quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A República, de Platão

Editora: Escala

ISBN: 978-85-7556-888-0

Tradução: Ciro Mioranza

Opinião: ★★☆☆☆

Páginas: 386

Sinopse: A República, do filósofo grego Platão (427-347? a.C.), livro escrito há mais de 2.300 anos, continua sendo uma obra de grande atualidade. Excluindo colocações que soam como insólitas ao homem moderno, parece que Platão está vivo entre nós, analisando os sistemas de governo e seus instrumentos e mecanismos de poder, além de abordar temas sempre antigos e sempre novos, tais como riqueza e pobreza, justiça e injustiça, verdade e mentira, guerras inúteis, descaso pela cultura e educação, abandono das classes menos favorecidas. Apresentado sob forma de uma sucessão ininterrupta de diálogos, A República é um livro que merece ser lido. Platão critica os governos, mas apresenta soluções para uma estratégia política perfeita.



“Mas ter uma natural avidez por aprender não é a mesma coisa que ser filósofo?”

 

 

“Por vítimas de roubo entendo aqueles que se deixam dissuadir e aqueles que se esquecem. São roubados inadvertidamente de suas próprias opiniões pela razão no primeiro caso e pela memória no segundo. (...) Por vítimas de agressão entendo aqueles que mudam de opinião pelo pesar ou pela dor. (..) Por vítimas de doença aqueles que mudam de opinião seduzidos pelo prazer ou aterrorizados pelo medo.”

 

 

“A temperança é a virtude que mais se aproxima a uma consonância e a uma harmonia.”

 

 

“Não é lícito irritar-se por causa da verdade.”

 

 

“Quem se mistura ao povo para lhe mostrar uma poesia, uma obra de arte ou um projeto político se torna escravo da maioria mais que o necessário (...) e assim o obrigam a fazer o que agrada a eles.”

 

 

“Com toda a certeza deve-se evitar chegar ao poder com paixão, do contrário, rivalidades e lutas serão inevitáveis.”

 

 

“Oligarquia é a organização do Estado fundado sobre a renda, aquela em que os ricos governam e os pobres são privados de todo poder. (...) Se os comandantes dos navios fossem escolhidos tendo-se em conta somente a renda, seriam excluídos os pobres, apesar de serem superiores em capacidade. (...) Aí está, portanto, um grave defeito da oligarquia.”

 

 

“Mas entre a riqueza e a virtude não subsiste àquela diferença que, se ambas postas nos pratos de uma balança, uma não pode subir sem a outra baixar?”

 

 

“Um homem se torna realmente tirano quando, por natureza ou por hábito ou por causa de ambos, torna-se beberrão, apaixonado e louco.”

 

 

“Sem dúvida poderíamos afirmar que os homens pertencem a três categorias fundamentais: os amantes da sabedoria, os amantes do sucesso e os amantes do lucro.”

 

 

“A responsabilidade é de quem faz a escolha. Deus é inocente.”

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