Editora: Phorte
ISBN: 978-85-7655-107-2
Opinião: ★☆☆☆☆
Páginas: 424
“E a versão
oficial – definida por ele como “a verdade aceita pela maioria” –
não lhe era nada favorável.”
“Nunca confie
absolutamente em alguém quando o assunto é o poder. ”
“– E o que
você tem a dizer da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” que o povo francês
impôs aos nobres e exportou para o mundo? – tentou ela.
– Seu exemplo
ratifica tudo o que estou falando. Liberdade, igualdade e fraternidade para
quem? Para a burguesia. Ou seja, para uma classe que se fortaleceu, acumulou
recursos e que não tinha direitos garantidos pela legislação da época. Era a
luta pela sua sobrevivência. Ou a burguesia derrubava o regime
ou era oprimida por ele.
– Mas o povo
foi às ruas!
– Veja quem
foram os beneficiados. Derrubou-se o privilégio do nascimento e criou-se o
privilégio do dinheiro, ou de quem o possuía. Certa vez, eu li um texto escrito
pelo abade Sieyés, uma das figuras mais interessantes da Revolução Francesa,
onde ficava claro o que a burguesia queria e o que a motivou a encabeçar o
movimento. Ele afirmou que os burgueses – ou seja, os comerciantes,
fabricantes, banqueiros, juízes, professores – queriam “ser alguma coisa”...
Ser alguma coisa! Você consegue entender a profundidade desta afirmação? Eles
não tinham direitos de fato. (...) Se a Revolução Francesa estivesse revestida de
todo esse caráter popular que você invoca, as legislações posteriores a ela
teriam sido completamente diferentes. O Código Napoleônico, por exemplo, com
mais de dois mil artigos, reservou apenas sete para regular questões do
trabalho e mais de oitocentos para proteger a propriedade privada. A
propriedade da burguesia. Sem contar que as greves e as organizações sindicais
eram proibidas, enquanto se permitia a criação de associações de empregadores.
– Esta história
não consta dos livros – comentou ela.
– Os livros até
contam os fatos como eles aconteceram. Só que com ênfase para o que interessa
às classes dominantes ou vitoriosas. A Revolução da França foi a pá de cal no
feudalismo e marcou o surgimento do capitalismo.
– O sistema que
acabou se transformando na causa de todas as coisas ruins que estamos
vivenciando!”
“Todo aquele que
possui coisas de que não precisa é um ladrão.” (Gandhi)
“Como diziam os
detentos, “quando o advogado é muito ruim, até suborno a juiz dá problema”. ”
“Se você não
concorda com o mundo que está aí, junte-se a nós. Queremos redesenhar a
História da humanidade, partindo de um novo marco, construindo novos paradigmas
e buscando soluções definitivas para velhos problemas.
Não temos
fórmulas prontas. Tudo precisa ser reconstruído. As velhas certezas que
nortearam gerações seguidas sucumbem por absoluta ineficiência no trato das
questões do ser humano. Miséria, fome, exploração, doenças que poderiam ter
sido erradicadas há anos, guerras, racismo, violência, entre tantos outros
males, sobrevivem e ganham proporções maiores a cada dia. Chegou a hora de
darmos um basta a tudo isso!
Com a convicção
de que tudo o que acontece no mundo é problema nosso, participe do Movimento
pela Reevolução Humana. Como? Fazendo sua parte. Não se omita e combata tudo o
que contrariar os interesses da humanidade. Você saberá o que fazer! Busque
aliados e monte uma rede para a consecução de nosso ideal. A ajuda aparecerá no
momento correto, se seus princípios forem honestos à causa. ”
“– Não há como nos iludirmos. Cada um seguirá seu caminho. Em pouco tempo, os contatos entre nós diminuirão de intensidade, conheceremos novas pessoas, iniciaremos outros relacionamentos e, quando menos percebermos, nossa amizade não passará de lembrança. Pode ser que alguns de nós não percamos o vínculo, mas isso será exceção. (...) Mas valeu a pena. Vivemos intensamente este período e fizemos a nossa parte. Saio com o sentimento de dever cumprido.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário