segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Os sofrimentos do jovem Werther – Johann Wolfgang von Goethe

Editora: L&PM
ISBN: 978-85-2541-044-3
Tradução: Marcelo Backes
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 216
Sinopse: A literatura alemã divide-se em antes e depois de Os sofrimentos do jovem Werther, que chega às livrarias brasileiras nesta nova e brilhante tradução de Marcelo Backes.
Ao escrever Werther, em 1774, Johann Wolfgang Goethe alcançava sua primeira obra de sucesso e, de quebra, dava início à prosa moderna na Alemanha.
Werther não é, simplesmente, um romance em cartas assim como Nova Heloísa de Rousseau ou Pamela de Richardson. Esta que é uma das mais célebres obras de Goethe é o romance de uma alma, uma história interior. Dilacerante, arrebatada é a história de uma paixão literalmente devastadora. Com enorme repercussão quando do seu lançamento, Werther foi um testemunho de como a literatura tinha poder de agir na sociedade. Não foram poucos os suicídios atribuídos ao romance.
Johann Wolfang von Goethe nasceu em Frankfurt em 1749 e morreu em Weimar em 1832. Poeta, romancista, dramaturgo, crítico, estadista, tornou-se um dos maiores vultos do pensamento alemão, tendo influenciado várias gerações. Em 1775, a convite do Duque Carlos Augusto, foi administrador de Weimar, onde destacou-se brilhantemente como financista e estadista. Deixou vasta obra, onde se destacam, entre outras, Werther, Ifigênia, Elegias romanas (poesia), Fausto, Teoria das cores, Viagem à Itália, Poesia e Verdade.

“Que as crianças não sabem o porquê de desejarem algo, todos os pedagogos estão de acordo. Mas que também homens feitos se arrastem como crianças, titubeando sobre a face da terra, e, exatamente como elas, não saibam de onde vêm e para onde vão, até mesmo que não têm um fim determinado para suas ações, igualmente governados por biscoitos, balas e chibatas, ninguém faz gosto em acreditar. Quanto a mim, parece-me que não há realidade mais palpável do que essa.”


“É natural que, quando um acidente ou um terror súbito nos surpreende no meio do divertimento, a impressão causada seja maior do que em qualquer outra ocasião, um pouco por causa do contraste, outro tanto - e esse viés é mais significativo - por estarem todos os nossos sentidos vivamente excitados e suscetíveis a receber tanto mais rápido uma impressão.”


“Não existe nada mais perigoso do que a solidão.”


“De resto, meu caro, dia a dia vejo com mais clareza quão estúpido é o ato de julgar os outros pelas nossas próprias faculdades”


“E se o cálice se afigurou ao Deus dos céus demasiado amargo quando o levou aos seus lábios de homem, irei eu me fazer de forte e fingir que o acho doce?”

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