Editora: L&PM
ISBN: 978-85-2541-044-3
Tradução: Marcelo Backes
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 216
Sinopse: A literatura
alemã divide-se em antes e depois de Os sofrimentos do jovem Werther, que
chega às livrarias brasileiras nesta nova e brilhante tradução de Marcelo Backes.
Ao escrever Werther, em 1774, Johann Wolfgang Goethe
alcançava sua primeira obra de sucesso e, de quebra, dava início à prosa moderna
na Alemanha.
Werther não é, simplesmente,
um romance em cartas assim como Nova Heloísa de Rousseau ou Pamela
de Richardson. Esta que é uma das mais célebres obras de Goethe é o romance de uma
alma, uma história interior. Dilacerante, arrebatada é a história de uma paixão
literalmente devastadora. Com enorme repercussão quando do seu lançamento, Werther
foi um testemunho de como a literatura tinha poder de agir na sociedade. Não foram
poucos os suicídios atribuídos ao romance.
Johann Wolfang von Goethe nasceu em Frankfurt em 1749 e morreu
em Weimar em 1832. Poeta, romancista, dramaturgo, crítico, estadista, tornou-se
um dos maiores vultos do pensamento alemão, tendo influenciado várias gerações.
Em 1775, a convite do Duque Carlos Augusto, foi administrador de Weimar, onde destacou-se
brilhantemente como financista e estadista. Deixou vasta obra, onde se destacam,
entre outras, Werther, Ifigênia, Elegias romanas (poesia),
Fausto, Teoria das cores, Viagem à Itália, Poesia e
Verdade.
“Que as crianças não sabem o porquê de desejarem
algo, todos os pedagogos estão de acordo. Mas que também homens feitos se arrastem
como crianças, titubeando sobre a face da terra, e, exatamente como elas, não saibam
de onde vêm e para onde vão, até mesmo que não têm um fim determinado para suas
ações, igualmente governados por biscoitos, balas e chibatas, ninguém faz gosto
em acreditar. Quanto a mim, parece-me que não há realidade mais palpável do que
essa.”
“É natural que, quando um acidente ou um terror
súbito nos surpreende no meio do divertimento, a impressão causada seja maior do
que em qualquer outra ocasião, um pouco por causa do contraste, outro tanto - e
esse viés é mais significativo - por estarem todos os nossos sentidos vivamente
excitados e suscetíveis a receber tanto mais rápido uma impressão.”
“Não existe nada mais perigoso do que a solidão.”
“De resto, meu caro, dia a dia vejo com mais clareza
quão estúpido é o ato de julgar os outros pelas nossas próprias faculdades”
“E se o cálice se afigurou ao Deus dos céus demasiado
amargo quando o levou aos seus lábios de homem, irei eu me fazer de forte e fingir
que o acho doce?”
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