sábado, 23 de abril de 2022

Quem ajudou a Hitler (Parte IV), de I. Maiski

Editora: Civilização Brasileira

Tradução: Cristiano M. Oiticica

Opinião: ★★★☆☆

Páginas: 212

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SinopseVer Parte I


 

“Em resumo, a URSS obteve as seguintes vantagens do acordo com a Alemanha:

Primeiro, frustrou-se a possibilidade de formar uma frente única capitalista contra o povo soviético: mais ainda, foram firmadas as premissas para a criação ulterior da coligação antihitlerista na qual as potências ocidentais nem sequer pensavam então. Só pensavam Chamberlain e Daladier, àquele tempo, em empurrar, a todo custo, a Alemanha hitlerista à guerra contra a União Soviética.

O pacto de não-agressão tornou impossível o desencadeamento da Segunda Guerra Mundial com agressão à União Soviética.

A assinatura do pacto significou falência completa dessa vergonhosa estratégia de Munique.

O fato desempenhou sem dúvida alguma, importante papel nos destinos da URSS e de toda a humanidade.

Segundo, graças ao tratado com a Alemanha, desapareceu a ameaça de agressão à URSS por parte do Japão, aliado da Alemanha no bloco antissoviético. Se não tivesse existido o pacto de não-agressão sovieto-alemão, a União Soviética poderia ter-se encontrado em situação difícil: ter de fazer a guerra em duas frentes, dado que, naquele momento, a agressão da Alemanha à URSS, vinda do Oeste, implicaria a agressão do Japão a Este. Precisamente em agosto de 1939, os combates junto ao rio Halhin-Gol atingiram o maior encarniçamento. O governo de Hiranuma se negava, teimosamente, a resolver o conflito por via pacífica e concentrava tropas na fronteira soviética, esperando que a Alemanha se lançasse à luta. Entretanto, após assinado o pacto germano-soviético de não-agressão (23 de agosto), caiu o governo de Hiranuma (28 de agosto), e o governo de Abe, que lhe sucedeu, apressou-se a aceitar a solução pacífica do conflito militar. Portanto, a assinatura do tratado com a Alemanha teve como consequência imediata a extinção da fogueira bélica acesa nas fronteiras orientais da URSS.

O governo soviético teve de considerar, como era natural, que o acordo com a Alemanha podia ser utilizado (e o foi, realmente) para atiçar as paixões antissoviéticas nos “países democráticos”: que, no estrangeiro, havia pessoas, inclusive não inimigas da URSS, que não compreendiam (como ocorreu, na realidade) a justeza de seus atos. E, entretanto, após sopesar os prós e os contras, o governo soviético chegou à conclusão de que os primeiros predominavam, indubitavelmente, sobre os segundos. Daí por que assinou o acordo com a Alemanha. Era a única saída, saída que nos foi imposta pela política estupidamente criminosa de Chamberlain e Daladier.

Há mais outra acusação que gostam de lançar contra a URSS os seus inimigos do estrangeiro: “Ao assinar o acordo com a Alemanha — dizem — os senhores desencadearam a Segunda Guerra Mundial”. Desprezíveis e cegos caluniadores! Como se vê do exposto, a responsabilidade autêntica do desencadeamento da Segunda Guerra Mundial recai, por um lado, sobre Hitler e, por outro, sobre Chamberlain e Daladier (sirvo-me desses nomes com sentido simbólico). Sim, sim, a grave responsabilidade de todas as calamidades que acarretou a Segunda Guerra Mundial recai sobre os grupos políticos que se achavam no poder, na Inglaterra e na França, na segunda metade da década de 30; recai sobre os grupos que, cegos pelo ódio de classe, aplicaram a política de “apaziguamento” dos agressores e confiaram no desencadeamento de uma guerra de extermínio recíproco entre a Alemanha e a URSS. Foram, justamente, esses grupos que colocaram a URSS à beira do cepo em que, entretanto, eles mesmos caíram, pois a agressão hitlerista, na Segunda Guerra Mundial, não descarregou o seu primeiro golpe sobre Moscou, mas sobre Londres e Paris. Assim aconteceu porque a diplomacia soviética veio a ser mais inteligente que a anglo-francesa. Mas não temos por que escusar-nos disso.”

91 Izvestia, 24 de agosto de 1939.

 

 

“De tudo que dissemos nas páginas precedentes dimanam numerosas conclusões. As mais importantes são:

1. Nos anos de pré-guerra a que se referem essas recordações (1932-1939), a União Soviética procurou, sincera e insistentemente, estabelecer as melhores relações com a Inglaterra. Assim o ditavam, de um lado, a sua política geral de paz e coexistência pacífica com os Estados de sistemas diferentes do existente na URSS; de outro, o cálculo político concreto do governo soviético de erguer, conjuntamente com a Inglaterra e a França, barreira segura ante as potências fascistas agressoras: Alemanha e Itália, na Europa.

2. Entretanto, os bons propósitos da União Soviética não encontraram, lamentavelmente, eco de simpatia na Inglaterra. É claro que, no país, existiam não poucos elementos (operários, grupos consideráveis de intelectuais e os representantes mais perspicazes da burguesia) que simpatizavam com a ideia de levantar barreira tripartida à agressão fascista, que ameaçava também a Inglaterra e as suas posições no mundo. Entretanto, no período descrito, o poder público encontrava-se firmemente nas mãos dos setores mais reacionários da burguesia inglesa, cegos pelo ódio de classe à URSS como país do socialismo. O centro político dirigente desses setores mais reacionários era chamado camarilha de Cliveden, que se reunia no salão de lady Astor e tinha por líder reconhecido Neville Chamberlain. Por causa da sua extremada hostilidade a União Soviética, a camarilha de Cliveden era resolutamente contra a criação de barreira tripartida para defender dos agressores fascistas as posições britânicas, concebendo a ideia “feliz”, segundo ela, de empurrar a Alemanha contra a URSS, com o propósito de impor à Europa, quando ambas as potências se esgotassem em dura guerra, uma paz lucrativa para a Grã-Bretanha. Essa estúpida e criminosa concepção foi-se fortalecendo, paulatinamente, e alcançou o seu apogeu depois de 1937, quando Neville Chamberlain passou a ser o Primeiro-Ministro da Inglaterra e Lord Halifax, Ministro das Relações Exteriores. Da citada concepção, em que se inspirava a camarilha de Cliveden, dimanou a política de “apaziguamento” dos agressores; em primeiro lugar, de Hitler. Na expectativa do êxito dessa política (êxito que não se chegou a lograr), a Inglaterra e a França, com o apoio de certas esferas dos Estados Unidos, sacrificaram, em 1938 e 1939, a Áustria, a Espanha e a Tchecoslováquia.

3. Apesar dessas condições, tão desfavoráveis, a União Soviética prosseguiu nos esforços de estreitar as relações com a Inglaterra e, em 1939, para levantar barreira ante a Alemanha e a Itália, sob a forma de pacto tripartido de assistência mútua, no qual via a melhor garantia contra a agressão fascista. De fato, a iniciadora desse pacto foi, precisamente, a URSS. Sob a pressão de vastos setores da opinião pública britânica e de alguns Estados estrangeiros que temiam, de maneira especial, Hitler e Mussolini, a camarilha de Cliveden, inimiga acérrima de semelhantes planos, viu-se obrigada a manobrar e a aparentar, de quando em quando, estar disposta a criar a barreira tripartida contra os agressores. Essas manobras alcançaram a sua maior amplitude em 1939, depois que Hitler destruiu o acordo de Munique. Essa foi a origem da concessão pela Inglaterra (e França), em março e abril de 1939, de garantias unilaterais à Polônia, Romênia e Grécia para o caso desses países se verem atacados pelos Estados fascistas. Essa foi também a origem de que o governo de Chamberlain (assim como o de Daladier) considerasse necessário participar das negociações tripartidas para a assinatura de um pacto de assistência mútua com a URSS. Mas foram negociações entabuladas contra a sua vontade, à força e com o propósito de enganar as massas. Por isso, reduziram-se, de fato, à mais pura sabotagem, da qual tão abundantes exemplos citamos nas páginas anteriores. O que mais preocupava Chamberlain (e Daladier) não era concluir o quanto antes o pacto tripartido, mas encontrar a maneira de fugir à sua assinatura. Essa linha de conduta do governo britânico (e do francês) teve como consequência inevitável que as conversações tripartidas, definitivamente, fracassassem em agosto de 1939. Ficou inteiramente esclarecido que, por causa da sabotagem de Chamberlain e Daladier (e só por causa dele), era impossível erguer uma barreira tripartida verdadeiramente eficaz contra os agressores fascistas.

4. Tendo falhado todas as tentativas de negociações contra a nossa vontade, a melhor forma de luta contra a agressão das potências fascistas, a União Soviética teve de pensar em outros meios para garantir a sua segurança, embora de forma apenas temporária e precária. Nos primeiros meses que se seguiram a Revolução de outubro, o grande Lenin deu exemplo genial de manobra na palestra internacional. Com o fim de assegurar à Rússia Soviética, recém-nascida, uma “trégua” — que era o de que mais precisava, então — Lenin propôs, a princípio, a todos os países beligerantes a assinatura de uma paz democrática geral, sem anexações, nem tributos, vendo nisso a forma mais desejável de o povo soviético obter uma “trégua”, capaz até de converter-se em longo período de paz. Entretanto, quando ficou claro que o apelo do governo soviético caíra em terreno pedregoso, Lenin decidiu fazer a paz em separado com a coligação alemã. Era, como dizia Lenin, paz “grosseira”, extremamente desvantajosa para a Rússia Soviética; mas, em todo caso, proporcionava a esta uma “trégua” temporária e, como demonstraram os acontecimentos ulteriores, se justificava plenamente, do ponto de vista histórico. Recordando esse magnífico exemplo político, o governo soviético resolveu segui-lo em 1939. É claro que a situação e as condições eram, àquela altura, um tanto diversas das de 22 anos antes (sobretudo porque, desde então, havia crescido, em imenso grau, o poderio do povo soviético); mas, não obstante, na situação mundial de 1939, concorriam não poucos elementos que a tornavam semelhante à de 1917-1918. Era necessário impedir, a todo custo, a criação de uma frente única capitalista contra a URSS; era preciso conjurar ou, pelo menos, retardar o mais possível a agressão das potências fascistas à União Soviética. Assim o ditavam o senso elementar de autoconservação, próprio de todo Estado, qualquer que seja a sua natureza. Assim o ditavam também considerações de caráter mais geral. Porque, no período que analisamos, a União Soviética não era, simplesmente, uma grande potência de nosso planeta. A União Soviética representava algo muito mais importante: era, então, o único país da Terra que constituía a pátria do socialismo e levava em si o germe do futuro comunista de toda a humanidade. Sobre os ombros dos soviéticos daquela época, em particular sobre os ombros do governo soviético, recaía enorme responsabilidade pela manutenção da integridade e independência de um país de tão excepcional importância histórica. Essa responsabilidade grandiosa exigia também audácia, flexibilidade e decisão grandiosas.

5. Em meados de agosto de 1939, o governo chegou, definitivamente, à conclusão de que a política de Chamberlain e Daladier excluía a possibilidade de concluir um pacto tripartido eficaz. Por isso, resolveu mudar de rumo político; cessar as negociações com a Inglaterra e a França, que careciam de sentido, e concluir um acordo com a Alemanha. Os nossos adversários do estrangeiro puseram em circulação a caluniosa lenda de que o governo soviético jogou com pau de dois bicos durante a primavera e o verão de 1939; manteve negociações públicas com a Inglaterra e a Franca acerca do pacto tripartido de assistência mútua contra os agressores e, por trás delas, procurou, em segredo, fazer acordo amistoso com a Alemanha e, em última instancia, preferiu a Alemanha às “democracias ocidentais”. Com o propósito de demonstrar essas balelas pérfidas, o Departamento de Estado dos Estados Unidos chegou inclusive a publicar, em 1948, uma compilação, extremamente tendenciosa, de documentos diplomáticos alemães dos quais se apoderaram os norte-americanos, na Alemanha. Entretanto, a análise circunstanciada dos citados documentos (correspondentes ao período das negociações tripartidas) que fizemos nas páginas precedentes prova, sem dúvida alguma, a completa falsidade de semelhantes afirmações. Pelo contrário, até meados de agosto de 1939, apesar da flagrante sabotagem das negociações tripartidas pelos governos da Inglaterra e da Franca, a URSS foi absolutamente leal aos seus companheiros de negociações e rejeitou todas as tentativas da Alemanha (não poucas, certamente) de abrir uma brecha entre a URSS e as “democracias ocidentais”. Foi quando, em meados de agosto, o governo soviético chegou à conclusão de que as negociações tripartidas careciam de toda perspectiva, resolveu mudar o rumo da sua política e, com efeito, mudou-o. O governo soviético exerceu, nesse caso, legítimo direito de qualquer governo de substituir uma linha política por outra, se as circunstâncias a tanto o obrigam. Nesse caso concreto, a mudança de rumo era mais que justificada, pois fora imposta ao governo soviético pela estúpida e criminosa conduta de Chamberlain e Daladier.

6. O pacto germano-soviético de 23 de agosto de 1939 não foi, naturalmente, um ato perfeito (o próprio governo soviético jamais o considerou assim); mas, em todo o caso, evitou a possibilidade de formar-se uma frente única capitalista contra a URSS, livrou 13 milhões de ucranianos e bielo-russos ocidentais do terrível destino de se transformarem em escravos do hitlerismo, assegurou a reunificação nacional de todos os ucranianos e bielo-russos em uma só família, que marcha, rapidamente, pela senda do desenvolvimento socialista; e avançou as fronteiras soviéticas várias centenas de quilômetros na direção ocidental, fato que teve grande importância estratégica. Conforme mostraram os acontecimentos ulteriores, o referido acordo atrasou cerca de dois anos a agressão da Alemanha à URSS, facilitou, em larga medida, a defesa dos centros vitais do país e a passagem das forças armadas soviéticas à vitoriosa contraofensiva, tornou possível a derrota da Alemanha hitlerista e criou as premissas para um restabelecimento mais rápido da URSS em suas fronteiras atuais.”

94 Pravda, 27 de agosto de 1939.

 

 

“Em 27 de novembro de 1958, Nikita Kruchov enviou a Dwight Eisenhower, então Presidente dos Estados Unidos, extensa nota, na qual se referia, de passagem, à situação mundial existente as vésperas da Segunda Guerra Mundial:

“Sabe-se que — dizia nessa nota o chefe do governo soviético — os Estados Unidos, assim como a Grã-Bretanha e a França, não chegaram, então, sequer à conclusão de que era necessário colaborar com a União Soviética para fazer frente à agressão hitlerista, apesar de o governo soviético ter-se declarado constantemente disposto a isso. Nas capitais dos Estados ocidentais prevaleceram, durante longo tempo, as aspirações opostas...

Só quando a Alemanha fascista, após deitar por terra os cálculos míopes dos inspiradores de Munique, voltou-se contra as potências ocidentais, só quando o exército hitlerista iniciou o seu avanço para o Ocidente, esmagando a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a Holanda e precipitando-se sobre a França, os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha não tiveram outro remédio senão reconhecer os seus erros de cálculo e trataram de organizar, conjuntamente com a União Soviética, a resistência à Alemanha e à Itália fascistas e ao Japão. Se a política das potências ocidentais tivesse sido mais perspicaz, essa colaboração da União Soviética, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França poderia ter-se estabelecido muito antes, já nos primeiros anos que seguiram a tomada do poder por Hitler na Alemanha e então não teria havido ocupação da França, nem Dunquerque, nem Pearl Harbor (grifo do autor).85 Então, teria sido possível preservar os milhões de vidas dados pelos povos da União Soviética, Polônia, Iugoslávia, Inglaterra, Tchecoslováquia, Estados Unidos, Grécia, Noruega e outros países para dominar os agressores.

W. Churchill diz, nas suas memórias de guerra, referindo-se às negociações tripartidas de 1939:

“Não pode caber dúvida, inclusive à luz da perspectiva histórica, de que a Grã-Bretanha e a França deveriam ter aceitado a proposta russa... Mas Mr. Chamberlain e o Foreign Office pareciam enfeitiçados pelo enigma da esfinge. Quando os acontecimentos se desenrolam com tal rapidez e abundância como aconteceu àquele tempo, o mais acertado é dar, consequentemente, um passo atrás do outro. A aliança da Inglaterra, França e Rússia, em 1939, teria despertado o mais profundo alarma no coração da Alemanha, e ninguém pode provar que a guerra não teria sido, então, evitada (grifo do autor). O passo seguinte poderia ter sido dado existindo superioridade de forças a favor dos aliados. A diplomacia teria reconquistado a iniciativa. Hitler não poderia ter ousado nem se atirar a uma guerra em duas frentes — que com tanta energia ele mesmo sempre condenou — nem permitir malogro. É pena não se haver colocado em tão difícil situação, que poderia ter-lhe custado a vida... Se, por exemplo, Mr. Chamberlain houvesse dito, ao receber a proposta russa: “Sim, unamo-nos os três e torçamos o pescoço a Hitler”, ou outras palavras no mesmo estilo, o Parlamento as teria aprovado, Stalin o teria compreendido e a história poderia haver seguido curso diferente... Em vez disso, continuou (em resposta à proposta russa. — I. M.) longo silêncio e, enquanto isso, se prepararam diversas semimedidas e compromissos artificiosos”.96

Apesar de todas as diferenças existentes entre os autores das citações que acabo de reproduzir (e não julgo necessário demonstrar que são muito grandes), ambos coincidem na opinião de que a Segunda Guerra Mundial poderia ter sido conjurada se a URSS, a Inglaterra, a França e os Estados Unidos, (pelo menos, a URSS, a Inglaterra e a França) houvessem criado, com rapidez, firmeza e decisão, uma barreira eficaz contra a agressão das potências fascistas.

Quem impediu a criação dessa barreira? A União Soviética? Não, a União Soviética não tem culpa disso! Pelo contrário, a União Soviética fez tudo o que era humanamente possível para erguer barreira à agressão. Tudo o que dissemos neste livro não deixa a menor dúvida sobre isso. Quem impediu, efetivamente, a criação da barreira tripartida foram a camarilha de Cliveden, na Inglaterra, e as “duzentas famílias”, na França. E ao falar-se nas pessoas que ajudaram Hitler, que encarnaram em maior grau essas forças reacionárias e aplicaram com a maior atividade a política que lhes convinha, ter-se-á de mencionar, principalmente, Neville Chamberlain e Daladier. É difícil sobrestimar toda a gravidade de sua responsabilidade histórica pelo desencadeamento da Segunda Guerra Mundial e pelas inumeráveis vítimas, perdas e sofrimentos que acarretou a todo o gênero humano.”

95 Pravda, 28 de novembro de 1958.

96 W. Churchill, Second World War, vol. I, págs. 325-328.

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