Editora: Imesp
– Unb
ISBN: 978-85-2300-204-6
Tradução: Mário
da Gama Kury
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 154
Sinopse: A
guerra do Peloponeso durou vinte e sete anos e envolveu quase todo o mundo
helênico. História
da guerra do Peloponeso,
de Tucídides, traz a história dessa guerra desde seus primórdios. A obra é
dividida em oito partes, compostas cada uma de pequenos capítulos que cobrem
cinco temas ou períodos. O livro I apresenta uma Introdução, em que o autor
define seus objetivos, resume as etapas de formação da Grécia e apresenta os
antecedentes do conflito. No livro II, o autor aborda o primeiro conflito que
durou dez anos. Os livros III, IV e V - até o capítulo 24 - apresentam a trégua
que se sucedeu à Paz de 30 anos. Do capítulo 24 do livro V até o livro VII é
descrita e analisada a guerra siciliana. No último livro, são discutidos os
eventos após o desastre de Sicília até a batalha naval de Cinossema.
“Quem tiver menos ocasiões para arrepender-se de haver
feito favores a seus adversários estará mais seguro.”
“Nossos inimigos serem os mesmos é a mais segura garantia
de fidelidade.”
“Quando a guerra se prolonga demais, ela tende a depender
simplesmente do acaso, e sobre o acaso nenhum dos lados tem poder, pois os resultados
entram na esfera do desconhecido e do precário.”
“Com efeito, para queixas, quer de cidades, quer de
indivíduos, pode haver saídas, mas quando, atendendo a interesses isolados, uma
guerra cujo resultado ninguém pode prever é iniciada por toda uma coligação, não
é fácil sair dela honrosamente.”
“Não devemos continuar discutindo se estamos sofrendo
injustiças, mas como vingá-las.”
“Queixa, é contra amigos que erram, mas acusação é contra
inimigos que nos injuriam.”
“A guerra não é tanto uma questão de armas quanto de
dinheiro, pois é o dinheiro que torna as armas disponíveis.”
“Embora convenha aos homens de discernimento permanecer
tranquilos se ninguém os molesta, convém aos bravos, quando ofendidos, mudar da
paz para a guerra, prontos, porém, para abandonar a guerra e retornar à paz quando
chegar o momento propício, não se deixando empolgar pelo sucesso na guerra, nem
enamorar pela quietude da paz a ponto de tolerar ultrajes. Com efeito, aquele que
fugir à guerra por causa de suas comodidades, muito provavelmente, se permanecer
indiferente, bem depressa perderá os deleites da vida pacata que o levaram à omissão;
da mesma forma, aquele que se empolga pelo sucesso na guerra não percebe quão enganadora
é a confiança que o exalta.”
“Ninguém executa um plano com a mesma confiança com
que o concebe; ao contrário, quando formamos uma opinião sentimo-nos seguros, mas
na prática sobrevém o temor e falhamos.”
“A guerra, com efeito, menos que qualquer outra coisa
se enquadra em regras fixas, mas tem de adaptar seus planos às circunstâncias na
medida dos recursos disponíveis; quem a enfrentar com sangue frio, muito provavelmente
estará mais seguro; ao contrário, quem for impetuoso fracassará por sua própria
culpa.”
“Ganhar virtude através de provações é nossa herança.”
“A paz é mais firme quando se segue à guerra.”
“Os acontecimentos podem mover-se tão imprevistamente,
com efeito, quanto os planos dos homens; é por isso que em geral pomos na sorte
a culpa de todos os acontecimentos contrários ao nosso raciocínio.”
“A náutica, como qualquer outra técnica, é uma questão
de exercício, e a prática neste caso não pode ser acidental, como uma atividade
acessória; ao contrário, ela, mais que qualquer outra, não comporta esta marginalidade.”
“Nos dois lados só se faziam grandes planos e todos
estavam cheios de entusiasmo pela guerra; isto não é de admirar, pois é sempre no
começo que se mostra mais ânimo.”
“De um modo geral a guerra depende de discernimento
e de dinheiro.”
“De fato, elogios a outras pessoas são toleráveis somente
até onde cada um se julga capaz de realizar qualquer dos atos cuja menção está ouvindo;
quando vão além disto, provocam a inveja, e com ela a incredulidade.”
“No curso do mesmo inverno os atenienses, seguindo um
costume de seus antepassados, celebraram a expensas do tesouro os ritos fúnebres
dos primeiros concidadãos vítimas desta guerra. A cerimônia consiste no seguinte:
os ossos dos defuntos são expostos num catafalco durante três dias, sob um toldo
próprio para isto, e os habitantes trazem para os seus mortos as oferendas desejadas;
no dia do funeral ataúdes de cipreste são trazidos em carretas, um para cada tribo,
e os ossos de cada um são postos no ataúde de sua tribo; um ataúde vazio, coberto
por um pálio, também é levado em procissão, reservado aos desaparecidos cujos cadáveres
não foram encontrados para o sepultamento. Todos os que desejam, cidadãos ou estrangeiros,
podem participar da procissão fúnebre, e as mulheres das famílias dos defuntos também
comparecem e fazem lamentações; os ataúdes são postos no mausoléu oficial, situado
no subúrbio mais belo da cidade¹; lá são sempre sepultados os mortos em guerra,
à exceção dos que tombaram em Maratona que, por seus méritos excepcionais, foram
enterrados no próprio local da batalha. Após o enterro dos restos mortais, um cidadão
escolhido pela cidade, considerado o mais qualificado em termos de inteligência
e tido na mais alta estima pública, pronuncia um elogio adequado em honra dos defuntos.
Depois disso o povo se retira. São assim os funerais e durante toda a guerra, sempre
que havia oportunidade, esse costume era observado. No caso presente das primeiras
vítimas da guerra, Péricles filho de Xântipos foi escolhido para falar. No momento
oportuno ele avançou para o local do mausoléu, subiu à plataforma, bastante alta
para que a sua voz fosse ouvida tão longe quanto possível pela multidão, e disse
o seguinte:
Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas
instituições de nossos vizinhos²; ao contrário, servimos de modelo a alguns³ ao
invés de imitar outros. Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria,
é democracia. Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução
de suas divergências privadas, quando se trata de escolher (se é preciso distinguir
em qualquer setor), não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá
acesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém,
sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela obscuridade
de sua condição. Conduzimo-nos liberalmente em nossa vida pública, e não observamos
com uma curiosidade suspicaz a vida privada de nossos concidadãos, pois não nos
ressentimos com nosso vizinho se ele age como lhe apraz, nem o olhamos com ares
de reprovação que, embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos
ofender os outros em nosso convívio privado, em nossa vida pública nos afastamos
da ilegalidade principalmente por causa de um temor reverente, pois somos submissos
às autoridades e às leis, especialmente àquelas promulgadas para socorrer os oprimidos
e às que, embora não escritas, trazem aos transgressores uma desonra visível a todos.
(…)
Somos também superiores aos nossos adversários em nosso
sistema de preparação para a guerra nos seguintes aspectos: em primeiro lugar, mantemos
nossa cidade aberta a todo o mundo e nunca, por atos discriminatórios, impedimos
alguém de conhecer e ver qualquer coisa que, não estando oculta, possa ser vista
por um inimigo e ser-lhe útil. Nossa confiança se baseia menos em preparativos e
estratagemas que em nossa bravura no momento de agir. Na educação, ao contrário
de outros que impõem desde a adolescência exercícios penosos para estimular a coragem,
nós, com nossa maneira liberal de viver, enfrentamos pelo menos tão bem quanto eles
perigos comparáveis. Eis a prova disto: os lacedemônios não vêm sós quando invadem
nosso território, mas trazem com eles todos os seus aliados, enquanto nós, quando
atacamos o território de nossos vizinhos, não temos maiores dificuldades, embora
combatendo em terra estrangeira, em levar frequentemente a melhor. Jamais nossas
forças se engajaram todas juntas contra um inimigo, pois aos cuidados com a frota
se soma em terra o envio de contingentes nossos contra numerosos objetivos; se os
lacedemônios por acaso travam combate com uma parte de nossas tropas e derrotam
uns poucos soldados nossos, vangloriam-se de haver repelido todas as nossas forças;
se, todavia, a vitória é nossa, queixam-se de ter sido vencidos por todos nós. Se,
portanto, levando nossa vida amena ao invés de recorrer a exercícios extenuantes,
e confiantes em uma coragem que resulta mais de nossa maneira de viver que da compulsão
das leis, estamos sempre dispostos a enfrentar perigos, a vantagem é toda nossa,
porque não nos perturbamos antecipando desgraças ainda não existentes e, chegado
o momento da provação, demonstramos tanta bravura quanto aqueles que estão sempre
sofrendo; nossa cidade, portanto, é digna de admiração sob esses aspectos e muitos
outros.
Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes
da filosofia sem indolência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir
que como um motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior
vergonha é não fazer o possível para evitá-la. Ver-se-á em uma mesma pessoa ao mesmo
tempo o interesse em atividades privadas e públicas, e em outros entre nós que dão
atenção principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em assuntos
políticos, pois olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que
cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses,
decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos esforçamos por
compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é empecilho à ação,
e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
Consideramo-nos ainda superiores aos outros homens em outro ponto: somos ousados
para agir, mas ao mesmo tempo gostamos de refletir sobre os riscos que pretendemos
correr, para outros homens, ao contrário, ousadia significa ignorância e reflexão
traz a hesitação. Deveriam ser justamente considerados mais corajosos aqueles que,
percebendo claramente tanto os sofrimentos quanto as satisfações inerentes a uma
ação, nem por isso recuam diante do perigo. Mais ainda: em nobreza de espírito contrastamos
com a maioria, pois não é por receber favores, mas por fazê-los, que adquirimos
amigos. De fato, aquele que faz o favor é um amigo mais seguro, por estar disposto,
através de constante benevolência para com o beneficiado, a manter vivo nele o sentimento
de gratidão. Em contraste, aquele que deve é mais negligente em sua amizade, sabendo
que a sua generosidade, em vez de lhe trazer reconhecimento, apenas quitará uma
dívida. Enfim, somente nós ajudamos os outros sem temer as consequências, não por
mero cálculo de vantagens que obteríamos, mas pela confiança inerente à liberdade.
Em suma, digo que nossa cidade, em seu conjunto, é a
escola de toda a Hélade e que, segundo me parece, cada homem entre nós poderia,
por sua personalidade própria, mostrar-se autossuficiente nas mais variadas formas
de atividade, com a maior elegância e naturalidade. E isto não é mero ufanismo inspirado
pela ocasião, mas a verdade real, atestada pela força mesma de nossa cidade, adquirida
em consequência dessas qualidades. Com efeito, só Atenas entre as cidades contemporâneas
se mostra superior à sua reputação quando posta à prova, e só ela jamais suscitou
irritação nos inimigos que a atacaram, ao verem o autor de sua desgraça, ou o protesto
de seus súditos porque um chefe indigno os comanda. Já demos muitas provas de nosso
poder, e certamente não faltam testemunhos disto; seremos portanto admirados não
somente pelos homens de hoje mas também do futuro. Não necessitamos de um Homero
para cantar nossas glórias, nem de qualquer outro poeta cujos versos poderão talvez
deleitar no momento, mais que verão a sua versão dos fatos desacreditada pela realidade.
Compelimos todo o mar e toda a terra a dar passagem à nossa audácia, e em toda parte
plantamos monumentos imorredouros dos males e dos bens que fizemos4.
Esta, então, é a cidade pela qual estes homens lutaram e morreram nobremente, considerando
seu dever não permitir que ela lhes fosse tomada; é natural que todos os sobreviventes,
portanto, aceitem de bom grado sofrer por ela.
Falei detidamente sobre a cidade para mostrar-vos que
estamos lutando por um prêmio maior que o daqueles cujo gozo de tais privilégios
não é comparável ao nosso, e ao mesmo tempo para provar cabalmente que os homens
em cuja honra estou falando agora merecem os nossos elogios. Quanto a eles, muita
coisa já foi dita, pois quando louvei a cidade estava de fato elogiando os feitos
heroicos com que estes homens e outros iguais a eles a glorificaram; e não há muitos
helenos cuja fama esteja como a deles tão exatamente adequada a seus feitos. Parece-me
ainda que uma morte como a destes homens é prova total de máscula coragem, seja
como seu primeiro indício, seja como sua confirmação final. Mesmo para alguns menos
louváveis por outros motivos, a bravura comprovada na luta por sua pátria deve com
justiça sobrepor-se ao resto; eles compensaram o mal com o bem e saldaram as falhas
na vida privada com a dedicação ao bem comum. Ainda a propósito deles, os ricos
não deixaram que o desejo de continuar a gozar da riqueza os acovardasse, e os pobres
não permitiram que a esperança de mais tarde se tornarem ricos os levasse a fugir
ao dia fatal; punir o adversário foi aos seus olhos mais desejável que essas coisas,
e ao mesmo tempo o perigo a correr lhes pareceu mais belo que tudo; enfrentando-o,
quiseram infligir esse castigo e atingir esse ideal, deixando por conta da esperança
as possibilidades ainda obscuras de sucesso, mas na ação, diante do que estava em
jogo à sua frente, confiaram altivamente em si mesmos. Quando chegou a hora do combate,
achando melhor defender-se e morrer que ceder e salvar-se, fugiram da desonra, jogaram
na ação as suas vidas e, no brevíssimo instante marcado pelo destino, morreram num
momento de glória e não de medo.
Assim estes homens se comportaram de maneira condizente
com nossa cidade; quanto aos sobreviventes, embora desejando melhor sorte deverão
decidir-se a enfrentar o inimigo com bravura não menor. Cumpre-nos apreciar a vantagem
de tal estado de espírito não apenas com palavras, pois a fala poderia alongar-se
demais para dizer-vos que há razões para enfrentar o inimigo; em vez disso, contemplai
diariamente a grandeza de Atenas, apaixonai-vos por ela e, quando a sua glória vos
houver inspirado, refleti em que tudo isto foi conquistado por homens de coragem
cônscios de seu dever, impelidos na hora do combate por um forte sentimento de honra;
tais homens, mesmo se alguma vez falharam em seus cometimentos, decidiram que pelo
menos à pátria não faltaria o seu valor, e que lhe fariam livremente a mais nobre
contribuição possível. De fato, deram-lhe suas vidas para o bem comum e, assim fazendo,
ganharam o louvor imperecível e o túmulo mais insigne, não aquele em que estão sepultados,
mas aquele no qual a sua glória sobrevive relembrada para sempre, celebrada em toda
ocasião propícia à manifestação das palavras e dos atos5. Com efeito,
a terra inteira é o túmulo dos homens valorosos, e não é somente o epitáfio nos
mausoléus erigidos em suas cidades que lhes presta homenagem, mas há igualmente
em terras além das suas, em cada pessoa, uma reminiscência não escrita, gravada
no pensamento e não em coisas materiais. Fazei agora destes homens, portanto, o
vosso exemplo, e tendo em vista que a felicidade é liberdade e a liberdade é coragem,
não vos preocupeis exageradamente com os perigos da guerra. Não são aqueles que
estão em situação difícil que têm o melhor pretexto para descuidar-se da preservação
da vida, pois eles não têm esperança de melhores dias, mas sim os que correm o risco,
se continuarem a viver, de uma reviravolta da fortuna para pior, e aqueles para
os quais faz mais diferença a ocorrência de uma desgraça; para o espírito dos homens,
com efeito, a humilhação associada à covardia é mais amarga do que a morte quando
chega despercebida em acirrada luta pelas esperanças de todos.
Eis porque não lastimo os pais destes homens, muitos
aqui presentes, mas prefiro confortá-los. Eles sabem que suas vidas transcorreram
em meio a constantes vicissitudes, e que a boa sorte consiste em obter o que é mais
nobre, seja quanto à morte – como estes homens – seja quanto à amargura – como vós,
e em ter tido uma existência em que se foi feliz quando chegou o fim. Sei que é
difícil convencer-vos desta verdade, quando lembrais a cada instante a vossa perda
ao ver os outros gozando a ventura em que também já vos deleitastes; sei, também,
que se sente tristeza não pela falta de coisas boas que nunca se teve, mas pelo
que se perde depois de ter tido. Aqueles entre vós ainda em idade de procriar devem
suavizar a tristeza com a esperança de ter outros filhos; assim, não somente para
muitos de vós individualmente os filhos que nascerem serão um motivo de esquecimento
dos que se foram, mas a cidade também colherá uma dupla vantagem: não ficará menos
populosa e continuará segura; não é possível, com efeito, participar das deliberações
na assembleia em pé de igualdade e ponderadamente quando não se arriscam filhos
nas decisões a tomar. Quanto a vós, que já estais muito idosos para isso, contai
como um ganho a maior porção de vossa vida durante a qual fostes felizes, lembrai-vos
de que o porvir será curto, e sobretudo consolai-vos com a glória destes vossos
filhos. Só o amor da glória não envelhece, e na idade avançada o principal não é
o ganho, como alguns dizem, mas ser honrado. (…)
Se tenho de falar também das virtudes femininas, dirigindo-me
às mulheres agora viúvas, resumirei tudo num breve conselho: será grande a vossa
glória se vos mantiverdes fiéis à vossa própria natureza, e grande também será a
glória daquelas de quem menos se falar, seja pelas virtudes, seja pelos defeitos.
Aqui termino o meu discurso, no qual, de acordo com
o costume, falei o que me pareceu adequado; quanto aos fatos, os homens que viemos
sepultar já receberam as nossas homenagens e seus filhos serão, de agora em diante,
educados a expensas da cidade até a adolescência; assim ofereceremos aos mortos
e a seus descendentes uma valiosa coroa como prêmio por seus feitos, pois onde as
recompensas pela virtude são maiores, ali se encontram melhores cidadãos. Agora,
depois de cada um haver chorado devidamente os seus mortos, ide embora.
Foram estas as cerimônias fúnebres realizadas durante
aquele inverno, cujo fim completou o primeiro ano desta guerra.”
1: O Cerâmico exterior, ou fora-das-muralhas, logo
depois das Duas Portas (Dípylon). Essa estrada era para Atenas o que a
Via Ápia era para Roma.
2: Alusão aos espartanos, cujas instituições teriam
sido copiadas de ereta; veja-se Aristóteles, Político, 1271 b 23.
3: Possível alusão à embaixada vinda de Roma em 454
a.c. para examinar a constituição de Sólon; veja-se Tito Lívio, IH, 31.
4: Subentenda-se: “dos males feitos aos inimigos e
bens feitos aos amigos”.
5: Subentenda-se:
“palavras de louvor e atos de emulação”.
Um comentário:
Como ocorre em algumas oportunidades, divido a postagem para que ela não fique muito extensa.
Faço este fracionamento acompanhando as páginas das divisões internas da obra (que o autor alcunha como “livros”).
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