Editora:
Graça
ISBN: 978-85-7343-058-5
Tradução: Maria Eugênia da Silva Fernandes
Opinião: ★☆☆☆☆
Páginas: 82
“(...) Quem operou
esta maravilha na vida destes jovens israelitas? Não foi Deus quem lhes
proporcionou tamanha sabedoria e entendimento? E, por que o mesmo Deus não
operaria também em minha vida? Então fui levado a crer com mais firmeza que,
realmente, este Deus estava em mim. A vida eterna que Ele me proporcionava era
a sua própria natureza.
Todas as manhãs,
eu repetia as verdades que o Espírito me havia colocado no coração: “Tenho a
natureza e a vida de Deus. Sua sabedoria está em mim.” Se alguém me interrogava
a respeito das minhas convicções, eu estava apto a responder-lhe à altura. Por
isso, as pessoas achavam que eu era um osso duro de roer. (...)
“Eis o que lhes
dizia: “Daniel encontrou favor diante do chefe dos eunucos (o que hoje chamamos
de diretor). Deus também me favoreceu perante todos os professores. Louvado
seja Deus! Isto me foi concedido, porque tenho a vida e a natureza de Deus.
Sendo assim, tenho dez vezes mais sabedoria e entendimento do que o restante da
classe.”
Contudo, não podia
me vangloriar. Afinal, se tinha alguma coisa, fora Ele que me havia dado, E,
foi confiando no auxílio divino, que permaneci como o melhor aluno da classe.
Era o único a receber o conceito “A”. Numa das matérias, por exemplo, ninguém
havia conseguido ultrapassar o “C”. Fui a única exceção: alcancei o conceito
máximo.
Lia um capítulo de
história, fechava o livro, e em seguida, repetia o seu conteúdo palavra por palavra.
Submeteram-me a um teste para comprovar a minha capacidade e, graças a Deus,
não decepcionei. Não era por ter desenvolvido minha memória que conseguia
realizar tais proezas. Ainda não conhecia nada acerca de memorização. Era bem
sucedido nos estudos porque trazia o meu espírito sob disciplina.”
“O Senhor fez o
homem como o Seu substituto aqui na terra. Ele constituiu-o como rei para
governar tudo e que tinha vida. O homem era senhor; vivia no reino de Deus.
Vivia em termos de igualdade com o Criador.
O Senhor Deus é um
Deus de fé. Tudo o que tinha a fazer, fê-lo pela Sua Palavra. Ele, por exemplo,
disse: Haja luz e houve luz. Deus criou todas as coisas por intermédio de sua
Palavra, exceto o homem. Realmente, o Senhor Deus é a palavra de fé. De igual
modo, criou o homem: um homem de fé. Por isso, o ser humano pertence à mesma
categoria de Deus. Um homem de fé vive no domínio criativo de Deus. Quem pode
negar esta verdade?
“Quem é que está
neste mundo? Satanás é o deus deste mundo. Segunda aos Coríntios 4.4 diz que
ele é chamado de o deus deste mundo; ele está aqui. Se bem atentarmos,
verificaremos que Adão era o deus deste mundo. Todavia o homem vendeu o seu
domínio a Satanás e este tornou-se deus do que o Senhor entregara aos nossos
primeiros pais. Mas veio Jesus e despojou o diabo de toda a sua autoridade e
passou-nos o reino que havíamos perdido.
Nunca me
esquecerei de quando o Senhor apareceu-me numa visão em 1952 no Estado de
Oklahoma. Disse-me Jesus: “Vou falar contigo acerca do diabo, dos demônios e da
possessão demoníaca.”
Toda a revelação
prolongou-se por uma hora e meia. Enquanto Jesus falava, eu permanecia
ajoelhado. Repentinamente, um espírito que se parecia com um macaco lançou-se
entre nós e fez uma nuvem negra aparecer. Embora não pudesse ver o Senhor,
podia ouvi-Lo perfeitamente. Jesus continuou falando. Eis que o espírito imundo
estirou seus braços e pernas e começou a gritar com voz aguda: “Yakety-yak, yakety-yak,
yakety-yak.”
O espírito imundo
continuou a nos perturbar. Enquanto isto, meus pensamentos sucediam-se mais
velozmente do que balas de metralhadora. Diante daquele quadro, dirigi-me ao
Senhor: “Querido Jesus, não estou captando o que estás me dizendo.” Eu ouvia o
som de Sua voz, mas não conseguia distinguir as palavras por causa daquele som
horrível. Sei que o Senhor estava instruindo-me acerca da atuação dos demônios,
por isso precisava entender-Lhe toda a mensagem, Não bastasse aquele ruído infernal,
a nuvem negra impedia-me de ver o Salvador.
Veio-me então esta
dúvida: “Será que Jesus não sabe o que está acontecendo? Será que Ele não sabe
que não O estou ouvindo? Por que Jesus não faz alguma coisa? Por que permite
isto?” Não são estas as perguntas que fazemos o tempo todo? Por que Deus
permite isto? Por que Deus não faz alguma coisa acerca desse assunto? Por que
não resolve este problema de vez?
Finalmente,
desesperado, repreendi o demônio: Eu te ordeno: Cala-te em nome de Jesus!
O espírito imundo,
ao som de minha voz, chocou-se no chão como se fora um saco de batatas: “pluft”.
A nuvem negra desapareceu e, agora, podia ver perfeitamente a Jesus. Então o
Senhor disse-me alguma coisa que me deixou completamente atônito; alguma coisa
que revolucionou minhas convicções teológicas. Infelizmente, preocupamo-nos
muito com a teologia e deixamos a Bíblia de lado. Mas o Senhor quer que nos
voltemos primordialmente à sua Palavra. Jesus, pois, apontou ao espírito que
estava caído no chão e estrebuchava-se todo: “Se não tivesses repreendido este
demônio eu não o teria feito em teu lugar.”
Ouça e reine! Não dê atenção ao que o Senhor ensina
e você continuará na escravidão.
Perplexo, respondi
ao Senhor: “Jesus, não compreendo as Tuas palavras. Sei que repreendi a este
demônio. Mas por que disseste que, se eu não o tivesse repreendido, não o
terias feito?” Enquanto isto, o espírito continuava a estremecer-se todo e a se
desmanchar em lamentações.
Jesus me explicou:
“Eu disse que se não o tivesses expulsado, eu não poderia tê-lo feito em teu
lugar. Caberia somente a ti o executar tal tarefa.” Não obstante, uma dúvida
persistia: “Senhor, acaso não poderias expulsar este demônio?” Mais uma vez
Jesus me dirigiu a palavra: “Eu não disse que não o faria; disse que não
poderia.”
“Ó, querido
Senhor, não posso aceitar isto. É contra tudo o que acredito. É contra tudo o
que prego. Não posso aceitar esta visão a menos que me proves a sua veracidade
pela Bíblia e, mais particularmente, pelo Novo Testamento. Tu mesmo disseste:
Para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada
(Mateus 18.16).”
Você pensa que
Jesus se zangou comigo por causa dessa exigência? De forma alguma! Ele sorriu e
disse-me meigamente: Eu farei melhor. Em seguida, acrescentou: “Em nenhuma
parte do Novo Testamento a Igreja ou os cristãos são exortados a orar contra o
diabo. Orar contra o diabo é perder tempo.” Ao ouvir estas palavras,
confessei-lhe: “Querido Senhor, tenho perdido tanto tempo!”
Ele prosseguiu:
.Com respeito ao diabo, o Novo Testamento exorta os crentes a fazerem uma única
coisa: Resisti-lo em meu nome. E, se eles não o fizerem, nada será feito.
Quanto a mim, estou pronto a dar-lhes toda a autoridade; que eles a exerçam.”
Diante destas revelações, levei um choque.”
“Você não terá
nenhuma vantagem a mais diante de Deus quando for para o céu do que agora.”
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