sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Elite da Tropa - Luiz Eduardo Soares-André Batista-Rodrigo Pimentel

Editora: Objetiva

ISBN: 978-85-7302-773-0

Opinião: ★★★☆☆

Páginas: 312

Sinopse: Baseado em fatos reais, este livro conta histórias reveladoras de personagens que viveram na pele o dia-a-dia do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE. Escrito por uma das maiores autoridades do país em segurança e por dois policiais que já foram membros do BOPE, Elite da Tropa mostra um lado desconhecido da violência das grandes cidades - o ponto de vista do policial, seus hábitos e obrigações.


“A verdade tem de ser convocada a aparecer, e ela só baixa no cavalo desbocado, que se recusa a filtrar a voz que vem do coração.”

 

 

“O sangue é um veneno. Quanto mais se derrama, mais fertiliza o ódio. E a roda não para de girar.”

 

 

“A memória, às vezes, parece um cofre em que a gente é enterrado vivo.”

 

 

“Além do mais, a gente vai ficando velho e o coração vai ficando mole.”

 

 

“A realidade é foda. Foda. É tiro, sangue, bosta, massa encefálica espalhada, misturada com feto que desce o esgoto a céu aberto. Estado, política, polícia, justiça, é tudo ficção, Licinha. História da carochinha. Chamar os presos de criminosos é correto, claro; mas também não é. Eu aceito chamá-los assim, se a gente combinar que também vai chamar o Estado de criminoso. E a justiça, a polícia, a política, toda essa bosta. Se não valer para todos, eu não concordo, porque os bandidos de Bangu I não são piores que os bandidos que o prenderam. E a sociedade em que eles cresceram fez deles o que são. Esta bosta de sociedade que a gente vive.”

 

 

“Homens de preto,

Qual é sua missão?

É invadir favela

E deixar corpo no chão.”

 

“Você sabe quem eu sou?

Sou o maldito cão de guerra.

Sou treinado para matar.

Mesmo que custe minha vida,

a missão será cumprida,

seja ela onde for

– espalhando a violência, a morte e o terror.”

 

“Sou aquele combatente,

que tem o rosto mascarado;

uma tarja negra e amarela,

que ostento em meus braços

me faz ser incomum:

um mensageiro da morte.

Posso provar que sou um forte

Isso se você viver

Eu sou... herói da nação.”

 

“Alegria, alegria

sinto no meu coração,

pois já raiou um novo dia,

já vou cumprir minha missão.

Vou me infiltrar na favela

com meu fuzil na mão

vou combater o inimigo,

provocar destruição.”

 

“Se perguntas de onde venho

e qual é minha missão:

trago a morte e o desespero,

e a total destruição.”

 

“Sangue frio em minhas veias,

congelou meu coração,

nós não temos sentimentos,

nem tampouco compaixão,

nós amamos os cursados

e odiamos pés-de-cão*.”

 

“Comandos, comandos,

e o que mais vocês são?

Somos apenas

malditos cães de guerra

somos apenas

Selvagens cães de guerra.”

 

*Cursados são os membros do BOPE; pés-de-cão são os policiais militares convencionais.

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