Editora: Estação Liberdade
ISBN: 978-857448-166-1
Tradução e notas: Leiko Gotoda
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 600
Sinopse: Musashi
é o mais famoso romance épico japonês do século XX, com cerca de 120 milhões de
exemplares vendidos no mundo. A história de Miyamoto Musashi, na vida real o
grande samurai do Japão da época dos xoguns (século XVII), conta como um jovem
selvagem e sanguinário adquire, ao longo de inúmeras lutas e constantes
situações de grande perigo, as qualidades e a têmpera que o levariam a ser o
maior e mais sábio de todos os guerreiros. É a primeira vez que se edita em
português esta famosa obra, e trata-se da primeira tradução integral no
Ocidente.
“Quanto mais simples o povo, mais teme a
autoridade.”
“Como se viu, finda a batalha de Sekigahara,
rounins sem destino tinham invadido a vizinha cidade de Nara, dominando-a e
anarquizando-a, empanando a Luz de Buda dos templos. Mas nenhum desses
proscritos conseguira infiltrar-se na área compreendida entre o vilarejo Vale
Yagyu e a montanha Kasagi. Só esse fato dava uma ideia da firmeza dos hábitos e
da organização do Vale Yagyu, e de sua impermeabilidade a elementos nocivos.
Dignos de louvor, porém, não eram apenas o povo e seu suserano, mas também a
montanha Kasagi – de incomparável beleza desde o amanhecer até o pôr-do-sol – e
a água dos seus rios, famosa pela pureza e por prestar-se a saborosos chás.
Além disso, graças à proximidade com Tsukigase, terra de ameixeiras e morada de
rouxinóis, o canto destes pássaros soava incessantemente durante meses – antes
mesmo do degelo das neves nas montanhas até a estação dos trovões – seu mavioso
trinado rivalizando em pureza com as águas do rio. Disse certa vez um poeta:
“Montanhas puras e rios cristalinos compõem o berço de um grande homem.”
Portanto, se grandes homens não tivessem nascido nessas terras, o poeta estaria
mentindo e as montanhas seriam simples enfeites desprovidos de valor. Pior
ainda, dúvidas seriam levantadas quanto à qualidade do sangue que corria nas
veias do povo. Mas o poeta estava com a razão: nos últimos tempos, essas
montanhas tinham dado grandes homens ao mundo.”
“Um antigo provérbio dizia: “A rã que mora
num poço não sabe como o mar é grande”.”
“Das agonias experimentadas por um ser humano
durante a vida, nenhuma é mais exasperante, depressiva e ao mesmo tempo tão sem
remédio do que a de procurar alguém em vão.”
“Arrogância e artes marciais andavam sempre
de mãos dadas e eram insuportáveis em qualquer circunstância.”
2 comentários:
É interessante observar que um livro de 600 páginas gerou tão poucos comentários a serem destacados.
As ilustração desse livro são mto massa! São tipo essa do post, mas em preto e branco. No meu entender, elas passam mto bem a sensação do q é estar no meio de uma pancadaria desenfreada, com a adrenalina correndo solta, sem saber direito se nesse último movimento vc acabou de matar ou ser morto por alguém.
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