sábado, 3 de fevereiro de 2018

Para que Você não Seja Derrotado – Silas Malafaia

Editora: Central Gospel
ISBN: 978-85-7689-104-8
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 64 

“Mesmo tendo errado e sofrido as consequências de suas escolhas e atitudes, é possível ao cristão arrepender-se, buscar a face de Deus e ser restaurado, passando a privilegiar as quatro bases de uma vida espiritual sadia: a obediência a Deus e à Sua Palavra, a santidade, a fidelidade e a comunhão com o Senhor.
Mostramos que, quando entendemos que o Senhor nos ama incondicionalmente e faz sempre o melhor para nós, obedecer-lhe deixa de ser o "cumprimento de um dever" e passa a ser um prazer; que, quando nos propomos a buscar a santificação, somos levados cada vez mais para longe do pecado e tornamo-nos semelhantes a Cristo; que temos de ser fiéis sempre e ter íntima comunhão com Aquele que nos transportou para o Reino do Filho do seu amor (Colossenses 1.13).”


“São essas paixões que iludem muitas pessoas e levam-nas à frustração, à dor e à tragédia, fazendo-as não distinguir entre paixão e amor e a pôr fim a uniões estáveis e a casamentos duradouros.
Enquanto o amor é um sentimento profundo, que traz paz, harmonia e estabilidade a quem o nutre, não levando a pessoa a buscar seus próprios interesses à custa do outro nem a fazer mal a ninguém (1 Coríntios 13.10), a paixão apesar de ser algo muito forte e intenso, é passageira e traz desassossego a quem a abriga e faz com que os sentimentos desta pessoa sobreponham-se à sua lucidez e razão.
A paixão cega e pode transformar-se em ódio, levando à destruição tanto o relacionamento como os apaixonados, pois, por paixão, uma pessoa é capaz de matar a outra. (...)
O cristão precisa vigiar, orar e fugir de toda tentação, daquilo que é maior do que ele. Não adianta pensar que é forte, que vai resistir, se Deus afirmou que nossa carne é fraca. Ninguém melhor do que Ele para nos conhecer; afinal, é o nosso Criador.
Quando a Palavra de Deus nos manda fugir de algo, é porque isso é mais forte do que nós. A paixão é algo visceral, violento, que faz com que os sentimentos e a vontade se sobrepujem à razão. A pessoa perde a noção de certo e errado e quer, a todo custo satisfazer seu desejo, que lhe parece maior do que tudo. Ela acha, por exemplo, que é preferível morrer do que viver sem a pessoa amada. Não suporta nem a ideia de perdê-la. Isso normalmente a leva a fazer besteiras e a tomar atitudes precipitadas que podem acarretar consequências trágicas e até levá-la à morte prematura.
Por isso, mais uma vez digo: cuidado com a sua natureza! Fuja dos desejos carnais! Faça como José, filho de Jacó. Quando a mulher de Potifar quis seduzi-lo, ele saiu correndo, afastou-se (Gênesis 39.7-12). Se ficasse, com certeza não conseguiria resistir aos seus próprios desejos. Mas José não quis pecar contra seu patrão nem contra Deus.
Quando se trata de nossa natureza carnal ninguém deve brincar, pois não há cristão nem pastor cheio do Espírito Santo que permaneça de pé se continuamente alimentar sua natureza carnal. Homens de Deus, gigantes, que brincaram com essa verdade terminaram fracassados. Eles alimentaram pequenas brincadeiras que aparentemente eram inofensivas, pensando que poderiam resistir e sair daquela situação na hora em que achassem conveniente. Mas acabaram destruídos.”


“Infelizmente, o retrato dos homens de nossos dias assemelha-se muito aquele pintado por Paulo em 2 Timóteo 3.2-5. Os homens que são amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
A marca desse homem egoísta, egocêntrico e ingrato é o desafeto e a infidelidade. É por isso que não encontramos mais acordos feitos apenas por palavras, como antigamente. Hoje, tudo tem de estar documentado e registrado em contrato, assinado por ambas as partes. Só assim as promessas acordadas têm mais probabilidade de serem cumpridas ou, pelo menos, haverá uma indenização para a parte lesada, caso elas não sejam cumpridas na íntegra.
Normalmente a infidelidade é logo associada ao adultério. Mas não se restringe a isso, porque a infidelidade se caracteriza pela quebra de quaisquer promessas e princípios éticos e morais, bem como da confiança que uma pessoa deposita em outra com a qual é aliançada (um familiar, cônjuge, amigo ou sócio).
A infidelidade é uma forma cruel de traição, porque normalmente vem de quem não se esperava isso, trazendo terríveis consequências que afetam o ser humano na sua área psíquica, emocional, espiritual e até física.
O traído normalmente cria barreiras que prejudicam sua maneira de relacionar-se com os demais, pela desconfiança que se instaura a partir de então. Quem trai também é afetado; quer reconheça isto, quer não. Sua infidelidade vira uma mancha que prejudica sua autoimagem, traz-lhe sentimentos de culpa, depreciação, vergonha e frustração. Mesmo que o ato de infidelidade não seja exposto em público, fica gravado automaticamente na memória e, como todo pecado, faz a pessoa adoecer e morrer espiritualmente.
Deus não criou o homem para ser infiel. Logo, qualquer forma de infidelidade nos relacionamentos humanos causa um desequilíbrio em todos os aspectos.”

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