quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Plano de Poder: Deus, os cristãos e a política – Edir Macedo e Carlos Oliveira

Editora: Thomas Nelson Brasil
ISBN: 978-85-7860-019-8
Opinião: ★☆☆☆☆
Páginas: 128
Sinopse: Plano de poder demonstra que Deus tem um grande projeto de nação elaborado por ele mesmo e que é nossa responsabilidade apresentá-lo e colocá-lo em prática. Na Bíblia, em Gênesis, Deus dá uma aula de planejamento, organização e execução de sua ideia. Ele esclarece sua intenção estadista e a formação de uma grande nação. A proposta de uma sociedade politicamente organizada tem por objetivo essencial trazer bem-estar aos seus cidadãos. O ambiente, a cidade e o Estado são pensados visando sempre ao bem-estar das pessoas. O objetivo deste livro é esclarecer os leitores acerca da política, sobretudo dos pontos de vista bíblico, técnico e suas finalidades. Além de contribuir para o amadurecimento político e democrático do País.



“Ainda nos dias atuais, há muitas pessoas que, apesar de confessarem uma fé cristã, não conseguem identificar e assimilar o objetivo de Deus sobre esse aspecto para o seu povo (o projeto de poder político de nação).
Lamentavelmente, esse senso de percepção tem faltado a muitos cristãos, que hoje já somam no Brasil uma população de cerca de 40 milhões de pessoas, que vem crescendo a cada dia (esse dado aproximado é referente ao número de evangélicos só no Brasil, e não no mundo). É um enorme potencial, mas essas pessoas, em sua maioria, encontram-se como um gigante adormecido. Elas precisam despertar ao toque da alvorada; mais que isso, ouvir o mesmo que Deus falou para Gideão: “Vai nessa tua força.” Em outras palavras: “Emancipem-se!” A emancipação começa com o amadurecimento individual, o inconformismo com certas situações, o consenso em um ideal e a mobilização geral.”


“Não é difícil imaginarmos quantos cristãos podem ter sidos captados por técnicas de comunicação e marketing e persuadidos a votar em causas diferentes das suas.”


“Os poderes constituídos têm autonomia para legislar, às vezes, de forma proposital ou não em causa própria ou para alguém, ou ainda para determinados grupos. Os mais astutos conseguem fazer essas manobras de forma que o princípio da intencionalidade nem seja observado. Além, é claro, de haver a questão da interpretação dos fatos, do ponto de vista, verificando se uma lei está sendo benevolente a um ou prejudicial a outro, quando o verdadeiro papel do Estado é mediar e harmonizar os interesses da coletividade.”


“É exatamente por essas e outras razões que todo e qualquer segmento da sociedade deve ser bem esclarecido, crítico, e buscar ter representatividade a fim de que também contribua para o aperfeiçoamento e amadurecimento do processo democrático da forma como deveria ser: transparente e proclamador da justiça social. É aí que os movimentos sociais organizados de forma séria são necessários para representar os anseios coletivos da política que esteja sendo aplicada, ou que deveria ser aplicada e não é. Além disso, se for o caso, na ausência dessa política esses movimentos devem sugerir que ela seja criada.
Um movimento social organizado com cerca de 40 milhões de pessoas, que são os evangélicos, teria uma força e tanto. De forma alguma estamos sugerindo que os evangélicos e suas respectivas igrejas se tornem partidos políticos, mas sim que não fiquem omissos acerca desse tema.”


“Quanto tempo ainda levará para que Deus realize o Seu grande sonho de nação? Quando todos os que se dizem Seus estiverem conscientizados, dispostos e disponíveis a isso.”


“Devemos destacar que é totalmente desaconselhável ao político, mais em especial ao gestor público, que sua ótica gestora seja teocrática como se tem observado ao longo da história política nacional. A sociedade é composta por pluralidade, e cabe ao servidor público ser sóbrio e equilibrado a fim de que sejam evitadas possíveis discriminações, até porque o Estado brasileiro é laico. Nosso País já teve características teocráticas, ou semiteocráticas, como já se pôde observar em vários momentos da história do Brasil. O Estado laico deve ser isento em seus posicionamentos. Não é justo inserir a doutrina religiosa nas decisões do Poder Público, não é nada justo para os que não professam a mesma fé. A esse respeito, tudo o que o Estado deve garantir a seus cidadãos é a liberdade de fé, e o não vilipêndio do local de culto.
Os resquícios teocráticos têm sido observados de longa data, em especial na mídia, e por vezes o próprio Poder Público assume de forma usual o posicionamento da igreja. Quantos religiosos dos mais variados credos já devem ter questionado a que igreja ou religião esse costume está se referindo? Ora, dessa maneira muitos ficam impedidos de opinar sobre os grandes temas sociais e políticos. Seria uma retomada da ágora dos gregos, que excluía determinadas classes sociais de deliberar sobre os anseios coletivos?”


“A obra que Deus realiza é racional e irreparável, por isso sua conclusão é perfeita. A fé, à luz da Bíblia, tem de ser racional, inteligente e inconformada. Do contrário, ela não será razoável, e, consequentemente, será inoperante.”


“A coisa é muito maior do que se possa imaginar, e exige o empenho de cada cristão em obter maior conscientização política e maior envolvimento nos assuntos relacionados à estrutura do Estado e às suas essenciais finalidades. Tudo isso tem que passar pela construção de uma verdadeira identidade cidadã e espírito de coletividade. É algo que não para nunca de evoluir.
À medida que tudo vai sendo assimilado e efetivamente posto em prática, novos espaços vão sendo conquistados e garantidos pelo estatuto regimental e normatizador que os hebreus haviam recebido.”


“A presença da honra no caráter humano independe de seu credo religioso, mas o senso comum tem demonstrado ser ela mais intensa nos cristãos, como se fosse inerente a eles.”


“Os 40 milhões ou mais de evangélicos no Brasil, ainda não em sua totalidade, trazem consigo essa identidade de compromisso com o coletivo e a consolidação da democracia.
Tudo é uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. Nunca, em nenhum tempo da história do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional. E, mais ainda, consolidar o grande projeto de nação pretendido por Deus. Imagina-se que todos os que dizem proferir essa fé se engajaram nesse ideal divino.”


“Entre tantos e tantos desafios, a inclusão social urge. Esse processo tem esbarrado, historicamente, em uma série de entraves que precisam ser removidos o quanto antes. Esses entraves são vários, e os mais perceptíveis são o preconceito entre classes sociais, a falta de políticas mais eficazes, as oposições quando feitas de maneira irresponsável e pessoal, conotando o ciúme e a inveja por parte de adversários políticos ou de desafetos declarados e inescrupulosos.
A exclusão social é uma sentença condenatória pela qual parte dos cidadãos — e no Brasil essa proporção é enorme — passa a sobreviver à margem da sociedade, a partir do momento em que não se oferecem oportunidades de inserção social.
Toda nação séria, que deseja alcançar o status de Primeiro Mundo, deve entender que estará sempre excluída dessa classificação se houver, entre seus filhos, um grande número de excluídos sociais.
Quando a ânsia do poder pelo poder cega os que o disputam, os interesses pessoais de poucos passam a imperar e impedir que as necessidades de muitos sejam supridas.”


“O resultado final de uma eleição é reflexo do exercício do poder genuíno que pertence ao povo, que o delega a quem deseja que represente seus interesses. Quando se trata dos votos dos evangélicos, estamos diante de dois interesses: o interesse dos próprios cristãos em ter representantes genuínos e o interesse de Deus de que Seu projeto de nação se conclua. Tudo, exatamente tudo, a esse respeito depende dos escolhidos a compor essa nação. Na verdade, desde o início desse intento os entraves nunca foram causados pelas ações de Deus, mas sim pelas ações das pessoas designadas a elaborar e concluir esse grande projeto.
O Brasil tem uma população de aproximadamente 40 milhões de evangélicos. Terminamos aqui chamando a atenção deles para que não deixem que essa potencialidade seja desperdiçada.”

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