Editora: Rocco
ISBN:
978-85-3250-075-5
Tradução: Paulo Azevedo
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 496
Sinopse: Emocionante,
complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, Os pilares da terra
traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos
intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e
cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a
escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra
tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de
personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira
banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro
boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar
do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre
os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico
que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras,
florestas e igrejas, Os pilares da terra é a recriação magistral de uma
época que nossa imaginação não quer esquecer.
“Houve um tempo, se é que se podia acreditar
na lenda, em que os monges eram iguais em tudo. Um grupo de homens
decidia voltar as costas ao mundo do apetite carnal e construir um santuário
numa região erma, onde poderiam viver a vida de orações e desprendimento; e
assumiam uma nesga de terra árida, limpando a floresta e drenando o pântano,
aravam o solo e construíam sua igreja. Naquele tempo eram realmente como
irmãos. O prior, como seu título indicava, era apenas o primeiro entre iguais,
e eles juravam obediência perante a regra de São Bento, e não a autoridades
monásticas. Mas tudo o que restara agora da antiga democracia era a eleição do
prior e do abade.”
“Ele parecia gostar de Philip mas ao mesmo
tempo desconfiar dele, como um pai cujo filho esteve na guerra e voltou para
casa com uma espada na cintura e um brilho ligeiramente perigoso no olhar.”
“A conversa sobre a mulher dele fora tocante,
revelando uma piedade que até então não se evidenciara. Era uma dessas pessoas
que guardam a fé religiosa no fundo do coração. Às vezes são as melhores.”
“É notório que os reis se tornam piedosos à
medida que envelhecem. Estêvão ainda era jovem.”
“Não se pegam as heresias dos outros como se
pegam suas pulgas.”
“Deixe-me dizer-lhe uma coisa com toda
sinceridade. Um homem esperto não a empregaria como serva. Você está acostumada
a dar ordens, e verá que é muito difícil estar do lado de quem as recebe. –
Aliena abriu a boca para protestar, mas ele ergueu a mão para detê-la. – Oh,
sei que você está disposta a trabalhar. Mas durante toda a sua vida os outros a
serviram, e até mesmo agora, no fundo do coração, você sente que as coisas
deveriam ser arranjadas de modo a satisfazê-la. As pessoas nascidas nas classes
mais altas dão maus servos. São desobedientes, ressentidas, imprudentes,
suscetíveis e pensam que estão trabalhando duro mesmo que estejam trabalhando
menos que todos os outros.”
“Fazer um juramento é pôr uma alma em
risco, dizia ele. Nunca faça um juramento, a menos que tenha
certeza de que preferirá morrer a não cumpri-lo.”
“Por que as pessoas fabricavam problemas
quando já havia tantos no mundo?”
Nenhum comentário:
Postar um comentário