sábado, 10 de maio de 2014

A Torre Negra: A Escolha dos Três, de Stephen King

Editora: Objetiva

ISBN: 978-85-81050-22-5

Tradução: Mário Molina

Opinião: ★★★★☆

Páginas: 416

Sinopse: Com incansável imaginação, Stephen King dá continuidade à magistral saga épica A Torre Negra, iniciada com O Pistoleiro. A Escolha dos Três, segundo volume da série, lança o Roland de Gilead em pleno século XX, à medida que ele se aproxima cada vez mais de sua preciosa Torre Negra, sede de todo o tempo e de todo o espaço.

Um derradeiro confronto com o homem de preto revela a Roland, nas cartas de um baralho de tarô, aqueles que deverão ajudá-lo em sua busca pela Torre Negra: o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte. Para encontrá-los, o último pistoleiro precisará atravessar três intrigantes portas que se erguem na deserta e interminável praia do mar Ocidental.

São portas que o levam a um mundo diferente do seu, em outro tempo, de onde ele deverá trazer seus escolhidos: Eddie Dean, um viciado em heroína da Nova York dos anos 1980; Odetta Holmes, uma ativista pelos direitos dos negros da década de 1960; e o terceiro escolhido, a Morte, que vai embaralhar mais uma vez o destino de todos.

Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no poema épico do século XIX Childe Roland à Torre Negra Chegou, e repleta de referências à cultura pop, às lendas arturianas e ao faroeste. A Torre Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea.



“No exercício do dever nunca havia qualquer razão aceitável para ceder a fraquezas.”

 

 

“Nenhum homem vê tudo que vê, mas antes de vocês se tornarem pistoleiros – isto é, aqueles que não forem para oeste – aprenderão a ver, numa única olhadela, mais do que alguns homens levam toda uma existência para enxergar. E um pouco do que não virem nessa olhada verão mais tarde, no olho da memória – isto é, se viverem tempo bastante para recordar. Porque a diferença entre ver e não ver pode ser a diferença entre a vida e a morte.”

 

 

“O que é isto?, pensou Eddie indefeso. Que diabo é esta merda? Então teve de vomitar de novo e talvez isso tenha sido ótimo. Por mais críticas que se possa fazer ao ato de vomitar, ele tem pelo menos esse ponto a seu favor: enquanto se está vomitando não se consegue pensar em mais nada.”

 

 

“Seu pai usava um ditado que, quando traduzido, significava algo como “Deus mija todo dia na sua nuca, mas só te afoga uma vez”, e embora não tivesse certeza absoluta, Cimi achava que isso significava que Deus, afinal, era um cara muito legal.”

 

 

“Havia alguma coisa na guerra do Vietnã que fazia apodrecer o próprio coração.”

 

 

“Num mundo que tinha se tornado um barril de pólvora nuclear com quase um bilhão de pessoas sentadas em cima, era um erro –  talvez de proporções suicidas – acreditar que havia uma diferença entre bons atiradores e maus atiradores. Havia um excesso de mãos trêmulas segurando isqueiros perto de um número excessivo de pavios. Não era um mundo para pistoleiros. Se já houvera uma época própria para eles, esse tempo tinha passado.”

 

 

“O que gostamos de pensar de nós mesmos e o que realmente somos raramente têm muita coisa em comum.”

 

 

“É mais fácil beber a água do oceano com uma colher do que discutir com alguém apaixonado.”

 

 

“– Quem mata o que ama fica para sempre condenado – disse Eddie.

– Já estou condenado – disse Roland calmamente.

– Mas talvez até o condenado possa ser salvo.”

Um comentário:

Sugestão de Livros disse...

Os trechos são bons, creio que eles retratam o contexto da estória.