Editora: Lua de papel
ISBN: 978-85-6306-609-1
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 588
Sinopse: Parte I
1998 – Local: França – Campeã: França
– O número de seleções aumentou de 24 para 32. Os críticos
diziam que João Havelange – que presidia a federação desde 1974 – dependia deste
aumento para garantir votos para suas seguidas reeleições, que dependiam de votos
de asiáticos e africanos. Platini, ex-jogador francês e presidente da UEFA disse
que “32 países já é demais”. A Fifa contra-argumentava que houve um aumento no número
de países. A Iugoslávia, por exemplo, se dividiu em seis países, a União Soviética
em onze, todos concorrendo a vagas como países independentes.
– A Suécia, terceiro lugar em 1994, e seleção que mais marcou
gols naquele mundial, que empatou com o Brasil na primeira fase (tendo saído na
frente) e a quem o Brasil teve dificuldade para ganhar na semifinal, não conseguiu
se classificar para a Copa de 1998.
– Outras mudanças nas regras aconteceram: o time que fizesse
um gol na prorrogação sagrar-se-ia vencedor – a famosa “morte súbita”; o impedimento
passivo, ou seja, o jogador que estivesse em impedimento, mas não participasse da
jogada, não invalidaria o gol; liberaram a disposição de bolas com os gandulas (para
que a bola retornasse mais rapidamente ao jogo); o tempo de acréscimo deveria ser
mostrado numa placa à beira do gramado; os “carrinhos” por trás deveriam ser punidos
com cartão vermelho.
– Nas eliminatórias da Ásia, as Maldivas levaram 59 gols em
seis jogos, uma média de quase 10 por jogo.
– Parreira treinava a seleção da Arábia Saudita e já havia
perdido o primeiro jogo. Dias antes do segundo jogo foi criticado por alguns jogadores
pelo esquema muito defensivo (coisa que já vimos por aqui). Ele não cedeu, armou
um time retranqueiro e levou de 4 da França. Foi o primeiro técnico a ser despedido
durante a própria Copa. No terceiro jogo, os sauditas já estavam desclassificados,
mas jogaram sem Parreira, e assim conseguiram um empate – e só não venceram porque
tomaram um gol de pênalti aos 49m do segundo tempo.
– Dunga coordenava a equipe de dentro de campo, e uma discussão
sua com Bebeto rendeu muitas críticas. O franzino atacante já estava em fim de carreira,
mas era assim mesmo escalado por Zagallo, deixando o inquieto Denílson no banco.
Como resultado das críticas, Dunga não disse uma palavra no jogo contra a Noruega,
e o Brasil acabou perdendo por 2 a 1. Depois da partida alguns jogadores ainda trocaram
farpas públicas. O zagueiro Aldair puxou, então, uma reunião com os jogadores. Um
ponto consensual era que deveriam parar o bate-boca via imprensa. E outro, era que
o capitão Dunga precisava voltar a comandar o time em campo – em outros termos,
os jogadores pediam para voltar a tomar esporro.
– A Copa da França registrou diversos casos de parentes em
campo. O técnico da Itália, Cesare Maldini, era pai do lateral Paolo Maldini; a
Dinamarca tinha os irmãos Michael e Brian Laudrup; a Bélgica, Emile e Mbo Mpenza;
os holandeses tinham os gêmeos Frank e Ronald de Boer; já a Noruega tinha um caso
triplo: Havard Flo era primo dos irmãos Jostein Jlo e Tore Andre Flo.
– A seleção brasileira tentava esconder as desavenças entre
os jogadores antes e durante o torneio. O caso mais destacado foi o de Edmundo,
que cobiçava abertamente uma vaga no ataque desde antes de a Copa começar. Por isto,
ele entrou em atrito com o titular Bebeto, acusando-o de boicotá-lo durante os treinos.
Leonardo tentou apaziguar a situação, mas Edmundo reagiu: “Você sempre que dar uma
de bom moço. Vai tomar no cu”. O atacante foi forçado a se desculpar em público,
mas um zagueiro que prefere permanecer incógnito disse entre dentes: “Não deviam
ter trazido esse cara”...
– Ronaldo teve uma convulsão na madrugada anterior a final.
“Só se pensava em algo pior. Ninguém dormiu mais. Ali começamos a perder a Copa.
Não houve tranquilidade, nem para os reservas”, frase do volante Emerson, sobre
o ambiente na seleção depois de Ronaldo ter passado mal. No meio do jogo, Roberto
Carlos mandou desnecessariamente a bola pra fora e arranjou um escanteio que resultou
num gol de Zidane, que era marcado pelo meia-atacante Leonardo – um erro. No segundo
gol, Zidane empurrou Dunga (em falta que o juiz não assinalou) e cabeceou, e a bola
passou entre as pernas de Roberto Carlos – em nova falha do lateral. Já nos acréscimos,
com o time todo no ataque, o Brasil levou o terceiro e a França foi – de maneira
justa – a campeã.
– Nenhum jogador se destacou muito perante os outros na Copa,
porém, a Fifa escolheu Ronaldo como o melhor jogador do torneio, em decisão que
só ela mesma pôde compreender.
2002 – Local: Japão e Coreia do Sul – Campeão: Brasil
– A maior goleada até então entre seleções foi um 20 a 0 da
China sobre o Butão, na Copa da Ásia de 2000. Mas nas eliminatórias da Oceania,
a Austrália goleou Tonga por 22 a 0. Dois dias depois, massacrou a Samoa Americana
por 31 a 0. A Austrália ganhou facilmente o grupo do continente, mas, curiosamente,
não conseguiu ir à Copa, pois teve de disputar a vaga com o Uruguai na repescagem
da América do Sul e a Celeste acabou prevalecendo.
– Luiz Felipe Scolari testou depois da Copa América quase
todas as opções viáveis para o ataque. Quase, excetuando uma: Romário. O atacante
não compreendia porque não era convocado, e o técnico sofria pressão da imprensa
e torcida para que o chamasse. Depois de muito ser questionado, Felipão disse porque
não o convocava: Romário se recusou a participar da Copa América argumentando que
faria um tratamento no olho. Porém, foi jogar com o Vasco um torneio caça-níqueis
no México. O técnico considerou a atitude uma traição e não o convocou mais. A ausência
gerou protestos em todo o país, chegando a ponto de um advogado entrar na justiça
com um mandado de segurança para que o atacante fosse convocado. O pedido foi negado
pelo juiz que analisou o caso – embora o próprio juiz se declarasse favorável a
presença de Romário na seleção. O atacante não foi chamado.
– A Argentina precisava vencer a Suécia para não ser desclassificada
logo na primeira fase, mas continuou seguindo o confuso estilo de jogo das partidas
anteriores, baseado em cruzamentos: foram 57 bolas erguidas na área sueca. Os nórdicos
contra-atacavam rápido e abriram 1 a 0. Os portenhos só chegaram ao empate devido
a uma grande ajuda do árbitro estadunidense Ali Bujsaim. Ele ignorou falta clara
em Larsson – que resultaria na expulsão de Chamot –, deu um pênalti inexistente
para os argentinos, além de ignorar o gol irregular de Crespo na sequência. Ainda
assim o jogo terminou em 1 a 1, e os sul-americanos choraram em campo a eliminação
precoce.
– O atacante argentino Caniggia conseguiu um feito inédito
em Copa do mundo no jogo contra a Suécia: ser expulso do banco de reservas, devido
às falas pouco amistosas ditas ao auxiliar – isto porque o árbitro ajudou e muito
os portenhos.
– A Coreia do Sul, que jogava em casa, teve franco apoio da
arbitragem para seguir no mundial. Nas oitavas de final contra a Itália, na prorrogação,
o árbitro equatoriano Byron Moreno expulsou o atacante Toti por suposta simulação
dentro da área, quando na verdade ele havia sofrido um pênalti claro. Afora isto,
anulou um gol legítimo do meio-campista italiano Tommasi. A Coreia se aproveitou
e marcou o dela e passou de fase. Nas quartas-de-final, depois do escândalo, pensou-se
que a arbitragem fosse melhorar, mas o egípcio Gamal Ghandour e seus auxiliares
foram ainda mais complacentes com os anfitriões. A Espanha dominou o jogo, mas teve
dois gols incorretamente invalidados. No primeiro, o juiz anulou alegando falta
de ataque quando os sul-coreanos já lamentavam o gol. No segundo, que foi na prorrogação
– e portanto seria o gol de ouro – o bandeira assinalou que a bola havia saído na
linha de fundo, quando ela sequer chegou a tocar na risca. Como se não bastasse,
o juiz parou um lance limpo do atacante espanhol Luis Enrique que havia ficado cara
a cara com o goleiro coreano. O jogo foi para os pênaltis e o juiz ainda conseguiu
ajudar os anfitriões: o goleiro Won-Jae estava um metro adiantado quando conseguiu
defender a penalidade, o que levou a Coreia as semifinais. Lá ela se encontraria
com a Alemanha – e com uma arbitragem idônea – perderia por 1 a 0.
– Muito criticados pela imprensa de seu próprio país depois
da derrota para o Brasil, os jogadores da Turquia se recusaram a falar com os jornalistas
de seu país à medida que avançavam na Copa. Porém, não tinham restrições em conversar
com a imprensa estrangeira.
– O atacante da Turquia Sükür, considerado o melhor jogador
da história do país foi uma decepção ao longo do torneio. Porém, na disputa pelo
terceiro lugar entre a Turquia e a Coreia do Sul, o atacante fez um gol aos onze
segundos de jogo, o gol mais rápido em Copas já marcado – e a bola ainda havia saído
com a Coreia.
– Diversas seleções não tiveram climas lá muito tranquilos
na Ásia. Os suecos Ljungberg e Mellberg trocaram socos num treino. O argentino Veron
incitou e ofendeu os ingleses antes do confronto entre ambos na Copa – o detalhe
é que ele jogava na Inglaterra, no Manchester United. Já o senegalês Fadiga tentou
furtar um colar numa loja na Coreia do Sul – foi flagrado pelas câmeras do circuito
interno.
– A Itália teve 5 gols anulados durante a Copa do mundo. Um
contra a Coreia – que seria o gol de ouro – e dois contra a Croácia, injustamente
invalidados. Os outros dois, corretamente anulados, foram contra o Equador e o México.
– O sul-coreano Ahn Jung-Hwan foi demitido do Perugia, clube
italiano pelo qual jogava por ter feito o gol de ouro que desclassificou os italianos
da Copa. Porém, o presidente do clube acabou voltando atrás.
– A Alemanha, que veio a ser finalista da Copa, perdeu seis
titulares absolutos antes do torneio devido a lesões.
– A Fifa escolheu o goleiro alemão Oliver Kahn como craque
da Copa antes mesmo de a final acontecer. O goleiro havia salvado sua seleção inúmeras
vezes durante o torneio. Porém, na final, bateu roupa num chute defensável de Rivaldo
e Ronaldo aproveitou o rebote. Já o meia brasileiro, além de participar do primeiro
gol, fez um corta-luz no lance do segundo gol, deixando passar a bola por entre
suas pernas para Ronaldo, o que matou a defesa alemã. Ao longo dos anos Rivaldo
foi bastante criticado por não repetir na seleção suas atuações no Barcelona, porém,
fez um torneio impecável, e para o técnico brasileiro Felipão foi o melhor jogador
da Copa. O Brasil sagrou-se pentacampeão, deixando as outras seleções bem para trás
em número de títulos.
2006 – Local: Alemanha – Campeã: Itália
– Seis seleções estrearam nesta Copa: Ucrânia, Trinidad e
Tobago, Angola, Costa do Marfim, Gana e Togo. Além disso, República Tcheca e Sérvia
e Montenegro (que herdaram o espólio de Tchecoslováquia e Iugoslávia) foram ao mundial,
mas com sua nova configuração.
– Nos dois jogos das eliminatórias, das Américas Central e
do Norte, Bermudas anotou 20 gols em dois jogos contra Montserrat. Ainda assim,
não chegou sequer a semifinal das eliminatórias daquela região.
– Na Copa das confederações, um ano antes da Copa do mundo,
o Brasil não levou os veteranos Cafu e Roberto Carlos, além de Ronaldo. Parreira
escalou Cicinho – que estava em ótima fase – na lateral direita. Afora isto, escalou
o meia-atacante Zé Roberto (que na seleção era insistentemente escalado como volante
– o que não era sua especialidade e desperdiçava o talento do jogador) como lateral
esquerdo, sua posição de origem. Num time que ainda tinha Ronaldinho Gaúcho, Kaká,
Robinho e Adriano, o Brasil massacrou a Argentina na final por 4 a 1, numa das melhores
apresentações da história da seleção. O quarteto do ataque foi apelidado de quadrado
mágico. Na Copa, retornaram Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo – o quadrado se desmanchou,
e jamais retornaria. O Brasil apresentou um futebol bem pouco convincente em todo
o torneio (exceto quando os reservas jogaram contra o Japão).
– O futebol apresentado por Cafu e Roberto Carlos era bem
fraco, mas a arrogância não: o primeiro disse “Seleção boa é a que ganha” – referindo-se
à equipe de 1982. Já Roberto Carlos afirmou que Cafu tinha mais importância na história
da seleção brasileira que Pelé – o único tricampeão mundial da história.
– Alguns jogadores brasileiros caçavam recordes: Ronaldo queria
ser o artilheiro da história das Copas, e Cafu o brasileiro que mais atuou pela
seleção em Copas e o jogador com maior número de vitórias no torneio. Enquanto conseguiam
seus recordes individuais – que diferentemente dos títulos, podem ser quebrados
– o Brasil afundava a olhos vistos.
– Kaká apresentou um futebol muito aquém do esperado na Copa
e Parreira tinha o substituto ideal no banco para a posição: Juninho Pernambucano.
Porém, quando o escalava, sempre o selecionava como volante, ocasionando o mesmo
problema que ocorria com Zé Roberto: não tinha o tino de marcador, e não conseguia
utilizar seu talento no ataque, já que estava preso taticamente a um esquema que
prejudicava sua qualidade.
– No jogo contra a França ocorreu o esperado: o Brasil, que
não apresentava um futebol convincente acabou sendo derrotado por 1 a 0, e pode-se
considerar que foi pouco, pois a França desperdiçou outras chances de marcar. No
jogo Kaká errou absolutamente tudo. No cruzamento que resultou no gol apenas três
defensores correram para marcar o ataque francês: Lúcio, Juan e Gilberto Silva (que
ficou perdido o jogo inteiro). Roberto Carlos, ao invés de marcar Henry que estava
ao seu lado, ficou ajeitando as meias, em lance que ficaria (negativamente) histórico.
O lateral argumentou que em lances como aquele o Brasil fazia linha de impedimento
– no que foi desmentido por vários colegas, como Cicinho, Rogério Ceni e Zé Roberto.
O próprio Parreira desmentiu a prática.
– Nas oitavas de final Portugal 1 X 0 Holanda houve de tudo:
empurrões, cabeçadas, cotoveladas, toques de mão, trombadas, cera e carrinhos assassinos
por todos os lados. O árbitro russo Valentim Ivanov distribuiu 16 cartões amarelos
e quatro vermelhos – no que foi a partida com mais cartões da história das Copas.
– Nas quartas-de-final entre Alemanha e Argentina, o goleiro
alemão Lehmann pegou duas das quatro penalidades, além de ter acertado o canto em
todas as cobranças. Não era sorte. Os alemães tinham uma planilha detalhando como
todos os jogadores argentinos batiam os pênaltis – contribuía para tanto o fato
de os sul-americanos baterem as penalidades em treinos abertos ao público.
– Quando assumiu o comando da seleção portuguesa, o técnico
Luiz Felipe Scolari barrou o goleiro titular Vítor Baia, ídolo além-mar, porém,
desagregador de grupos, em atitude similar à que teve com Romário em 2002 – e como
cá, comprou briga com a imprensa. Na EuroCopa de 2004 Felipão apostou em Ricardo
para a posição, e ele ajudou a derrotar a Inglaterra nas quartas-de-final nos pênaltis.
Na sétima cobrança, defendeu (sem luvas) a cobrança de Vassel e converteu a sua,
classificando Portugal. Na Copa, novamente Portugal e a Inglaterra se encontraram
nas quartas-de-final, novamente o jogo foi para as penalidades, e novamente Ricardo
contribuiu para o avanço da equipe, que superou os ingleses. O goleiro defendeu
três penalidades, estabelecendo o recorde de defesas em pênaltis da história das
Copas (sendo que apenas quatro tiros foram necessários para desclassificar a Inglaterra).
– Na semifinal em que Portugal perdeu por 1 a 0 para a França,
o técnico brasileiro Felipão havia acumulado um recorde significativo para um treinador:
12 jogos seguidos sem perder em Copas do mundo.
– Na final o craque francês Zidane – que havia destruído o
Brasil – converteu um gol de pênalti, porém, na prorrogação, depois de ser provocado
pelo zagueiro italiano Materazzi com palavras de baixo calão sobre sua irmã, lascou
uma cabeçada no meio de seu peito. O lance marcou a final irremediavelmente, até
porque era o último jogo da carreira do craque francês – que diferentemente de outros
jogadores brasileiro, soube parar no auge.
– A Itália tinha uma maldição particular com penalidades em
Copas, porém, aproveitando-se do erro do atacante francês Trezeguet que chutou a
bola no travessão, sagrou-se campeã mundial depois de converter todas as cinco penalidades.
– O óbvio excesso de peso de Ronaldo foi assunto durante toda
a Copa. O jogador brasileiro se recusava a dizer seu peso – que dirá mostrar-se
sem blusa ante as câmeras. Antes do jogo contra o Japão o preparador Moraci Sant’Anna
revelou que Ronaldo estava com 90,4kg, e que chegara na Copa com 94 kg, distribuídos
em 1,83m. Com índice de massa corporal (IMC) superior a 27, Ronaldo era proporcionalmente
o jogador mais gordo da Copa – o que era evidente para quem o observasse.
2010 – Local: África do Sul*
– O único país estreante em Copas foi a Eslováquia.
– A Oceania foi palco de uma confusão geográfica nas eliminatórias.
Cansada de ser a primeira seleção do grupo continental e depois ser eliminada por
um sul-americano, a Austrália se desfiliou da Oceania e pediu inscrição na Ásia,
onde havia quatro vagas em disputa – e, portanto, a chance de classificação era
bem maior. Ironicamente, a Fifa decidiu que o primeiro colocado da Oceania deveria
disputar com o quinto da Ásia – e não com o quinto sul-americano. Calhou que a Austrália
conseguiu se classificar para a Copa, juntamente com outro país da Oceania, a Nova
Zelândia.
– Holanda e Espanha disputaram respectivamente oito e dez
jogos nas eliminatórias – e venceram todos*:
*: Quando o livro foi escrito apenas as eliminatórias
haviam ocorrido, de todo modo, destaque-se, estes dois países (que nunca haviam
sido campões do mundo), vieram a fazer a final, com vitória espanhola na
prorrogação.
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Melhores goleiros da história
1934 – Zamora (ESP): foi a primeira lenda a ocupar o gol,
mesmo antes da camisa 1 ser estabelecida para os goleiros.
1958 – Yashin (URSS): revolucionou a posição, ao sair para
cortar cruzamentos e pelo chão. Defendeu 150 pênaltis em sua carreira.
1966-70 – Banks (ING): foi o melhor na Copa de 1966 e executou
na Copa de 1970 a defesa que até hoje é considerada a mais difícil de todas, numa
cabeçada de Pelé.
1974 – Maier (ALE): risonho e brincalhão, fugia do estereótipo
alemão. Mas no campo jogava sério e segurou o carrossel holandês
1978 – Fillol (ARG): apelidado de “pato”, o goleiro foi fundamental
para segurar a Holanda na final e dar o título para a Argentina.
1982 – Dassaev (URSS): impressionou a todos no mundial de
1982, sendo eleito diversas vezes o melhor do mundo na década de 80.
1986 – Pfaff (BEL): destaque do time belga desde 1980, com
ele sua seleção realizava o sonho histórico de derrotar times mais poderosos.
1994 – Preud’Homme (BEL): apesar da baixa estatura (1,79m),
era muito ágil e seguro.
2002 – Kahn (ALE): levou a limitada seleção alemã à final,
sendo por conta disso o primeiro goleiro a ser considerado o melhor jogador de uma
Copa pela Fifa.
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Recordes de público
1950: Brasil 1 X 2 Uruguai – 173.830 pessoas (a capacidade
do estádio era de 155.00 torcedores) – Maracanã – Rio de Janeiro - Brasil.
1950: Brasil 6 X 1 Espanha – 153.000 pessoas – Maracanã –
Rio de Janeiro - Brasil.
1950: Brasil 2 X 0 Iugoslávia – 142.000 pessoas – Maracanã
– Rio de Janeiro - Brasil.
1950: Brasil 7 X 1 Suécia – 139.000 pessoas – Maracanã – Rio
de Janeiro - Brasil.
1986: Argentina 3 X 2 Alemanha – 114.600 pessoas – Azteca
– Cidade do México – México.
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Maiores ausências da história
– O meia soviético Alexei Mikhailichenko surgiu para o mundo
em 1988, ao sagrar-se vice-campeão europeu e levar o time olímpico à conquista da
medalha de ouro em Seul, na final contra o Brasil. Machucou-se pouco antes da Copa
de 1990, e não pôde participar das seguintes devido à desintegração da União Soviética.
– Alfredo Di Stéfano, um dos melhores jogadores da história,
nunca jogou uma partida em Copas. A Argentina não quis jogar em 1950. Naturalizado
espanhol, a Fúria estava mansa e não conseguiu se classificar para as Copas de 1954
e 58. Pouco antes da Copa de 1962 se machucou. Foi mantido na delegação esperando-se
que melhorasse no meio do mundial, mas a Espanha foi eliminada na primeira fase.
– O brasileiro Arthur Friedenreich tinha 38 anos, mas ainda
jogava muito pelo São Paulo da Floresta e acabou não sendo convocado para a Copa
de 1930, devido a desavenças entre cartolas. Diz-se que teria marcado 1.329 gols,
mas o pesquisador Alexandre Costa mostrou que eram “somente” 556.
– O meia alemão Bernd Schuster destacou-se na Copa de 1980,
mas sua presença rachava a equipe. Pediu despensa pouco antes da Copa de 1982. Motivo:
ficar com a mulher Gabi, dez anos mais velha e famosa por ter pousado nua na revista
Stern. Ele largou a seleção em 1984, aos 25 anos.
– Considerado uma das maiores lendas do futebol britânico
(senão a maior), o norte-irlandês George Best não conseguiu ir à Copa porque o resto
do time não ajudava e seu país não conseguia a classificação. Quando seu país conseguiu
voltar ao torneio, em 1982, ele estava com 36 anos, mas ainda havia quem defendesse
sua convocação. Entretanto, a indisciplina que marcou sua carreira pesou contra,
e ele não foi chamado.
– O liberiano George Weah foi eleito o melhor do mundo em
1995, quando jogava pelo Milan. Porém, a Libéria não conseguia montar um time bom
o suficiente para passar das eliminatórias e ele nunca disputou uma Copa.
– O inglês Kevin Keegan viveu sua fase áurea num período
em que a Inglaterra não passava das eliminatórias. Quando sua seleção retornou à
Copa, em 1982, ele já estava com 31 anos e uma lesão crônica nas costas. Entrou
no sacrifício contra a Espanha e sua participação no torneio foi de apenas 27 minutos.
– O goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez era o capitão da seleção
e o melhor goleiro sul-americano na década de 80. Porém, por teimosia, o treinador
Omar Borras deixou-o na reserva na Copa de 86, quando o goleiro vivia o auge da
forma. Rodolfo disparou: “Não fui escalado porque falta ao técnico o que tenho de
sobra: coragem”.
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Os números
Das 10 maiores séries invictas de partidas em Copas do mundo,
o Brasil detém 4: três vezes 11 jogos (entre 70 e 74, 78 e 82 e 2002 e 2006) e uma
de 13 jogos, a maior de todas, entre 1958 e 1966. Já nas séries com o maior número
seguido de vitórias, o Brasil possui 3 entre os 5 melhores resultados: duas com
6 vitórias entre 70-74 e 78-82. E o maior de todos, com 11 vitórias, entre 2002
e 2006. O Brasil também é o maior detentor de títulos (5), o único a participar
de todas as Copas (18), é a seleção com o maior número de vitórias (64) e gols marcados
(201).*
*: Desconsideram-se os resultados de 2010 em diante, pois
o livro ainda não havia sido lançado à época – o Brasil, porém, permanece em
primeiro lugar em todos os dados citados.
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Outras partes desta publicação:
Parte I:
http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/10/o-mundo-das-copas-lycio-velloso-ribas.html
Parte II:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2021/01/o-mundo-das-copas-parte-ii-de-lycio.html
Parte III: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2021/01/o-mundo-das-copas-parte-iii-de-lycio.html
O time dos sonhos brasileiro
Só cabem onze, e o autor enumera:
1 – Goleiro – Gilmar
2 – Lateral – Djalma Santos
3 – Zagueiro – Domingos da Guia
4 – Zagueiro e lateral – Carlos Alberto Torres
6 – Lateral – Nilton Santos
5 – Meia – Zico
8 – Meia – Didi
7 – Atacante – Garrincha
9 – Atacante – Ronaldo
10 – Atacante – Pelé
11 – Atacante – Romário
Com esta escalação, deixa-se de fora, dentre outros:
Goleiros – Leão e Taffarel.
Zagueiros – Aldair, Juan, Lúcio e Oscar.
Laterais – Jorginho, Júnior e Leandro.
Volantes – Clodoaldo, Dunga, Falcão e Zito.
Meias – Gérson, Sócrates, Rivellino e Ronaldinho Gaúcho.
Atacantes – Éder, Jairzinho, Leônidas da Silva, Reinaldo,
Vavá e Zizinho.
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Outras partes desta publicação:
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Parte III:
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Um comentário:
- Diferentemente de outras obras, nesta faço uma compilação das melhores histórias sem citação direta.
- A postagem original deste livro, feita em outubro de 2010, tinha um tamanho excessivo. Na época eu não tinha tido a ideia de dividi-la. Fazendo uma correção das postagens do Blog, agora a dividi em 4 partes.
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