Editora: Central Gospel
ISBN: 978-85-7689-233-5
Opinião: ★☆☆☆☆
Páginas: 64
Pedro, o líder dos apóstolos
Não há outro
personagem nos evangelhos, exceto Jesus, que se sobressai tanto como Pedro. As
suas características são muito evidentes e humanas, por isso nos
identificamos muito com ele. Pedro é um dos grandes exemplos que podemos
destacar na Bíblia de que, quando servimos a Deus, as mudanças ocorrerão.
Pescador, irmão de
André, Pedro foi chamado por Jesus para ser discípulo junto com o irmão (Lucas
6.14). Logo se destacou entre os discípulos e se tornou um
líder natural dos apóstolos.
Assim que passou a seguir
Jesus, Pedro era impulsivo e inconstante, cheio de altos e baixos em
seu comportamento.
O relato bíblico
destaca as características específicas quando, por exemplo, ele desce do barco
e anda ao encontro de Jesus sobre as águas do mar da Galileia (Mateus
14.25-29) e também quando em um impulso, cortou a orelha de um soldado,
que fazia parte do destacamento que viera prender a Jesus (João 18.10).
A partir do episódio
em que negou a Jesus e chorou amargamente (Lucas 22.54-62), mudanças
significativas começaram a acontecer na vida de Pedro. A medida que a
dedicação em servir a Jesus ia aprofundando-se, o apóstolo foi modificando
suas características.
Não muito tempo
depois que havia negado a Cristo, Pedro dá um grande demonstração de
coragem, demonstrando a mudança que estava acontecendo em sua vida:
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores,
a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque
também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos. Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e
informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e
tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus. (Atos 4.13)
É interessante notar que agora, mesmo
submetido a uma pressão bem maior, Pedro ousadamente confessou a Jesus
Cristo. Na sequência desse relato de Atos, ele é preso e depois solto, e
novamente continua a testemunhar a Jesus.
É então novamente
interrogado pelas autoridades, por causa de sua pregação, e a sua resposta é: Mais importa obedecer a Deus do que aos
homens (Atos 5.29b).
“Na Bíblia, em Êxodo
1, podemos ver mais um exemplo de como o ser humano busca a acomodação
até no sofrimento. No período em que Israel foi escravo do Egito, os
egípcios maltratavam e massacravam seus escravos.
Depois de Deus tirar
Israel do Egito por meio de um ato de poder supremo, o povo de Israel, na
primeira dificuldade com que se defrontou, resolveu perguntar se não
havia sepulcros no Egito para eles descansarem e reclamou com saudades
das cebolas e melões egípcios. O povo de Israel, que foi massacrado
no Egito, sempre que passava por uma dificuldade, cogitava buscar um lugar
para acomodar-se, porque se acostumou a sofrer na escravidão.
Um exemplo
interessante de acomodação é o episódio de Sansão e dos filisteus. Durante 40
anos, os filisteus massacraram os israelitas, tomando todos os seus
bens (Juízes 15).
Então Deus apoiou
Sansão, e este incendiou a seara dos filisteus. É uma história incrível. Mas há
uma reviravolta: 3 mil homens de Judá se levantaram e disseram a
Sansão que, com isso, ele estaria criando problemas para a sua gente.
Aqueles homens eram
escravos deles há 40 anos! Eles estavam totalmente acomodados àquilo.
Acabaram encontrando um lugar de conforto. “Sansão, não venha nos
perturbar! Somos escravos, vivemos na miséria, mas esse lugar aqui está
ótimo. Já estamos acostumados a essa vida miserável”.”
“Por que será,
então, que o ser humano luta e resiste tanto à mudança? Em primeiro lugar,
porque se deixa acomodar na falsa segurança de um lugar de conforto.
Se a dor passa, mas o problema continua sem solução e está se
agravando, o que prevalece é a sensação transitória de conforto. Mesmo que
haja um pouco de dor, a pessoa se acostuma.
Em segundo lugar, o
outro motivo para não mudar é o medo do novo; a novidade assusta. Muitas
pessoas simplesmente não querem correr riscos na vida. Porque toda
mudança implica algum risco, por menor que seja.
A crise inicial da
mudança afasta as pessoas da iniciativa desse movimento. Observemos um
exemplo banal, do qual até se pode rir. Na nossa casa, em nossa sala
de estar, imaginem que tenhamos um sofá de cinco lugares junto a uma das
paredes. Na outra parede, há duas cadeiras. Na parede oposta, outro sofá,
só que de três lugares. Na quarta parede, fica a porta e uma cômoda.
Imaginemos então um
casal como protagonista desse exemplo. A esposa resolve mudar tudo de lugar. “O sofá
de cinco vem para cá, o de três vai para lá, as cadeiras ficam ali e a
cômoda, poremos deste lado.” Mais tarde, quando o marido chega, ele pergunta,
estressado, o que houve. “Por que afinal você mudou tudo de lugar?”
Toda mudança gera
uma crise. Mas, por menor que ela seja, as pessoas não querem enfrentar nenhum
tipo de crise. Mudanças abruptas sempre geram crises. Por isso o
ideal é que elas sejam feitas gradualmente.”
Obediência verdadeira
A obediência é um
elemento-chave para uma vida vitoriosa. A Bíblia confere grande importância a
essa virtude, que é uma prova de nossa consagração pessoal a Deus.
Em 1 João 2.3-5
temos a afirmação que a obediência é um sinal de que o indivíduo é
realmente salvo. É essencial que saibamos cultivar uma vida
de obediência.
Define-se obediência
como sendo “o estado ou ato de submissão à vontade de outrem”. Isso significa
que para obedecer, é preciso que haja uma autoridade, e para o
cristão, essa autoridade é o Senhor Deus. A verdadeira obediência não é
apenas um ato, mas também uma atitude interior de submissão, ou seja, é o
produto de uma decisão interior, e não algo forçado, involuntário. Isso
parece indicar claramente que a verdadeira obediência, no plano espiritual,
é o ato de seguir a vontade de Deus em nossa vida, em todos os aspectos,
por um desejo sincero, oriundo do próprio coração.
Quando há uma
mudança real em nosso interior, a obediência verdadeira e absoluta torna-se
resultado visível desse novo relacionamento espiritual com Deus, e o
Salmo 40.8 será uma realidade na nossa vida: Deleito-me em fazer a tua vontade ó Deus meu; sim, a tua lei está
dentro do meu coração.
Devemos obedecer a
Deus e à Sua Palavra sem questionamentos. Essa obediência absoluta a Deus só
é possível quando passamos a ter uma opinião modesta a respeito de
nós mesmos. Nesse momento, tornamo-nos receptivos à ideia de completa
obediência.”
“A lealdade é uma
das condições para o funcionamento do Reino de Deus, para que possamos ser
cidadãos desse reino. Lealdade é sinônimo de fidelidade, sinceridade,
honestidade, dignidade, integridade. Quem é leal cumpre com o que
prometeu, corresponde ao que dele é esperado, mantém a palavra e não age
de forma enganosa.
Uma vez que o amor
de Deus jamais muda, uma vez que Deus é sempre o mesmo, Ele é
absolutamente confiável; portanto, podemos ser leais a Ele.
Ser leal a Deus,
como podemos entender pelos sinônimos acima, é corresponder à expectativa de
Deus. E, portanto, aplicar as Suas leis em todos os momentos, para todos
os casos. Ser leal Deus é ser coerente com tudo o que cremos e temos
aprendido dele, conforme Ele pensa, e que dele se origina.
A nossa lealdade a
Deus não pode ser dividida; deve ser absoluta. A Bíblia nos adverte em Mateus
6.24:
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar
um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis
servir a Deus e a Mamom.
Essa declaração de
Jesus afirma que a lealdade no coração deve ser somente para com Deus. Jesus
coloca Mamom em uma posição totalmente oposta a Deus. Jesus está afirmando
neste versículo que é “impossível” servir a Deus e a Mamom. A fim de
servir a Deus, devemos renunciar totalmente a Mamom e não ter nada a
ver com ele.
Mamom coloca-se na
categoria do poder que influencia os corações da humanidade a amar e a
servir ao dinheiro e às riquezas no domínio físico.
Lealdade significa
sermos verdadeiros com nós mesmos. É também sermos absolutamente fiéis à
pessoa que escolhemos para viver. Lealdade é sermos totalmente fiéis
à Igreja do Senhor e também a Deus, nosso Pai, e ao Seu amado Filho, nosso
Redentor, Jesus Cristo.
Precisamos ser
verdadeiros (ou leais) em relação ao que há de melhor em nós. Se murmurarmos ou
vivermos reclamando de nossa vida e dos ensinamentos de Jesus, deveremos
ser considerados servos de Deus?
A lealdade
irrestrita é uma das pedras fundamentais no relacionamento de serviço a Deus.
Como o serviço a Deus não nos foi imposto — muito pelo contrário,
foi algo que assumimos por pura e espontânea vontade —, não podemos
esperar obter qualquer tipo de vantagem a partir desse relacionamento.”
“Onde não há
mudança não é possível haver o novo.”
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