Editora: Prestígio
ISBN: 978-85-7724-805-6
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 276
“Como se quisesse prevenir as
eras futuras contra a filosofia materialista que dominaria o pensamento
ocidental em nome da mecânica newtoniana, sir Isaac escreveu:
“O ateísmo é tão insensato e tão odioso à humanidade que nunca teve muitos
professores”.”
“Se ciência e espírito buscam a
natureza da realidade ilimitada, então em algum momento seus caminhos se
cruzam. As escrituras mais antigas que conhecemos, os Vedas, descrevem o mundo
físico como ilusão, maya. A física quântica afirma que a realidade
não é o que vemos; na melhor das hipóteses, ela é praticamente vazia, ondas de
nada insubstancial. Os budistas tibetanos falam de tudo como “origem
interdependente”. Na física existe a teoria do emaranhamento, segundo a qual
todas as partículas estão conectadas e assim estiveram desde o big bang (onde
elas emaranharam-se pela primeira vez). E, mais poético, temos no zen o famoso
koan: “Qual é o som de uma das mãos batendo palmas?”. Ele ecoa a pergunta da
física: “Como é possível uma partícula estar em dois lugares ao mesmo tempo?”.
Profissionais mergulham em suas respectivas disciplinas, mas a história do
progresso humano mostra que a evolução ocorre quando áreas progressivamente
mais vastas vão sendo integradas.”
“Qual é o som de dois adversários
se beijando?”
“Procuro homens que tenham
infinita capacidade de não saber o que não pode ser feito.” (Henry Ford)
“O corpo sempre quer se curar.”
“Por trás disso tudo existe uma
pergunta zen ‘Qual é o som de uma realidade entrando em colapso?’.”
“Pesquisadores colocaram gatinhos
recém-nascidos em um ambiente experimental onde não havia linhas verticais;
semanas depois, quando colocados no ambiente “normal”, os gatinhos não
eram capazes de ver nenhum objeto com uma dimensão vertical (como as
pernas de uma cadeira), e esbarravam nesses objetos.”
“Quando a sílaba “co” vem antes
de alguma coisa, ela indica algum tipo de relacionamento. Cooperar significa
operar em conjunto. Assim, coincidente significa que os elementos do incidente
estão inter-relacionados. É estranho que agora a palavra tenha o significado
oposto.”
“Gordie, o marido de Betsy,
caminhou três vezes sobre as brasas sem nunca senti-las. Então ele perguntou a
seu professor de fisiologia sobre isso. Foi dito a ele que aquilo não tinha
realmente acontecido, e que os carvões em brasa não estavam quentes. Era o
efeito “Leidenfrost”*. Na quarta caminhada, Gordie começou a se perguntar se
era verdade o que o professor tinha afirmado e se as brasas estavam realmente
quentes. Ele saiu do canteiro de brasas com queimaduras de terceiro grau.”
* O efeito Leidenfrost é um fenômeno que ocorre
quando dois meios a temperaturas muito diferentes interagem. Forma-se entre
eles uma camada de vapor que funciona como isolante.
“Hoje em dia parece que todo
mundo mente. Os patrões mentem, os repórteres mentem, os políticos mentem, os
amantes mentem, os líderes religiosos mentem. Parece aceitável mentir porque
ninguém se incomoda muito com isso*. Porém, os verdadeiros magos conhecem as
consequências. Um dos votos de um monge budista é nunca mentir. Diz-se que como
Jesus nunca mentia, absolutamente jamais mentia, quando ele dizia alguma coisa,
o universo era obrigado a apoiá-lo. Assim, quando ele disse: “Ergue-te, pega a
tua cama e vai para casa”, isso foi uma lei do universo. “E ele se ergueu e foi
para casa.”
* Por exemplo: os líderes dos EUA produziram uma
série de mentiras para manipular o país e fazê-los aceitar uma guerra que matou
dezenas de milhares de pessoas. No entanto, em geral, os americanos não deram a
mínima.
“Calcula-se que o número de
conexões possíveis em um cérebro humano ultrapasse o número de átomos do
universo inteiro.”
“Bem, vivemos de acordo com as
histórias que a ciência cria, e ela nos contou uma história muito sem graça
durante os últimos quatrocentos anos. Contou que somos uma espécie de erro
genético. Que nossos genes se limitam a nos utilizar basicamente para avançar à
próxima geração, e que nossas mutações são aleatórias. Foi dito que estamos
fora do universo; estamos sozinhos, somos um caso isolado. Somos essa espécie
de erro solitário, em um planeta solitário, em um universo solitário. E isso é
a base de nossa visão do mundo. Isso forma nossa visão de nós mesmos e agora
estamos percebendo que ela, essa visão de separação, é extremamente destrutiva.
É o que cria tudo; todos os problemas do mundo, as guerras, a ideia de que eu
preciso mais do que você, a agressividade em tudo, dos negócios à sala de aula.
E agora estamos percebendo que esse paradigma está errado, que não estamos sós.
Estamos todos juntos. No elemento mais infinitesimal de nosso ser, todos somos
um; estamos conectados. Assim, estamos tentando entender e absorver as
implicações disso.”
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