Editora: Escala
ISBN:
978-85-7556-888-0
Tradução: Ciro
Mioranza
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 386
Sinopse: A
República, do filósofo grego Platão (427-347? a.C.), livro escrito há mais
de 2.300 anos, continua sendo uma obra de grande atualidade. Excluindo
colocações que soam como insólitas ao homem moderno, parece que Platão está
vivo entre nós, analisando os sistemas de governo e seus instrumentos e
mecanismos de poder, além de abordar temas sempre antigos e sempre novos, tais
como riqueza e pobreza, justiça e injustiça, verdade e mentira, guerras
inúteis, descaso pela cultura e educação, abandono das classes menos favorecidas.
Apresentado sob forma de uma sucessão ininterrupta de diálogos, A República
é um livro que merece ser lido. Platão critica os governos, mas apresenta
soluções para uma estratégia política perfeita.
“Mas ter uma natural avidez por aprender não
é a mesma coisa que ser filósofo?”
“Por vítimas de roubo entendo aqueles que se
deixam dissuadir e aqueles que se esquecem. São roubados inadvertidamente de
suas próprias opiniões pela razão no primeiro caso e pela memória no segundo.
(...) Por vítimas de agressão entendo aqueles que mudam de opinião pelo pesar
ou pela dor. (..) Por vítimas de doença aqueles que mudam de opinião seduzidos
pelo prazer ou aterrorizados pelo medo.”
“A temperança é a virtude que mais se
aproxima a uma consonância e a uma harmonia.”
“Não é lícito irritar-se por causa da
verdade.”
“Quem se mistura ao povo para lhe mostrar uma
poesia, uma obra de arte ou um projeto político se torna escravo da maioria
mais que o necessário (...) e assim o obrigam a fazer o que agrada a eles.”
“Com toda a certeza deve-se evitar chegar ao
poder com paixão, do contrário, rivalidades e lutas serão inevitáveis.”
“Oligarquia é a organização do Estado fundado
sobre a renda, aquela em que os ricos governam e os pobres são privados de todo
poder. (...) Se os comandantes dos navios fossem escolhidos tendo-se em conta
somente a renda, seriam excluídos os pobres, apesar de serem superiores em
capacidade. (...) Aí está, portanto, um grave defeito da oligarquia.”
“Mas entre a riqueza e a virtude não subsiste
àquela diferença que, se ambas postas nos pratos de uma balança, uma não pode
subir sem a outra baixar?”
“Um homem se torna realmente tirano quando,
por natureza ou por hábito ou por causa de ambos, torna-se beberrão, apaixonado
e louco.”
“Sem dúvida poderíamos afirmar que os homens
pertencem a três categorias fundamentais: os amantes da sabedoria, os amantes
do sucesso e os amantes do lucro.”
“A responsabilidade é de quem faz a escolha.
Deus é inocente.”
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