Editora: Novo Século
ISBN: 978-85-8779-105-4
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 380
Sinopse: Uma
caravela portuguesa de cinco séculos é resgatada de um naufrágio no litoral
brasileiro. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo; sete
cadáveres aprisionados, acusados de bruxaria. Apesar das advertências grafadas
no objeto de prata, a equipe do departamento de história da Universidade Soares
de Porto alegre decide violar a caixa para estudar os corpos. Afinal, que
perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o
primeiro deles acorda...
“Todo o time imaginava encontrar algo de bom
dentro da caixa. Esperavam por todo tipo de tesouro. Escrito, material,
religioso, revelador... mas ninguém esperava por algo tão umbrífero, tão
funesto. Ninguém contava com uma piada do diabo.”
“Deveria ser proibido às crianças morrerem,
era o que pensava quando chegou ao veículo.”
“– Manuel, meu amigo. Tu agora vais voltar
para este mundo farto. Afinal, se tu não podes ser morto, nem eu, por que ficar
assemelhado a um?”
“O morto vivo abandonou o caixão e
arrastou-se para fora da sepultura. A tumba escura estava vazia, e ele não
tinha ideia do que fazia ali. Não se lembrava de seu último dia lá fora. Estava
ajoelhado no chão frio. Olhou para cima e viu a portinhola por onde deveria
sair. Seu corpo estremeceu. Os músculos doíam a cada movimento, mesmo os
menores. Sabia que estava no fundo de uma tumba. Havia acabado de escapar da
sepultura. Ah, que coisa horrível! Por que o haviam colocado ali? Ele não
estava morto. Levou a mão ao peito. Não sentia o coração batendo. Ah, meu Deus!
Perguntou-se o que estaria fazendo ali. Ele não tinha uma resposta. Uma mão
surgiu, entrando pela portinhola, acompanhada de uma voz rouca e paciente.
– Vem, meu filho. Vem e eu respondo a todas
as perguntas.”
3 comentários:
A placa de gelo não oscilava mais. E Miguel... o vampiro estava ali, na sua frente. O vampiro
sorriu.
— Este é meu dom poderoso, que só posso fazer uma vez a cada nova lua.
Os olhos de Tiago estavam tão cheios quanto os olhos de uma criança que vai pela primeira vez ao parque de diversões.
— Ei, Miguel! Antes de ir, me diga. Do que você mais gostou... de tudo c que viu aqui nesta
terra?
O vampiro pensou um instante e sorriu. Puxou o cordão, e mais uma vez o motor apenas roncou.
Outra tentativa, outro insucesso. Olhou para Tiago, que já avançava mar adentro para ajudá-lo.
— Sabe do que mais gostei, brasileiro?
— Vamos lá, Miguel, deixa de suspense e fala logo.
— Gostei mais das luzes, ó pá. As luzes elétricas são lindas!
— TU FEDES! — tonitroou uma voz poderosa, com forte sotaque lusitano. Tiago estava de
quatro, balançando a cabeça, tentando manter-se consciente. Sétimo havia acordado.
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