde quando erramos com tamanha coerência?
Por que somos possíveis tão sem nenhum sentido?

Que medo sinto pelos meus filhos, por mim mesmo;
pois também as mães, treinadas em compreender tudo,
já não estão entendendo coisa alguma.


“Todo logro toma ares de verdade quando dura o suficiente.”

sábado, 13 de abril de 2013

Contos completos – Virginia Woolf

Editora: Cosac Naify

ISBN: 978-85-7503-400-2

Tradução: Leonardo Fróes

Opinião: ★☆☆☆☆

Páginas: 472

Sinopse: Reunindo pela primeira vez os contos completos de Virginia Woolf, o que inclui o inédito no Brasil “Um diálogo no monte Pentélico”, e com uma nova tradução, pelo poeta Leonardo Fróes, este volume se destaca por trazer à tona a rica tessitura literária de uma das maiores autoras inglesas do século XX (1882-1941). Sendo escritora modernista por excelência, Virginia reinventa a narrativa de forma a quase sempre fugir da descrição de uma ação linear.

As falas, os pensamentos e as ações de seus personagens são reembaralhados, e distribuídos de forma original, muitas vezes imbricados às reflexões da narradora. Como no conto “Kew Gardens”, por exemplo, no qual não há sequer uma ação propriamente dita, todo ele se passando durante uma caminhada pelos jardins públicos, preenchida por reflexões e por um olhar desviante desprezados pela narrativa tradicional, como o simples andar de um caramujo pelo chão.


“A madrugada, mesmo quando há melancolia e faz frio, nunca deixa de me varar pelos membros, como se me atirasse flechas de um gelo penetrante e rútilo. Descerro as grossas cortinas e busco o primeiro brilho do céu, que mostra que a vida está a irromper. Rosto colado na vidraça, gosto de imaginar que me comprimo o quanto posso contra a muralha espessa do tempo, que sempre se alteia e estira para permitir que outros espaços da vida venham de encontro a nós. Que a mim pois seja dado saborear o momento, antes que ele se propague pelo restante do mundo! Que eu saboreie o que existe de mais viçoso e mais novo! De minha janela, olho para o cemitério da Igreja, onde estão enterrados tantos dos meus ancestrais, e em minha oração me compadeço desses pobres mortais que eternamente se debatem nas águas recorrentes de outrora; pois que é nos círculos e redemoinhos perpétuos de um lívido caudal que os vejo. E que assim possamos nós, nós que temos o presente por dádiva, dar-lhe uso e desfrutá-lo: isso é parte, confesso, da minha prece matinal.”

 

 

“Minha mãe me diz que a verdade é sempre o que há de melhor.”

 

 

“A vida impõe suas leis, a vida barra a passagem; a vida é um tirano.”

 

 

“Os livros são em sua maior parte indescritivelmente ruins.”