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Tradução: Daniel
Campos
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 122
“A liberdade do
homem consiste no conhecimento das leis do desenvolvimento da natureza e da
sociedade, na capacidade de utilizar essas leis na atividade prática. A
liberdade humana não pode ultrapassar os limites da necessidade.
Os filósofos
burgueses contemporâneos consideram o homem como livre quando ele toma uma
decisão a respeito de sua atividade, desprezando tudo mais.
Se examinarmos a
essência da questão, no entanto, verificaremos que é ilusória tal liberdade. O
caso é bem ilustrado na fábula acerca da discussão entre o cata-vento e a
agulha da bússola.
– Sou livre! –
vangloriava-se o cata-vento. Movo-me em todas as direções, para onde quiser,
hoje para aqui, amanhã para ali. E você, seja onde for que a coloquem, você
sempre fica virada para a mesma direção, imutavelmente.
– Que grande
liberdade a sua! – retrucou a agulha da bússola. – Você rodopia para todos os
lados, não por sua vontade, mas empurrado pelos ventos. Sua liberdade é bem
curta: vai de um sopro de vento a outro. Você é influenciado pelo vento mais
próximo, ao passo que eu não dependo dos caprichos da natureza e conservo
sempre a mesma direção. Com a minha ajuda, qualquer um pode encontrar o caminho
certo.
Refletindo-se
sobre o que foi narrado, não é difícil concluir-se que não é possível compreender-se
“liberdade” escolhendo qualquer
decisão quanto à sua própria atividade, desrespeitando-se tudo mais além de seu
próprio desejo.
Não falta quem
afirme que, nos países capitalistas uma pessoa escolhe de maneira completamente
“livre” seu modo de pensar o que seus desejos e hábitos constituem o resultado
da “liberdade individual”. Na realidade, tal pessoa é uma escrava das condições
em que vive, dos instintos da propriedade privada que dominam aquela ordem
social. Não há, nem pode haver, uma sombra de “liberdade individual”, no
sentido que a tomam os cientistas burgueses. Tudo ali é subordinado à
necessidade. Nas condições do capitalismo, essa necessidade se manifesta sob a
forma de forças sociais cegas, que podem ser comparadas aos ventos que sopram.
Nas condições de
socialismo, em que a ação depende do conhecimento da necessidade, a liberdade
constitui outra questão. As leis já não atuam como forças sociais cegas.”
“Na sociedade,
tudo é resultado do esforço do homem, de seu trabalho, de sua atividade
produtiva, revolucionária. Significará isto, porém, que a necessidade social,
ou melhor, as leis do desenvolvimento social são criadas pelo homem?
É claro que não. A
necessidade social é tão objetiva quanto a necessidade da natureza. Mas, como
já vimos, há uma distinção essencial. Na natureza, não se admite a necessidade
como devida à atividade dos homens. Na vida social, a atividade humana gira em
torno das condições sem as quais a necessidade não se realiza. Se os homens não
atuam, ou atuam sem clareza de propósito, isto quer dizer que seus esforços, no
momento, não são suficientes para alcançar seu objetivo. (...)
Assim, a
necessidade histórica não somente não exclui a relação do homem com os
acontecimentos que ocorrem no mundo, mas, ao contrário, a presume. O marxismo
atribui formidável significação à atividade positiva e livre dos homens, aos
chamados fatores subjetivos, isto é, forças que dependem de sujeitos, de
pessoas, de seus conhecimentos, atividade positiva e capacidade de organizar o
trabalho.”
“Essência e Aparência
A ciência e a
prática nos convencem de que as coisas e objetos que existem no mundo têm dois
aspetos: o interno, que está escondido de nós, e o externo, que é acessível à
nossa percepção. Quando tomamos conhecimentos das coisas graças à ajuda dos
nossos órgãos sensoriais, no começo percebemos apenas manifestações individuais
de determinadas coisas, apenas as conexões externas entre elas. Em outras
palavras: somos confrontados, inicialmente, por um mundo de aparências.
A ciência e a
prática humana em seu conjunto, contudo, não se limitam à simples percepção e
descrição de fenômenos, fatos ou acontecimentos individuais; também têm como
objetivo descobrir as leis essenciais e estáveis da natureza, sua dependência
causal e suas conexões internas. As leis naturais e sociais não são percebidas
diretamente, não coincidem com as aparências. Descobrir as leis do
desenvolvimento significa compreender a natureza interna dos processos, isto é,
os fatores que ligam entre si os fenômenos individuais e que constituem neles o
aspeto principal e fundamental.
Por trás da
diversidade das aparências, esconde-se sua essência, isto é, sua conexão
interna, suas bases, sua regularidade de desenvolvimento.
Na sociedade
capitalista, por exemplo, vemos fenômenos tais como crises, desempregos,
empobrecimento de operários, ruína de agricultores, greves, contra a opressão
monopolista, etc. Por trás desses fenômenos, esconde-se a essência do
capitalismo, que é o domínio das classes exploradoras e opressoras.
Como se vê, essência é a expressão das conexões
profundas do mundo objetivo; é a base da variedade dos fenômenos. Aparência é a
revelação da essência, a forma externa de sua manifestação. A essência,
portanto, não é algo que exista fora e independentemente da aparência. Essência
e aparência refletem aspetos diferentes de uma única e mesma realidade: a
essência reflete seus aspetos profundos e fundamentais, ao passo que a
aparência reflete seu aspeto externo e diretamente aparente.
A unidade da
essência e da aparência não quer dizer que as duas coincidam diretamente. Se
tudo estivesse na superfície dos fenômenos, seria possível revelar, imediata e
diretamente, as leis do desenvolvimento natural e social. Tal não é o caso,
porém: o conhecimento da essência exige longo e penoso trabalho dos cientistas.
A revelação da essência exige estudo científico, baseado na prática.
Parece-nos, por
exemplo, que o Sol gira em torno da Terra e que esta é imóvel. Essa aparência,
no entanto, contradiz a essência, descoberta pela ciência e pela
experimentação. Na verdade, é a Terra que gira em torno do sol.
Muitas vezes, na
realidade, a essência é deliberadamente deturpada e disfarçada por forças
reacionárias, obsoletas.”
“O conhecimento é
uma força formidável. Armado com ele, o homem torna-se invencível.”
“Fases do Conhecimento
Imaginemos que
fôssemos encarregados de estudar o trabalho de uma cooperativa. Como iríamos
começar? Naturalmente, coligindo fatos: quantos trabalhadores há na
cooperativa; se são adiantados os métodos agrotécnicos aplicados; o quanto
montou a colheita; como está organizado o trabalho, etc. Somente assim
poderemos chegar a uma conclusão definitiva sobre a vida e o trabalho na
cooperativa.
É assim que temos
de agir em todos os assuntos. Todos aqueles cuja tarefa consiste em descobrir,
conhecer as leis naturais, começa coligindo
fatos. Isto se faz quer com a ajuda de instrumentos, quer pela simples
observação, mas, de qualquer maneira, sempre através dos órgãos sensoriais.
Esta é a primeira fase do conhecimento:
o conhecimento sensorial ou
contemplação ativa.
Quando acumulamos
um número suficiente de fatos, nosso espírito os analisa, compara uns com os
outros e, em seguida, faz uma dedução definitiva. Esta é a segunda fase do conhecimento: o conhecimento racional, lógico ou
raciocínio abstrato. A segunda fase do conhecimento, porém, se realiza, com
a primeira, com base na atividade prática. Obtemos da prática, da vida, os
dados para a análise. E, reciprocamente, as conclusões a que chegamos com a
análise de tais fatos são necessárias na vida, na prática. Precisamos delas
para melhorar, digamos, o trabalho da cooperativa que estudamos, a fim de
aumentar a produção.
Assim, o processo de obtenção do conhecimento
consiste em passar do conhecimento sensorial para o lógico e é baseado na
prática. “Da contemplação ativa ao raciocínio abstrato e dele à prática –
tal é o método dialético de conhecer a verdade, de conhecer a realidade
objetiva” – escreveu Lenine.”
“Foi necessária a
razão humana para fazer deduções, partindo dos fatos. Assim, as deduções quanto
à essência, às relações internas, são feitas com a ajuda da inteligência
humana. O raciocínio reflete o mundo externo de modo aperceptível, isto é,
através das sensações que ligam o homem diretamente às coisas existentes. Isto
significa que as deduções são feitas com base em dados indiretos. Para se
verificar, por exemplo, se o homem poderia voar em uma cápsula cósmica sem
arriscar a vida, foram feitas, primeiramente, experiências com animais. Foram
colocados cães em uma cápsula, posta em órbita por meio de foguetes. Graças aos
dados obtidos, os cientistas chegaram a conclusões a respeito da segurança dos
voos humanos no cosmos. As façanhas dos primeiros confirmaram plenamente tais
conclusões.
Sem a observação
dos fatos, não pode haver conclusões. Os fatos são a vida da ciência E são
sensações obtidas através dos órgãos sensoriais.
Como são, pois, as
conclusões derivadas dos fatos?
A inteligência
humana tira conclusões graças à sua capacidade de generalizar. Usando essa faculdade,
a inteligência reúne os fatos principais, as manifestações essenciais, em uma
abstração conjunta, cria um conceito, uma ideia geral, uma imagem, e chega a
conclusões que têm significação geral para a classe de fenômenos em seu
conjunto.
As sensações
fornecem à inteligência certos dados e fatos, baseados nos quais ela tira
conclusões, faz generalizações; esta é a fase racional da aquisição de
conhecimento. Sem as sensações, o cérebro, a inteligência, não pode atuar. E
não existe conhecimento sensorial sem o trabalho regulador do cérebro. O conhecimento sensorial e o racional
constituem duas fases inseparavelmente unidas do processo de aquisição de
conhecimento, com base na prática. É impossível separar-se uma coisa da
outra. Não faltaram, contudo, tentativas nesse sentido, na história da
filosofia. Alguns filósofos afirmaram que o homem só pode conhecer o mundo por
intermédio da razão, pelo que são chamados racionalistas.
Outros, ao contrário, sustentaram que o mundo somente pode ser conhecido por intermédio
dos sentidos, pelo que são chamados sensualistas
(da palavra latina sensus).
As limitações dos
racionalistas vêm do fato de rejeitarem eles os elementos fornecidos pelos
sentidos, obtidos através da experiência individual. Na realidade, a razão só
elabora novos conhecimentos quando é enriquecida pela experiência individual,
por impressões obtidas pelo conhecimento sensorial das coisas e fenômenos,
adquirido na prática.
Também estão
equivocados, contudo, aqueles que, como os sensualistas, afirmam que somente a
experiência pessoal (a percepção direta da realidade através dos órgãos
sensoriais) é capaz de nos dar o conhecimento do mundo externo.
Como vemos, pois,
é impossível exagerar o papel de um dos níveis do conhecimento, rejeitando o
outro. O conhecimento sensorial e o racional são igualmente importantes no
processo de aquisição de conhecimento e um não pode existir sem o outro. Disso
se tira uma importante conclusão, quanto à unidade da teoria e da prática.”
“Papel da Prática na Cognição
O conhecimento
sensorial e o racional são produzidos no correr da prática. Se um homem nada
fizesse, não só deixaria de adquirir conhecimento, como também não poderia
existir, não poderia viver. Tendo se diferençado do mundo animal, o homem antes
mesmo de possuir qualquer conhecimento teórico do desenvolvimento da natureza,
já trabalhava. Procurava alimento, construía abrigos, aprendeu a fazer
vestuários. Na prática quotidiana, o homem aprendeu tudo que era indispensável
na luta contra a natureza.
Isto é confirmado
por nossa experiência quotidiana. O homem nasce sem qualquer conhecimento e o
adquire entrando em contato com os fenômenos ambientes, no curso da prática.
Quando uma criança engatinha para peto do fogo, querendo pegá-lo, não conhece
ainda as suas propriedades. Em breve, porém, tomando, na prática, conhecimento
de tais propriedades, não tenta mais aproximar-se do fogo. Adquire um
conhecimento definitivo.
Isto não quer
dizer, evidentemente, que apenas na experiência prática pessoal do homem o
conhecimento é obtido. Em nossa atividade, não somente adquirimos a nossa
própria experiência, mas nos valemos também da experiência adquirida pelos
outros, isto é, a experiência social de toda a humanidade. A prática social é a atividade de todos os
homens, no decorrer da qual eles atuam sobre o mundo material e o modificam. Em
tal prática estão incluídas a atividade produtiva, a luta de classes, o
movimento de libertação nacional, a construção socialista, as experiências
científicas, etc. Em última análise, todo
conhecimento é adquirido graças à prática social do homem. Isto se vê
claramente na história da ciência.
Como surgiu, por
exemplo, a geometria? Na antiguidade, os homens, cultivando o solo e
construindo casas, viam-se muitas vezes diante da necessidade de medir lotes de
terra de diferentes tamanhos e formas. Pouco a pouco, encontraram um método
comum de medida que poderia ser empregado em qualquer terreno,
independentemente de sua forma: triangular, trapezoidal, etc. É assim que nasce
qualquer ciência: no decorrer da generalização da prática.
Assim, o conhecimento científico e a teoria
científica nascem da prática, que é a base da cognição.
A prática não
constitui apenas a base do conhecimento; é também sua força motriz. Se, por
exemplo, a vida apresenta a tarefa de se encontrar um método de cultivo do
solo, tal coisa oferece um grande estímulo prático no desenvolvimento da
ciência agronômica.
Lenine ensinou que
a concepção da vida, da prática, deve ser a concepção primordial e fundamental
da teoria do conhecimento.
Não depreciará
isto, contudo, a significação da teoria e da ciência na produção e na atividade
revolucionária? Os revisionistas – os inimigos do marxismo – tentam provar que
os marxista-leninistas, exaltando a primazia da prática no conhecimento, negam o
papel da teoria. Acusam os marxistas de “praticismo estreito”, isto é, de
negligenciar” a teoria. Isto não passa de pura invencionice. Todos os partidos
marxista-leninistas sempre atribuíram e continuam a atribuir excepcional
significação à teoria. Lenine afirmou que a teoria ilumina o caminho da
prática.
É incompatível com
o materialismo dialético o reconhecimento da significação apenas da prática ou apenas
da teoria.
Existe uma unidade
dialética entre a teoria e a prática. É impossível divorciar-se uma da outra. A
teoria nasce da prática, mas, ao mesmo tempo, promove e enriquece a prática.
Sem prática, não pode haver teoria. Mas sem uma teoria revolucionária, não pode
haver prática revolucionária. Sem a prática, a teoria é uma coisa morta. Sem a
prática, os princípios teóricos são um peso morto. Sem a teoria científica,
porém, a prática é cega, carente de perspectiva. Sem a teoria científica, é
impossível dirigir qualquer empresa ou cooperativa, ou dirigir qualquer país em
seu conjunto, de maneira correta e eficiente. (...)
Assim, a inseparável unidade da teoria e da prática
constitui a mais importante conclusão da teoria marxista do conhecimento.
Página por página, o livro da natureza está sendo lido e compreendido pelo
homem. (...)
Conclui-se, de
tudo isto, que o conhecimento humano se
desenvolve da falta de conhecimento para o conhecimento, do conhecimento
parcial para o conhecimento cada vez mais completo.
Adquirindo
conhecimento do mundo, encontramos a verdade e alcançamos o verdadeiro
conhecimento.
“O que é a Verdade?
A vida quotidiana
evidencia que, por verdade, nós entendemos a espécie de conhecimento que não é
inventado, mas que corresponde ao que realmente existe. Verdade é verdade.
Opõe-se à ilusão, à falsidade. Nossas afirmações são falsas se o que afirmamos
não existe na realidade, na vida real. A concepção materialista do mundo
baseia-se nisso.
Assim, uma vez que
o conhecimento humano é verdadeiro quando corresponde à realidade, a verdade
não depende da vontade humana, dos desejos do homem. Disso se deduz o
importante princípio da natureza objetiva
da verdade, que foi pela primeira vez formulado e justificado pela
filosofia marxista-leninista.
Em sua obra “Materialismo e Empírio-Criticismo”, V.
I. Lenine chama de verdade objetiva a
parte do conteúdo de ideias humanas que não depende do sujeito, que não depende
do homem e da humanidade.
Como poderemos
compreender tal coisa adequadamente? Será a verdade a própria natureza, uma vez
que ela existe objetivamente, isto é, independentemente do homem e da
humanidade? Não; seria errôneo interpretar-se a verdade de tal maneira. O que
existe não pode ser verdadeiro nem falso. Existe, simplesmente. Verdadeiros ou
falsos podem ser o conhecimento do homem, suas opiniões, afirmações relativas à
realidade, e não a própria realidade.
Outro problema se
apresenta aqui. Se a verdade é o conhecimento do homem, como afirmamos, então,
ela não depende do homem e da humanidade? Não são os trabalhos do homem e as
investigações científicas que nos fazem alcançar este ou aquele nível de
conhecimento científico? Algumas pessoas raciocinam, de fato, dessa maneira.
Uma vez que não existe a verdade sem o homem, argumentam, não existe a verdade
objetiva, pois ela é sempre subjetiva, dependente do homem. Tal raciocínio,
porém, é incorreto.
Sem o homem,
realmente, não há a verdade. O que constitui seu conteúdo, porém, não depende
do homem.
A verdade das
afirmações, das deduções humanas, etc., não depende da vontade do homem, mas da
sua correspondência com a realidade objetiva, que existe no mundo
independentemente do homem. É por isso que Lenine diz que a verdade objetiva
não depende do homem e da humanidade. O homem não cria a verdade, mas a reflete
de conformidade com o que existe na realidade objetiva.”
“Devemos nos
lembrar, como salientou Lenine, que a
verdade é um processo. A verdade não pode ser representada como uma imagem
final e total ou como uma fotografia de toda a natureza. O processo de
compreensão da verdade absoluta não é um ato instantâneo, mas um complicado
caminho, histórico e infindável, de aquisição de conhecimento. A humanidade
jamais acabará de trilhá-lo.
O processo de compreensão de verdades
absolutas se faz através de fases de acumulação de verdades relativas. O desenvolvimento do conhecimento consiste
no fato das verdades relativas se acumularem pouco a pouco, tornando o homem
cada vez mais perto do conhecimento de toda a natureza, seus fenômenos e leis.
Do mesmo modo que o todo é formado pelas partes, a verdade absoluta é formada
pelas verdades relativas, no infindável processo do desenvolvimento do
conhecimento.
Tal interpretação
da verdade absoluta – como a soma das
verdades relativas no processo de seu desenvolvimento – é dirigida contra a
separação metafísica das verdades absoluta e relativa. Não há uma barreira
intransponível entre a verdade relativa e a absoluta. À medida que vamos
conhecendo as verdades relativas, vamos também obtendo valiosos fragmentos da
verdade absoluta.”
“O materialismo
dialético ensina que a verdade é sempre
concreta.
Verdade concreta é aquela que reflete
corretamente a essência de fenômenos específicos e as condições em que tais
fenômenos se desenvolvem. A verdade
abstrata, ao contrário, não leva em consideração a situação concreta, as
condições nas quais os fenômenos se desenvolvem. É o caminho que seguem os
dogmáticos. (...)
Assim, o marxismo criador exige, a qualquer tempo,
que estudemos as condições concretas, a fase histórica, em que ocorre uma
atividade. Nisso consiste a essência da maneira concreto-histórica de encarar
os fenômenos da realidade.
Tais são os
requisitos da teoria do conhecimento do materialismo dialético.”
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