Editora: L&PM
ISBN: 978-85-2540-681-1
Tradução: Millôr Fernandes
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 144
“– O
amor não é amor, quando se mescla de considerações que muito aberram da meta
principal.”
“– A
vergonha é o castigo da estultícia.”
“– Já
vimos o melhor de nosso tempo: maquinações, imposturas, traições e toda sorte
de desordens ruinosas nos acompanham sem sossego até à sepultura.”
“–
Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem –
muitas vezes por culpa de nossos próprios excessos – pomos a culpa de nossos
desastres no sol, na lua e nas estrelas, como se fôssemos celerados por
necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo
predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência
forçosa a influências planetárias, sendo toda nossa ruindade atribuída à
influência divina...”
“– Não
esbanjes teu estado; embora o saibas, calado; não andes, sejas levado; no
aprender, muito cuidado; guarda sempre o maior bocado; deixa as mulheres e o
vinho; não te metas com o vizinho, porque em uma e outra dezena terás mais uma
vintena.”
“–
Porque, como sabeis, tio, tanto ao pardal o cuco deu bom milho, que a cabeça
esmagou-lhe o próprio filho.”
“–
Vosso medo é excessivo.
– É
mais seguro do que confiar demais.”
“– Não
devias ter envelhecido antes de ficares sábio.”
“– Os
teimosos aprendem com os incômodos que a si mesmos procuram.”
“–
Louco é quem se fia na mansidão do lobo, na saúde do cavalo, no amor de um
rapaz e no juramento de uma prostituta.”
“–
Nunca sofremos o pior, enquanto dizer podemos: “Isto é o pior de tudo”.”
“– O
que para os garotos são as moscas, nós somos para os deuses: matam-nos por
brinquedo.”
2 comentários:
Os trechos são bem leves, mas gostei especialmente deste: “– Não devias ter envelhecido antes de ficares sábio.”
Adoro Rei Lear
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