Editora:
Ciranda Cultural
ISBN:
978-85-380-9254-4
Tradução:
Rafael Bonaldi
Opinião:
★★★☆☆
Link para compra:
Clique aqui
Páginas:
288
Sinopse:
Agora com 16 anos, sentindo-se quase adulta, Anne está prestes a começar a
lecionar na escola de Avonlea, a realidade de seu trabalho torna-se um teste
para seu caráter, surgindo várias dúvidas quanto ao seu futuro. Ela conquistou
o amor do povoado e se tornou uma ativa participante de uma associação para
melhorias em Avonlea. Enfim, Anne decide deixar tudo para ir atrás de seu
grande sonho.
“Nunca é possível prever o que acontecerá
se uma professora usar a sua influência para o bem.”
“Posso afirmar que este é um mundo
problemático.”
“– Creio que a senhorita tem um temperamento apimentado – comentou ele,
estudando as bochechas coradas e os olhos indignados à sua frente. – Presumo
que combine com os seus cabelos. Avonlea é um lugar muito decente, caso
contrário eu não teria me mudado para cá. Mas suponho que até mesmo a senhorita
admitirá que o povoado tem alguns defeitos, não é?
– Eu gosto ainda
mais de Avonlea por causa desses defeitos – respondeu a leal Anne. – Não gosto
de pessoas e lugares sem defeitos. Acho que uma pessoa verdadeiramente perfeita
não seria muito interessante. A senhora Milton White diz que nunca conheceu uma
pessoa perfeita, mas que ouviu muito a respeito de uma... a primeira esposa do
marido. O senhor não acha que deve ser muito desconfortável ser casada com um
homem cuja primeira esposa era perfeita?
– Seria mais
desconfortável ser casado com a esposa perfeita – declarou o senhor Harrison,
com uma veemência repentina e inexplicável.”
“– Este mundo é muito bom, apesar de tudo, não é, Marilla? – concluiu
Anne, alegre. – Outro dia, a senhora Lynde queixou-se de que não se pode
esperar muito do mundo. Que sempre que se anseia por algo prazeroso, o
desapontamento era quase certo... Talvez seja verdade. Mas sempre há um lado
bom. As coisas ruins tampouco fazem jus às expectativas e quase sempre acabam
sendo muito melhores do que imaginávamos.”
“Existe algo bom em cada pessoa, é só uma
questão de saber encontrá-lo. E é o dever de um professor descobri-lo e
desenvolvê-lo.”
““A senhora Lynde veio me dar um bom
conselho para amanhã" – pensou Anne, com uma careta, “mas acho que não vou
entrar. Seus conselhos são como pimenta, eu acho... excelentes em pequenas
quantidades, mas muito ardidos na dose que a senhora Lynde prefere.”
“Só quem não está mais vivo é que está
livre de surpresas.”
“– Tudo o que é válido na vida dá algum
trabalho.”
“– Espero que se divirta, Anne. Você trabalhou duro no último ano e se
saiu muito bem.
– Ah, não sei.
Deixei a desejar em tantas coisas! Não fiz o que tinha prometido fazer no
último outono, quando comecei a lecionar. Não tenho vivido de acordo com os
meus ideais.
– Nenhum de nós
consegue – comentou a senhora Allan, com um suspiro. – Mas você sabe o que
Lowell diz, Anne: “Fracassar não é crime, mas sim ter pouca ambição”. Devemos
ter ideais e tratar de viver de acordo com eles, mesmo que nem sempre tenhamos
êxito. A vida seria uma lástima sem eles.”
“– Não sabe que só as pessoas muito tolas
falam sério o tempo todo?”
“–Uma pessoa deve ter algumas
compensações.”
“– Sempre me perguntei o que deu errado
entre Stephen Irving e Lavendar Lewis – continuou Marilla, ignorando Davy. –
Tenho certeza de que eles estavam comprometidos há vinte e cinco anos, mas, de
repente, tudo se acabou! Não sei qual foi o problema, mas deve ter sido algo
terrível, pois ele foi embora para os Estados Unidos e nunca mais voltou.
– Talvez não tenha sido nada tão
terrível, afinal. Creio que as pequenas coisas da vida frequentemente causam
mais problemas do que as grandes – disse Anne, em um daqueles lampejos de
sabedoria que nem a experiência poderia ter aperfeiçoado.”
“– Esta é uma das coisas boas deste
mundo... Podemos ter certeza de que sempre haverá outras primaveras.”
“– Homens são imprevisíveis. Uma vez,
minha irmã mais velha, Charlotta I, achou que estava comprometida. Mas acontece
que ele tinha uma opinião diferente e falou que não estavam, e por isso ela
nunca mais vai confiar em um deles outra vez. E ouvi outro caso em que um homem
pensava que estava muito apaixonado por uma moça, quando na verdade era da irmã
dela que ele gostava o tempo todo. Se um homem não sabe o que quer, senhorita
Shirley, como uma pobre mulher vai saber?”
“– Oh, é claro que existe um risco ao
casar-se, com qualquer pessoa – concordou Charlotta IV – mas, consideradas
todas as coisas, senhorita Shirley, existem coisas muito piores do que um
marido.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário