Editora: WMF Martins
Fontes
ISBN:
978-85-469-0240-8
Tradução e notas: Marcelo
Backes
Opinião: ★★★★☆
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Páginas: 600
Sinopse: O legendário
livro de Lukács exerceu sua primeira e profunda influência sobre a jovem
inteligência como expressão teórica das transformações histórico-mundiais dos
anos 20. Lukács tinha uma visão messiânica e efusiva da dialética marxista:
“Não é o predomínio de motivos econômicos na explicação da história que
distingue de maneira determinante o marxismo da ciência burguesa, mas o ponto
de vista da totalidade.” Conferir à totalidade uma posição central em contraste
com a prioridade do econômico correspondia à crítica radical de esquerda às
posições da socialdemocracia. Seus próprios pontos de partida para uma leitura
crítica da história e para uma discussão com o alcance das teses teóricas e
políticas apresentadas neste volume foram formulados pelo próprio Lukács num
posfácio de 1967, que se tornou parte das novas edições e de todas as
traduções.
“A
confusão, porém, nem sempre é caos. Ela contém tendências que, embora algumas
vezes possam reforçar temporariamente as contradições internas, movem-na, em
última análise, para a sua resolução. A ética, por exemplo, impele à prática,
ao ato e, assim, à política. Esta, por sua vez, impele à economia, o que leva a
um aprofundamento teórico e, por fim, à filosofia do marxismo. Trata-se,
naturalmente, de tendências que se desdobram apenas de maneira lenta e
irregular.”
“Se a
intenção era chegar a uma decisão essencialmente bem fundamentada, nunca se poderia
permanecer na reflexão dos fatos imediatos; antes, seria preciso esforçar-se
sempre para descobrir aquelas mediações, muitas vezes ocultas, que conduziram a
tal situação e, sobretudo, tentar prever aquelas que provavelmente nasceriam
dela e determinariam a práxis posterior.”
“O mais
primitivo dos trabalhos, como o que o homem pré-histórico fazia, recolhendo
pedras, pressupõe que a realidade em questão é refletida corretamente. Pois
nenhuma posição teleológica se efetua com êxito sem uma representação, mesmo
que primitiva, da realidade, visada pela prática. A práxis só pode ser a
realização e o critério da teoria porque tem como fundamento ontológico, como
pressuposto real de toda posição teleológica real, uma reflexão da realidade
considerada correta.”
“Num
posfácio que escrevi recentemente para uma reedição em separado desse pequeno
estudo, procurei ressaltar, de maneira mais detalhada do que anteriormente, o
que ainda considero saudável e atual em sua posição fundamental. Trata-se
principalmente de compreender a autêntica especificidade intelectual de Lênin,
em vez de concebê-lo como simples sucessor teórico em linha reta de Marx e
Engels ou como o genial e pragmático “político realista”. Em poucas palavras,
essa imagem de Lênin poderia ser formulada da seguinte maneira: sua força
teórica baseia-se no fato de ele relacionar toda categoria – por mais abstrata
e filosófica que seja – com sua atuação na práxis humana e, ao mesmo tempo, com
respeito à ação, que para ele se apoia sempre na análise concreta da respectiva
situação concreta, relacionar essa análise de maneira orgânica e dialética com
os princípios do marxismo. Sendo assim, ele não é, no sentido estrito da
palavra, nem um teórico, nem um político, mas um profundo pensador da práxis,
aquele que verte apaixonadamente a teoria em práxis, alguém cuja visão aguda
está sempre voltada para os momentos de inflexão, em que a teoria transpõe-se
na prática e a prática, na teoria.”
“Suponhamos,
pois, mesmo sem admitir, que a investigação contemporânea tenha provado a
inexatidão prática de cada afirmação de Marx. Um marxista “ortodoxo” sério
poderia reconhecer incondicionalmente todos esses novos resultados, rejeitar
todas as teses particulares de Marx, sem, no entanto, ser obrigado, por um
único instante, a renunciar à sua ortodoxia marxista. O marxismo ortodoxo não
significa, portanto, um reconhecimento sem crítica dos resultados da
investigação de Marx, não significa uma “fé” numa ou noutra tese, nem a exegese
de um livro “sagrado”. Em matéria de marxismo, a ortodoxia se refere antes e
exclusivamente ao método. Ela implica a convicção científica de que, com
o marxismo dialético, foi encontrado o método de investigação correto, que esse
método só pode ser desenvolvido, aperfeiçoado e aprofundado no sentido dos seus
fundadores, mas que todas as tentativas para superá-lo ou “aperfeiçoá-lo”
conduziram somente à banalização, a fazer dele um ecletismo – e tinham
necessariamente de conduzir a isso.”
“Marx2
exprimiu claramente no mesmo ensaio as condições de possibilidade dessa relação
entre a teoria e a práxis: “Não basta que o pensamento tenda para a realidade;
é a própria realidade que deve tender para o pensamento.” Ou, num ensaio
anterior3: “Ver-se-á então que há muito o mundo sonha com uma coisa
da qual basta que ela possua a consciência para possuí-la realmente.” Apenas
tal relação da consciência com a realidade torna possível a unidade entre a
teoria e a práxis. Para tanto, a conscientização precisa se transformar no passo
decisivo a ser dado pelo processo histórico em direção ao seu próprio
objetivo (objetivo este constituído pela vontade humana, mas que não depende do
livre-arbítrio humano e não é um produto da invenção intelectual). Somente
quando a função histórica da teoria consistir no fato de tornar esse passo
possível na prática; quando for dada uma situação histórica, na qual o
conhecimento exato da sociedade tornar-se, para uma classe, a condição imediata
de sua autoafirmação na luta; quando, para essa classe, seu autoconhecimento
significar, ao mesmo tempo, o conhecimento correto de toda a sociedade; quando,
por consequência, para tal conhecimento, essa classe for, ao mesmo tempo,
sujeito e objeto do conhecimento e, portanto, a teoria interferir de modo imediato
e adequado no processo de revolução social, somente então a unidade
da teoria e da prática, enquanto condição prévia da função revolucionária da
teoria, será possível.”
2. Einleitung
zur Kritik der Hegelschen Rechtsphilosophie, MEW I, p. p. 386.
3. Cartas dos Anais franco-alemães, MEW
I, p. 346.
“Com
efeito, o ponto de partida metódico de toda tomada de posição crítica consiste
justamente na separação entre método e realidade, entre pensamento e ser. Ela
vê justamente nessa separação o progresso que lhe deve ser atribuído como um
mérito, no sentido de uma ciência de caráter autenticamente científico, por
oposição ao materialismo grosseiro e acrítico do método marxista. Naturalmente,
está livre para fazê-lo, mas é preciso constatar que ela não se move na direção
que constitui a essência mais íntima do método dialético. Marx e Engels
exprimiram-se a esse respeito de maneira inequívoca: “Desse modo, a dialética
reduziu-se à ciência das leis gerais do movimento, tanto do mundo exterior
quanto do pensamento humano – duas séries de leis, que no fundo são
idênticas [...]”, diz Engels”. Ou ainda, como Marx5 escreveu com
muito mais exatidão: “Como em toda ciência social histórica, no estudo
do movimento das categorias econômicas [...] é preciso ter sempre em vista que
as categorias exprimem formas e condições de existência [...]”.”
5. Feuerbach, MEW 21, p. 293 (grifado por mim).
“O caráter
fetichista da forma econômica, a reificação de todas as relações humanas, a
extensão sempre crescente de uma divisão do trabalho, que atomiza abstratamente
e racionalmente o processo de produção, sem se preocupar com as possibilidades
e capacidades humanas dos produtores imediatos, transformam os fenômenos da sociedade
e, com eles, sua apercepção. Surgem fatos “isolados”, conjuntos de fatos
isolados, setores particulares com leis próprias (teoria econômica, direito
etc.) que, em sua aparência imediata, mostram-se largamente elaborados para
esse estudo científico. Sendo assim, pode parecer particularmente “científico”
levar até o fim e elevar ao nível de uma ciência essa tendência já inerente aos
próprios fatos. Por outro lado, em oposição a esses fatos e sistemas parciais
isolados e isolantes, a dialética, além de insistir na unidade concreta do todo
e desmascarar essa ilusão enquanto ilusão, produzida necessariamente pelo
capitalismo, atua como uma simples construção.”
“Somente
nesse contexto, que integra os diferentes fatos da vida social (enquanto
elementos do desenvolvimento histórico) numa totalidade, é que o
conhecimento dos fatos se torna possível enquanto conhecimento da realidade.
Esse conhecimento parte daquelas determinações simples, puras, imediatas e
naturais (no mundo capitalista) que acabamos de caracterizar, para alcançar o
conhecimento da totalidade concreta enquanto reprodução intelectual da
realidade. Essa totalidade concreta não é de modo algum dada imediatamente ao
pensamento. “O concreto é concreto”, diz Marx11, “porque é a síntese
de várias determinações, portanto, a unidade do múltiplo.” O idealismo cai
então na ilusão que consiste em confundir essa reprodução da realidade com o
processo de construção da própria realidade. Pois, “no pensamento, o concreto
aparece como processo de síntese, como um resultado, e não como ponto de
partida, ainda que seja o ponto de partida real e também, por conseguinte, o
ponto de partida da intuição e da representação”.”
11. Zur Kritik der politischen Ökonomie, MEW 13, p. 632.
“Desse
modo, com a recusa ou a obnubilação do método dialético, perde-se a inteligibilidade
da história. Não se trata, naturalmente, de afirmar que certas personalidades
ou épocas históricas não poderiam ser descritas de maneira mais ou menos exata
fora do método dialético. (...) A oposição entre a descrição de uma parte da
história e a história como processo unitário não se baseia numa simples
diferença de amplitude, como é o caso da distinção entre as histórias
particulares e a história universal, mas numa oposição entre métodos, uma
oposição entre pontos de vista. A questão da compreensão unitária do processo
histórico surge necessariamente com o estudo de cada época e de cada setor
parcial, entre outras coisas. E é aqui que se revela a importância decisiva da
concepção dialética da totalidade, pois é inteiramente possível que alguém compreenda
e descreva de forma correta os principais pontos de um acontecimento histórico,
sem que por isso seja capaz de compreender esse mesmo acontecimento naquilo que
ele realmente representa, em sua verdadeira função no interior do conjunto
histórico ao qual pertence, isto é, sem compreendê-lo no interior da unidade do
processo histórico.”
“Essa
mudança contínua das formas de objetividade de todos os fenômenos sociais em
sua ação recíproca, dialética e contínua, e o surgimento da inteligibilidade de
um objeto a partir de sua função na totalidade determinada na qual ele
funciona fazem com que a concepção dialética da totalidade seja a única a
compreender a realidade como devir social. É somente nessa perspectiva
que as formas fetichistas de objetividade, engendradas necessariamente pela
produção capitalista, nos permitem vê-las como meras ilusões, que não são menos
ilusórias por serem vistas como necessárias.
As
relações reflexivas dessas formas fetichistas, suas “leis”, surgidas
inevitavelmente da sociedade capitalista, mas dissimulando as relações reais
entre os objetos, mostram-se como as representações necessárias que se fazem os
agentes da produção capitalista. Elas são, portanto, objetos do conhecimento,
mas o objeto conhecido nessas formas fetichistas e através delas não é a
própria ordem capitalista de produção, mas a ideologia da classe dominante.
É preciso
romper esse véu para se chegar ao conhecimento histórico. Pois as determinações
reflexivas das formas fetichistas de objetividade têm por função justamente
fazer aparecer os fenômenos da sociedade capitalista como essências
supra-históricas. O conhecimento da verdadeira objetividade de um fenômeno, o
conhecimento de seu caráter histórico e o conhecimento de sua função real na
totalidade social formam, portanto, um ato indiviso do conhecimento.”
“Essa
ilusão fetichista, cuja função consiste em ocultar a realidade e envolver todos
os fenômenos da sociedade capitalista, não se limita a mascarar seu caráter
histórico, isto é, transitório. Mais exatamente, essa ocultação se torna
possível somente pelo fato de que todas as formas de objetividade, nas quais o
mundo aparece necessária e imediatamente ao homem na sociedade capitalista,
ocultam igualmente, em primeiro lugar, as categorias econômicas, sua essência
profunda, como formas de objetividade, como categorias de relações entre os
homens; as formas de objetividade aparecem como coisas e relações entre
coisas. Por isso, o método dialético, ao mesmo tempo em que rompe o véu da
eternidade das categorias, deve também romper seu caráter reificado para abrir
caminho ao conhecimento da realidade. “A economia”, diz Engels em comentário à Crítica
da economia política, de Marx, “não trata de coisas, mas de
relações entre pessoas e, em última instância, entre classes; mas essas
relações estão sempre ligadas a coisas e aparecem como coisas.”23
Com esse conhecimento, o método dialético, e sua concepção da totalidade,
manifestam-se como conhecimento real do que ocorre na sociedade. A relação
dialética das partes com o todo podia ainda aparecer como simples determinação
mental e metódica, em que as categorias verdadeiramente constitutivas da
realidade social não aparecem mais do que nas determinações reflexivas da
economia burguesa, e cuja superioridade sobre estas últimas seria, por
conseguinte, apenas um assunto metodológico. No entanto, a diferença é bem mais
profunda e fundamental. Pois o fato de que em toda categoria econômica se
revela uma determinada relação entre os homens num determinado nível de sua
evolução social e de que essa relação se torna consciente e conceitual faz com
que o movimento da sociedade humana possa, enfim, ser compreendido em suas leis
internas e, ao mesmo tempo, como produto dos próprios homens e das forças que
surgiram de suas relações e escaparam do seu controle. As categorias econômicas
tornam-se, portanto, dinâmicas e dialéticas em duplo sentido. Elas interagem
constantemente como categorias “puramente” econômicas e nos ajudam a
compreender todo corte temporal feito na evolução social. No entanto, como elas
têm sua origem em relações humanas e funcionam nos processos de transformação
das relações humanas, a marcha da evolução torna-se visível em sua relação
recíproca com o substrato real de sua ação. Dito de outro modo, a produção e a
reprodução de uma determinada totalidade econômica, que a ciência tem por
tarefa conhecer, transformam-se necessariamente (na verdade, transcendendo a
economia “pura”, mas sem apelar a qualquer força transcendente que seja) em
processo de produção e de reprodução de uma sociedade global determinada. Marx
insistiu com frequência nesse caráter do conhecimento dialético de maneira
clara e precisa. Desse modo, escreve24: “0 processo de produção
capitalista, considerado em sua continuidade ou como processo de reprodução não
produz, portanto, somente mercadorias ou a mais-valia; produz e reproduz a
própria relação capitalista: de um lado o capitalista, de outro, o assalariado.”
23. Cf. o ensaio “A reificação e a
consciência do proletariado”.
24. Kapital
I, MEW 23, p. 604.
“O ponto
de vista da totalidade não determina, todavia, somente o objeto, determina
também o sujeito do conhecimento. A ciência burguesa – de maneira consciente ou
inconsciente, ingênua ou sublimada – considera os fenômenos sociais sempre do
ponto de vista do indivíduo1. E o ponto de vista do indivíduo não
pode levar a nenhuma totalidade, quando muito pode levar a aspectos de um
domínio parcial, mas na maioria das vezes somente a algo fragmentário: a
“fatos” desconexos ou a leis parciais abstratas. A totalidade só pode ser
determinada se o sujeito que a determina é ele mesmo uma totalidade; e se o
sujeito deseja compreender a si mesmo, ele tem de pensar o objeto como
totalidade. Somente as classes representam esse ponto de vista da
totalidade como sujeito na sociedade moderna. Ao considerar todo problema por
essa ótica, particularmente em O capital, Marx corrigiu Hegel, que ainda
hesitava entre o ponto de vista do “grande homem” e o do espírito abstrato do
povo. Ainda que seus sucessores o compreendessem menos nessa questão do que
naquela referente ao “idealismo” ou ao “materialismo”, essa correção se mostrou
mais decisiva e fecunda.”
1. Isso não é casual, mas resulta da essência
da sociedade burguesa, conforme Marx comprovou de maneira convincente no que
concerne às “robinsonadas” econômicas. Zur Kritik der politischen
Ökanomie, Introdução, MEW
13, pp. 615 ss.
“Seja qual
for o tema em discussão, o método dialético trata sempre do mesmo problema: o
conhecimento da totalidade do processo histórico. Sendo assim, os problemas
“ideológicos” e “econômicos” perdem para ele sua estranheza mútua e inflexível
e se confundem um com o outro. A história de um determinado problema
torna-se efetivamente uma história dos problemas. A expressão literária ou
científica de um problema aparece como expressão de uma totalidade social, como
expressão de suas possibilidades, de seus limites e de seus problemas. O estudo
histórico-literário do problema acaba sendo o mais apto a exprimir a
problemática do processo histórico. A história da filosofia torna-se filosofia
da história.”
“Ainda que
usando de uma terminologia marxista, Bauer e aqueles que
partilham de suas opiniões são proudhonianos quanto à essência de sua teoria. Suas
tentativas para resolver o problema da acumulação, ou antes, para não ver nela
um problema, levam, no fim das contas, aos esforços de Proudhon para conservar
o “lado bom” da evolução capitalista, desviando de seu “lado ruim”8.
Reconhecer a questão da acumulação significa reconhecer que esse “lado ruim”
está inseparavelmente ligado à essência mais íntima do capitalismo. Significa,
por conseguinte, que o imperialismo, a guerra e a revolução mundiais devem ser
entendidas como necessidades da evolução. Contudo, como se sublinhou, isso
contradiz o interesse imediato daquelas camadas que tiveram nos marxistas do
centro seus porta-vozes ideológicos, camadas que desejam um capitalismo
altamente desenvolvido, sem “excrescências” imperialistas, uma produção “bem
regrada”, sem as “perturbações” da guerra etc. “Essa concepção”, diz Rosa
Luxemburgo”, “visa a persuadir a burguesia de que o imperialismo e o
militarismo seriam prejudiciais do ponto de vista dos seus próprios interesses
capitalistas. Espera-se, com isso, poder isolar o punhado de aproveitadores,
por assim dizer, desse imperialismo e formar um bloco com o proletariado e as
largas camadas da burguesia para ‘atenuar’ o imperialismo, [...] para ‘retirar
dele o seu espinho’. Do mesmo modo como, na época de sua decadência, o
liberalismo transferiu seu apelo da monarquia mal-informada àquela que
precisava de mais informação, o ‘centro marxista’ transfere seu apelo da
burguesia mal-aconselhada à burguesia que precisa ser instruída.” Bauer e seus
camaradas capitularam diante do capitalismo, tanto econômica como
ideologicamente. Essa capitulação se exprime teoricamente em seu fatalismo
econômico, em sua crença no capitalismo que teria a duração eterna das “leis da
natureza”. No entanto – enquanto autênticos pequeno-burgueses –, como são
apenas apêndices ideológicos e econômicos do capitalismo, como seus desejos se
dirigem a um capitalismo sem o “lado ruim”, sem “excrescências”, encontram-se
numa “oposição” – também autenticamente pequeno-burguesa – ao capitalismo: numa
oposição ética.”
8. Elend der Philosophie, MEW 4, pp. 131-3.
Um comentário:
O intervalo entre as páginas 89 e 104, bem como entre as páginas 557 e 564 não vão para o blog por serem muito extensos, mas fica aqui o destaque deles.
Ademais, também destaco a necessidade de notas explicativas no capítulo sobre Rosa Luxemburgo, quando trata dos acontecimentos e personalidades específicas da época. O livro não as possui (falha da editora).
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