Este blog destina-se a dividir com os companheiros de estrada as impressões e alguns belos trechos deste fantástico universo que é a literatura.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Musashi: As Duas Forças – A Harmonia Final – Eiji Ishiokawa
quinta-feira, 22 de maio de 2014
A Torre Negra: As Terras Devastadas, de Stephen King
Editora: Suma de Letras
ISBN: 978-85-81050-77-5
Tradução: Alda Porto
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 528
Sinopse: Com As
Terras Devastadas, terceiro volume da magistral saga épica A Torre Negra,
entramos mais uma vez no reino de uma das imaginações mais poderosas de nossa
época: a do escritor norte-americano Stephen King. Neste romance emocionante,
Roland, o último pistoleiro, se aproxima ainda mais da Torre Negra de seus
sonhos e pesadelos – atravessando um deserto amaldiçoado em um mundo macabro
que é uma imagem distorcida do nosso próprio mundo.
Junto com Roland estão dois daqueles que ele levou
consigo para esse universo: o ex-viciado nova-iorquino Eddie Dean e Susannah,
nova identidade da mulher que combina em um mesmo corpo duas personalidades
distintas. À sua frente estão as extraordinárias revelações sobre quem ele é e
o que o motiva em sua busca. E contra ele se perfila uma legião cada vez mais
numerosa de inimigos, humanos ou não.
À medida que o ritmo da ação e aventura, da descoberta e
do perigo se acelera cada vez mais, o leitor é irremediavelmente absorvido por
um drama espetacular, ao mesmo tempo assustador como um pesadelo... e estranhamente
familiar. As Terras Devastadas é uma história magnífica, mais um
testemunho do imenso talento de Stephen King.
Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no
poema épico do século XIX Childe Roland a Torre Negra Chegou, e repleta
de referências à cultura pop, às lendas arturianas e ao faroeste, A Torre
Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma
um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea.
“As lições mais tempo lembradas são sempre as
aprendidas por si mesmo.”
“Jake tinha perfeita consciência de que na
feroz fornalha da cabeça de Elmer Chambers, o carvão bruto do desejo e da
opinião muitas vezes se fundia nos duros diamantes que ele chamava de fatos...”
“— Que bicho era aquele, Roland?
— Um parente do guaxinim.
— Não serve para comer?
Roland fez que não com a cabeça.
— Duro. Amargo. Eu preferiria comer cachorro.
— E já comeu? — perguntou Susannah. —
Cachorro, quero dizer?
Roland confirmou com a cabeça, mas não entrou
em detalhes.
Eddie se viu pensando numa fala de um antigo
filme de Paul Newman: Isso mesmo, dona... comi e vivi como um.”
“Susannah viu-se lembrando da vez em que
perguntara ao pai, um homem caladão, mas profundamente cético, se ele
acreditava que havia um Deus no céu que guiava o rumo dos acontecimentos
humanos. Bem, ele dissera, eu acho que é meio a meio, Odetta. Tenho certeza de
que existe um Deus, mas não creio que Ele tenha muito a ver conosco hoje em
dia; acho que, depois que matamos o filho d’Ele, Ele finalmente enfiou na
cabeça que não havia nada que pudesse fazer com os filhos de Adão e as filhas
de Eva, e lavou as mãos para a gente. Cara esperto. Ela respondera a isso (que
já esperava inteiramente; tinha 11 anos na época e já conhecia muito bem a
cabeça do pai) mostrando-lhe uma nota na página das igrejas Comunitárias no
jornal local. Dizia que o reverendo Murdock, da Igreja Metodista da Graça, ia
elucidar naquele domingo o tópico “Deus Fala a Nós Todos os Dias” – com um
texto de Coríntios I. O pai rira tanto disso que lágrimas lhe haviam esguichado
dos cantos dos olhos.
— Bem, eu acho que cada um de nós ouve alguém
falando – disse por fim – e você pode apostar seu último dólar numa coisa,
querida: cada um de nós – incluindo esse reverendo Murdock aí – ouve essa voz
dizer exatamente o que quer ouvir. É tão conveniente.”
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Musashi: O Vento – O Céu – Eiji Ishiokawa
sábado, 10 de maio de 2014
A Torre Negra: A Escolha dos Três, de Stephen King
Editora: Objetiva
ISBN: 978-85-81050-22-5
Tradução: Mário Molina
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 416
Sinopse: Com
incansável imaginação, Stephen King dá continuidade à magistral saga épica A
Torre Negra, iniciada com O Pistoleiro. A Escolha dos Três, segundo volume da série, lança o Roland de
Gilead em pleno século XX, à medida que ele se aproxima cada vez mais de sua
preciosa Torre Negra, sede de todo o tempo e de todo o espaço.
Um derradeiro confronto com o homem de preto revela a
Roland, nas cartas de um baralho de tarô, aqueles que deverão ajudá-lo em sua
busca pela Torre Negra: o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte. Para
encontrá-los, o último pistoleiro precisará atravessar três intrigantes portas
que se erguem na deserta e interminável praia do mar Ocidental.
São portas que o levam a um mundo diferente do seu, em
outro tempo, de onde ele deverá trazer seus escolhidos: Eddie Dean, um viciado
em heroína da Nova York dos anos 1980; Odetta Holmes, uma ativista pelos
direitos dos negros da década de 1960; e o terceiro escolhido, a Morte, que vai
embaralhar mais uma vez o destino de todos.
Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no
poema épico do século XIX Childe Roland à Torre Negra Chegou, e repleta
de referências à cultura pop, às lendas arturianas e ao faroeste. A Torre
Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma
um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea.
“No exercício do dever nunca havia qualquer razão
aceitável para ceder a fraquezas.”
“Nenhum homem vê tudo que vê, mas antes de vocês
se tornarem pistoleiros – isto é, aqueles que não forem para oeste – aprenderão
a ver, numa única olhadela, mais do que alguns homens levam toda uma existência
para enxergar. E um pouco do que não virem nessa olhada verão mais tarde, no olho
da memória – isto é, se viverem tempo bastante para recordar. Porque a diferença
entre ver e não ver pode ser a diferença entre a vida e a morte.”
“O que é isto?, pensou Eddie indefeso. Que diabo
é esta merda? Então teve de vomitar de novo e talvez isso tenha sido ótimo. Por
mais críticas que se possa fazer ao ato de vomitar, ele tem pelo menos esse ponto
a seu favor: enquanto se está vomitando não se consegue pensar em mais nada.”
“Seu pai usava um ditado que, quando traduzido,
significava algo como “Deus mija todo dia na sua nuca, mas só te afoga uma vez”,
e embora não tivesse certeza absoluta, Cimi achava que isso significava que Deus,
afinal, era um cara muito legal.”
“Havia alguma coisa na guerra do Vietnã que fazia
apodrecer o próprio coração.”
“Num mundo que tinha se tornado um barril de pólvora
nuclear com quase um bilhão de pessoas sentadas em cima, era um erro – talvez de proporções suicidas – acreditar que
havia uma diferença entre bons atiradores e maus atiradores. Havia um excesso de
mãos trêmulas segurando isqueiros perto de um número excessivo de pavios. Não era
um mundo para pistoleiros. Se já houvera uma época própria para eles, esse tempo
tinha passado.”
“O que gostamos de pensar de nós mesmos e o que
realmente somos raramente têm muita coisa em comum.”
“É mais fácil beber a água do oceano com uma colher
do que discutir com alguém apaixonado.”
“– Quem mata o que ama fica para sempre condenado
– disse Eddie.
– Já estou condenado – disse Roland calmamente.
– Mas talvez até o condenado possa ser salvo.”