Editora: Age
ISBN: 978-85-7497-119-3
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 296
“Um dia perguntei
ao pajé, um homem muito velho e respeitado por sua mágica e sabedoria:
– O senhor, que
sabe tudo e conhece todos os segredos, me diga: onde fica o mar?
O pajé me olhou no
fundo dos olhos e respondeu com voz rouca, que parecia vir do fundo de uma
caverna:
– Nheçá, para
chegares ao difícil, começa pelo fácil; para alcançares o grande, pelo pequeno.
Se queres ir ao mar, o rio te levará a ele.”
(...) “Logo
adiante o rio se alargou e continuei remando junto à margem direita. Foi quando
tomei um grande susto! Avistei ao longe três barcos enormes, com grandes panos
dependurados em mastros, fundeados a uma boa distância da margem. Em terra
via-se o movimento de gente em redor de um casario. Encostei a canoa, escondi o
remo, e fui me aproximando, procurando não ser visto. Observando as pessoas
vestidas, dei-me conta de que estava nu.”
“Tropa sem chefe
não combate.”
“Os bons
resultados são os melhores argumentos.”
“Quando se vive
muito, cada coisa que acontece traz uma lembrança.”
“A verdade bem
contada, é que ninguém mais duvidava de que a guerra estava perdida. As tropas
(imperialistas) do (Duque de) Caixas iam consolidando as posições no terreno e
perseguindo a cavalaria farroupilha onde ela estivesse. Mas, se entregar? Isso
ninguém pensava. Se não houvesse uma saída honrosa, era certo que o último
farrapo ia morrer brigando.
Era gente muito
orgulhosa! Imaginem que o ditador argentino Rosas chegou a oferecer reforços
para a luta, mas o general farroupilha David Canabarro se ofendeu e respondeu
na hora:
‘O primeiro de
vossos soldados que atravessar a fronteira, fornecerá o sangue com o qual será
assinada a paz entre os farroupilhas e os imperiais’.”
Um comentário:
Pela pequena parte descrita, o livro deve ser muito interessante. Vou comprar ! Thiago - Porto Alegre
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