Editora: Central Gospel
ISBN: 978-85-7689-104-8
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 64
“Mesmo tendo errado
e sofrido as consequências de suas escolhas e atitudes, é possível ao
cristão arrepender-se, buscar a face de Deus e ser restaurado, passando
a privilegiar as quatro bases de uma vida espiritual sadia:
a obediência a Deus e à Sua Palavra, a santidade, a fidelidade e
a comunhão com o Senhor.
Mostramos que,
quando entendemos que o Senhor nos ama incondicionalmente e faz sempre o melhor
para nós, obedecer-lhe deixa de ser o "cumprimento de um dever"
e passa a ser um prazer; que, quando nos propomos a buscar a santificação,
somos levados cada vez mais para longe do pecado e tornamo-nos semelhantes
a Cristo; que temos de ser fiéis sempre e ter íntima comunhão
com Aquele que nos transportou para o Reino do Filho do seu
amor (Colossenses 1.13).”
“São essas paixões
que iludem muitas pessoas e levam-nas à frustração, à dor e à tragédia,
fazendo-as não distinguir entre paixão e amor e a pôr fim a uniões
estáveis e a casamentos duradouros.
Enquanto o amor é um
sentimento profundo, que traz paz, harmonia e estabilidade a quem o nutre, não
levando a pessoa a buscar seus próprios interesses à custa do outro nem a
fazer mal a ninguém (1 Coríntios 13.10), a paixão apesar de ser algo muito
forte e intenso, é passageira e traz desassossego a quem a abriga e
faz com que os sentimentos desta pessoa sobreponham-se à sua lucidez
e razão.
A paixão cega e pode
transformar-se em ódio, levando à destruição tanto o relacionamento como os
apaixonados, pois, por paixão, uma pessoa é capaz de matar a outra. (...)
O cristão precisa
vigiar, orar e fugir de toda tentação, daquilo que é maior do que ele. Não
adianta pensar que é forte, que vai resistir, se Deus afirmou que nossa carne é
fraca. Ninguém melhor do que Ele para nos conhecer; afinal, é o nosso Criador.
Quando a Palavra de
Deus nos manda fugir de algo, é porque isso é mais forte do que nós. A paixão é
algo visceral, violento, que faz com que os sentimentos e a vontade se
sobrepujem à razão. A pessoa perde a noção de certo e errado e quer, a todo
custo satisfazer seu desejo, que lhe parece maior do que tudo. Ela acha, por
exemplo, que é preferível morrer do que viver sem a pessoa amada. Não suporta
nem a ideia de perdê-la. Isso normalmente a leva a fazer besteiras e a tomar
atitudes precipitadas que podem acarretar consequências trágicas e até levá-la
à morte prematura.
Por isso, mais uma
vez digo: cuidado com a sua natureza! Fuja dos desejos carnais! Faça como José,
filho de Jacó. Quando a mulher de Potifar quis seduzi-lo, ele saiu correndo,
afastou-se (Gênesis 39.7-12). Se ficasse, com certeza não conseguiria resistir
aos seus próprios desejos. Mas José não quis pecar contra seu patrão nem contra
Deus.
Quando se trata de
nossa natureza carnal ninguém deve brincar, pois não há cristão nem pastor
cheio do Espírito Santo que permaneça de pé se continuamente alimentar sua
natureza carnal. Homens de Deus, gigantes, que brincaram com essa verdade
terminaram fracassados. Eles alimentaram pequenas brincadeiras que
aparentemente eram inofensivas, pensando que poderiam resistir e sair daquela
situação na hora em que achassem conveniente. Mas acabaram destruídos.”
“Infelizmente, o
retrato dos homens de nossos dias assemelha-se muito aquele pintado por Paulo
em 2 Timóteo 3.2-5. Os homens que são
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes
a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores,
obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo
aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
A marca desse homem
egoísta, egocêntrico e ingrato é o desafeto e a infidelidade. É por isso que
não encontramos mais acordos feitos apenas por palavras, como antigamente.
Hoje, tudo tem de estar documentado e registrado em contrato, assinado por
ambas as partes. Só assim as promessas acordadas têm mais probabilidade de
serem cumpridas ou, pelo menos, haverá uma indenização para a parte lesada,
caso elas não sejam cumpridas na íntegra.
Normalmente a
infidelidade é logo associada ao adultério. Mas não se restringe a isso, porque
a infidelidade se caracteriza pela quebra de quaisquer promessas e princípios
éticos e morais, bem como da confiança que uma pessoa deposita em outra com a
qual é aliançada (um familiar, cônjuge, amigo ou sócio).
A infidelidade é uma
forma cruel de traição, porque normalmente vem de quem não se esperava isso,
trazendo terríveis consequências que afetam o ser humano na sua área psíquica,
emocional, espiritual e até física.
O traído normalmente
cria barreiras que prejudicam sua maneira de relacionar-se com os demais, pela
desconfiança que se instaura a partir de então. Quem trai também é afetado;
quer reconheça isto, quer não. Sua infidelidade vira uma mancha que prejudica
sua autoimagem, traz-lhe sentimentos de culpa, depreciação, vergonha e
frustração. Mesmo que o ato de infidelidade não seja exposto em público, fica
gravado automaticamente na memória e, como todo pecado, faz a pessoa adoecer e
morrer espiritualmente.
Deus não criou o
homem para ser infiel. Logo, qualquer forma de infidelidade nos relacionamentos
humanos causa um desequilíbrio em todos os aspectos.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário