domingo, 29 de novembro de 2015

Mundo Sem Fim – Ken Follett

Editora: Rocco
ISBN: 978-85-3252-302-0
Tradução: Pinheiro de Lemos
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 944
Sinopse: Inglaterra, 1327. Numa floresta do condado de Kingsbridge, quatro crianças testemunham o assassinato de dois homens e fazem um pacto de silêncio: jamais revelarão a ninguém o que se passou naquele dia. Anos depois, as vidas de Caris, Merthin, Gwenda e Ralph se cruzam num mundo de riqueza e miséria, amor e ódio.
É na Kingsbridge medieval, regida pela Igreja e povoada por reis e cavaleiros, servos e senhores, que floresce a paixão da determinada Caris Wooler e do corajoso Merthin Builder. Ela, mulher de personalidade marcante e filha do mais eminente mercador da cidade, está decidida a fazer o condado prosperar, não sem antes desafiar várias convenções sociais. Merthin, por sua vez, se consagra como construtor de talento, mas sonha com o dia em que Caris estará definitivamente a seu lado.
Gwenda, em meio a uma vida inteira de privações, luta para mudar seu conturbado destino. Irmão mais novo de Merthin, o ambicioso Ralph cresce destinado a fazer parte da nobreza, ainda que para isso tenha de mostrar sua face mais cruel e implacável.
Numa atmosfera de conspirações, costumes rígidos e jogos de poder, todos precisam sobreviver ao passado, às intrigas e a um terrível inimigo comum: a peste bubônica. As autoridades do condado de Kingsbridge não têm dúvidas de que se trata de um castigo divino para purgar os pecados da comunidade.
A obra é protagonizada pelos descendentes dos personagens do romance Os pilares da terra.

“– Você não muda, não é?
Ralph deu de ombros.
– Alguém muda?”


“– Meu pai costumava dizer: nunca convoque uma reunião até que o resultado seja certo.”


“– No amor, sempre há uma esperança.”


“– Thomas é um homem com um segredo. E um segredo é sempre uma fraqueza.”


“– Quando você faz um pacto com o demônio, acaba pagando mais do que pensa.”


“– Ouvi dizer que o conde Roland já recuperou a razão – disse ele. – Louvado seja Deus. Você o curou.
– Deus o curou.
– Ainda assim, ele deve ser grato a você.
Madre Cecilia sorriu.
– Você é jovem, irmão Godwyn. Aprenderá que os homens de poder nunca demonstram gratidão. Qualquer coisa que lhes dermos, eles aceitam como se fosse seu direito.”


“– Meu pai é um homem difícil de agradar.
– Isso é tão verdadeiro quanto a Bíblia.
– Não se queixe – declarou William. – A dureza de nosso pai nos tornou fortes.
– E também, pelo que me recordo, infelizes.”


“– Não se preocupe. Nós que nascemos pobres temos de usar a astúcia para conseguir o que queremos. Os escrúpulos são para os privilegiados.”


“– Nunca confio em ninguém que proclama sua moralidade do púlpito. O homem que apregoa seus elevados princípios sempre pode encontrar um pretexto para violar suas próprias regras. Prefiro fazer negócios com um pecador comum, que provavelmente acha que é uma vantagem sua, a longo prazo, dizer a verdade e cumprir suas promessas. Não é provável que ele mude de ideia a respeito.


“– Meu pai detestava as pessoas que pregavam sobre moralidade. Somos todos bons quando nos convém, ele dizia: isso não conta. É quando você quer demais fazer alguma coisa errada... quando está prestes a ganhar uma fortuna de um negócio desonesto, ou beijar os lábios adoráveis da mulher de seu vizinho, ou dizer uma mentira para se livrar de uma terrível encrenca... é nesse momento que você precisa das regras. Sua integridade é como uma espada, ele dizia, você não deve brandi-la até se submeter ao teste.


“– Todo mundo usa o que gosta dos ensinamentos da Igreja, e ignora as partes que não são convenientes.”


“– Alguém que carece da capacidade de sentir a dor de outra pessoa não é um homem, muito embora possa andar sobre duas pernas e falar.”


“Depois de uma batalha, os soldados no lado vencedor sempre agradeciam a Deus, mas mesmo assim eles conheciam a diferença entre bons e maus generais.”

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