Editora: Thomas Nelson Brasil
ISBN: 978-85-7860-019-8
Opinião: ★☆☆☆☆
Páginas: 128
Sinopse: Plano
de poder demonstra que Deus tem um grande projeto de nação elaborado por
ele mesmo e que é nossa responsabilidade apresentá-lo e colocá-lo em prática.
Na Bíblia, em Gênesis, Deus dá uma aula de planejamento, organização e execução
de sua ideia. Ele esclarece sua intenção estadista e a formação de uma grande
nação. A proposta de uma sociedade politicamente organizada tem por objetivo
essencial trazer bem-estar aos seus cidadãos. O ambiente, a cidade e o Estado
são pensados visando sempre ao bem-estar das pessoas. O objetivo deste livro é
esclarecer os leitores acerca da política, sobretudo dos pontos de vista
bíblico, técnico e suas finalidades. Além de contribuir para o amadurecimento
político e democrático do País.
“Ainda nos dias atuais, há muitas pessoas
que, apesar de confessarem uma fé cristã, não conseguem identificar e assimilar
o objetivo de Deus sobre esse aspecto para o seu povo (o projeto de poder
político de nação).
Lamentavelmente, esse senso de percepção tem
faltado a muitos cristãos, que hoje já somam no Brasil uma população de cerca
de 40 milhões de pessoas, que vem crescendo a cada dia (esse dado aproximado é
referente ao número de evangélicos só no Brasil, e não no mundo). É um enorme
potencial, mas essas pessoas, em sua maioria, encontram-se como um gigante
adormecido. Elas precisam despertar ao toque da alvorada; mais que isso, ouvir
o mesmo que Deus falou para Gideão: “Vai nessa tua força.” Em outras palavras:
“Emancipem-se!” A emancipação começa com o amadurecimento individual, o
inconformismo com certas situações, o consenso em um ideal e a mobilização
geral.”
“Não é difícil imaginarmos quantos cristãos
podem ter sidos captados por técnicas de comunicação e marketing e persuadidos
a votar em causas diferentes das suas.”
“Os poderes constituídos têm autonomia para
legislar, às vezes, de forma proposital ou não em causa própria ou para alguém,
ou ainda para determinados grupos. Os mais astutos conseguem fazer essas
manobras de forma que o princípio da intencionalidade nem seja observado. Além,
é claro, de haver a questão da interpretação dos fatos, do ponto de vista,
verificando se uma lei está sendo benevolente a um ou prejudicial a outro,
quando o verdadeiro papel do Estado é mediar e harmonizar os interesses da
coletividade.”
“É exatamente por essas e outras razões que
todo e qualquer segmento da sociedade deve ser bem esclarecido, crítico, e
buscar ter representatividade a fim de que também contribua para o
aperfeiçoamento e amadurecimento do processo democrático da forma como deveria
ser: transparente e proclamador da justiça social. É aí que os movimentos
sociais organizados de forma séria são necessários para representar os anseios
coletivos da política que esteja sendo aplicada, ou que deveria ser aplicada e
não é. Além disso, se for o caso, na ausência dessa política esses movimentos
devem sugerir que ela seja criada.
Um movimento social organizado com cerca de
40 milhões de pessoas, que são os evangélicos, teria uma força e tanto. De forma
alguma estamos sugerindo que os evangélicos e suas respectivas igrejas se
tornem partidos políticos, mas sim que não fiquem omissos acerca desse tema.”
“Quanto tempo ainda levará para que Deus
realize o Seu grande sonho de nação? Quando todos os que se dizem Seus
estiverem conscientizados, dispostos e disponíveis a isso.”
“Devemos destacar que é totalmente
desaconselhável ao político, mais em especial ao gestor público, que sua ótica
gestora seja teocrática como se tem observado ao longo da história política
nacional. A sociedade é composta por pluralidade, e cabe ao servidor público
ser sóbrio e equilibrado a fim de que sejam evitadas possíveis discriminações,
até porque o Estado brasileiro é laico. Nosso País já teve características
teocráticas, ou semiteocráticas, como já se pôde observar em vários momentos da
história do Brasil. O Estado laico deve ser isento em seus posicionamentos. Não
é justo inserir a doutrina religiosa nas decisões do Poder Público, não é nada
justo para os que não professam a mesma fé. A esse respeito, tudo o que o
Estado deve garantir a seus cidadãos é a liberdade de fé, e o não vilipêndio do
local de culto.
Os resquícios teocráticos têm sido observados
de longa data, em especial na mídia, e por vezes o próprio Poder Público assume
de forma usual o posicionamento da igreja. Quantos religiosos dos mais variados
credos já devem ter questionado a que igreja ou religião esse costume está se
referindo? Ora, dessa maneira muitos ficam impedidos de opinar sobre os grandes
temas sociais e políticos. Seria uma retomada da ágora dos gregos, que excluía
determinadas classes sociais de deliberar sobre os anseios coletivos?”
“A obra que Deus realiza é racional e
irreparável, por isso sua conclusão é perfeita. A fé, à luz da Bíblia, tem de
ser racional, inteligente e inconformada. Do contrário, ela não será razoável,
e, consequentemente, será inoperante.”
“A coisa é muito maior do que se possa
imaginar, e exige o empenho de cada cristão em obter maior conscientização
política e maior envolvimento nos assuntos relacionados à estrutura do Estado e
às suas essenciais finalidades. Tudo isso tem que passar pela construção de uma
verdadeira identidade cidadã e espírito de coletividade. É algo que não para
nunca de evoluir.
À medida que tudo vai sendo assimilado e
efetivamente posto em prática, novos espaços vão sendo conquistados e
garantidos pelo estatuto regimental e normatizador que os hebreus haviam
recebido.”
“A presença da honra no caráter humano
independe de seu credo religioso, mas o senso comum tem demonstrado ser ela
mais intensa nos cristãos, como se fosse inerente a eles.”
“Os 40 milhões ou mais de evangélicos no
Brasil, ainda não em sua totalidade, trazem consigo essa identidade de
compromisso com o coletivo e a consolidação da democracia.
Tudo é uma questão de engajamento, consenso e
mobilização dos evangélicos. Nunca, em nenhum tempo da história do evangelho no
Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da
política nacional. E, mais ainda, consolidar o grande projeto de nação
pretendido por Deus. Imagina-se que todos os que dizem proferir essa fé se
engajaram nesse ideal divino.”
“Entre tantos e tantos desafios, a inclusão
social urge. Esse processo tem esbarrado, historicamente, em uma série de
entraves que precisam ser removidos o quanto antes. Esses entraves são vários,
e os mais perceptíveis são o preconceito entre classes sociais, a falta de
políticas mais eficazes, as oposições quando feitas de maneira irresponsável e
pessoal, conotando o ciúme e a inveja por parte de adversários políticos ou de
desafetos declarados e inescrupulosos.
A exclusão social é uma sentença condenatória
pela qual parte dos cidadãos — e no Brasil essa proporção é enorme — passa a
sobreviver à margem da sociedade, a partir do momento em que não se oferecem
oportunidades de inserção social.
Toda nação séria, que deseja alcançar o
status de Primeiro Mundo, deve entender que estará sempre excluída dessa
classificação se houver, entre seus filhos, um grande número de excluídos
sociais.
Quando a ânsia do poder pelo poder cega os
que o disputam, os interesses pessoais de poucos passam a imperar e impedir que
as necessidades de muitos sejam supridas.”
“O resultado final de uma eleição é reflexo
do exercício do poder genuíno que pertence ao povo, que o delega a quem deseja
que represente seus interesses. Quando se trata dos votos dos evangélicos,
estamos diante de dois interesses: o interesse dos próprios cristãos em ter
representantes genuínos e o interesse de Deus de que Seu projeto de nação se
conclua. Tudo, exatamente tudo, a esse respeito depende dos escolhidos a compor
essa nação. Na verdade, desde o início desse intento os entraves nunca foram
causados pelas ações de Deus, mas sim pelas ações das pessoas designadas a
elaborar e concluir esse grande projeto.
O Brasil tem uma população de aproximadamente
40 milhões de evangélicos. Terminamos aqui chamando a atenção deles para que
não deixem que essa potencialidade seja desperdiçada.”
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