Editora: Companhia
das Letras
ISBN: 978-85-8057-216-2
Tradução: João Azenha
Jr.
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 560
Sinopse: Às vésperas
de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões
postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é
ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por
um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.
O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida
deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países
em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado
a trilhar toda a história da filosofia ocidental – dos pré-socráticos aos pós-modernos
–, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um
rumo surpreendente.
“Não se pode experimentar a sensação de existir
sem se experimentar a certeza que se tem de morrer.”
“Por diferentes motivos, a maioria das pessoas
é tão absorvida pelo cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente
reprimida.”
“Os adultos achavam o mundo uma coisa evidente.
Dormiam para sempre o sono encantado do cotidiano.”
“‘Tudo flui’, dizia Heráclito. Tudo está em movimento,
e nada dura para sempre. Por esta razão, “não podemos "entrar duas vezes no
mesmo rio”. Isto porque quando entro pela segunda vez no rio, tanto eu como o rio
estamos mudados.”
“O homem é a medida de todas as coisas”, disse
o sofista Protágoras (c. 487-420 a.C.). Com isto ele queria dizer
que o certo e o errado, o bem e o mal sempre tinham de ser avaliados em relação
às necessidades do homem. Quando perguntado se acreditava nos deuses gregos, Protágoras
dizia: “Dos deuses nada posso dizer de concreto [...] pois neste particular são
muitas as coisas que ocultam o saber: a obscuridade do assunto e a brevidade da
vida humana”.”
“Os que questionam são sempre os mais perigosos.
Responder não é perigoso. Uma única pergunta pode ser mais explosiva do que mil
respostas.”
“Por que ter medo da morte?”, perguntava Epicuro.
“Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir, nós deixamos
de ser”.”
“Tudo é possível. Mas também é preciso duvidar
de tudo.”
“Dizem que Buda teria dito a seus seguidores pouco
antes da morte: - ‘Todas as coisas complexas estão condenadas à decadência’.”
“Literalmente, Kant
diz: “Age apenas segundo aquelas máximas através das quais possas, ao mesmo tempo,
querer que elas se transformem numa lei geral”. (...).
Kant formulou o imperativo categórico de modo
a que nós tratemos as outras pessoas sempre como um fim em si mesmo, e não como
um simples meio para se chegar a outra coisa.”
“– Somente quando seguimos nossa “razão prática”,
que nos habilita a fazer uma escolha moral, é que possuímos livre-arbítrio. Isto
porque ao nos curvarmos à lei moral somos nós mesmos que estamos determinando a
lei que vai nos governar.
– Sim, de certa forma isto está certo. Afinal,
sou eu, ou alguma coisa em mim, quem diz que não devo maltratar os outros.
– Quando você mesma decide não maltratar mais
os outros, ainda que isto venha a ferir os seus próprios interesses, nesse momento
você está agindo em liberdade.”
“– Para Schelling, a natureza era o espírito visível,
e o espírito a natureza invisível, pois por toda a parte podemos perceber e sentir
a ação de um espírito ordenador, estruturador. Para ele, a matéria era uma espécie
de inteligência adormecida.”
“Só um anjo pode se rebelar contra Deus.”
“Nem tudo o que é novo é necessariamente bom,
e nem tudo o que é velho deve ser descartado.”
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