Editora: Suma de letras
ISBN: 978-85-60280-21-6
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 288
Sinopse: Um homem é assassinado em frente à sua casa com dois tiros no peito e
dois na região genital. Entretanto, nada é roubado de sua residência.
Inicialmente o caso parece um incidente isolado e só atrai a atenção da
imprensa local. Porém, dias depois mais dois homens são encontrados mortos nas
mesmas circunstâncias. Quando surge a suspeita de que os crimes tenham sido
cometidos por um assassino em série, o comissário Van Veeteren é convocado para
ajudar os investigadores locais a solucionar o caso.
Com o avanço das investigações, o experiente policial
sueco vai montando um difícil quebra-cabeça que reúne coincidências envolvendo
as vítimas, como o fato de terem estudado juntas em uma escola militar. Além
disso, Van Veeteren descobre que, antes de morrerem, elas receberam uma ligação
telefônica com uma famosa canção dos anos 60 tocando ao fundo.
Pistas desconexas tornam a investigação um desafio
complexo para Veeteren, que terá que correr contra o tempo para desvendar
mistérios do passado, antes que outros assassinatos ocorram na pequena Maardam.
“O dia prometia apenas uma neve branda. Mas,
perto da hora do almoço, os intensos ventos marítimos transformaram a garoa em
uma torturante chuva inclinada da pior espécie. O vento atravessava a medula e
os ossos e fez com que os donos dos bares do cais do porto fechassem as portas
uma hora mais cedo que o habitual. (...)
Para piorar, o cemitério ficava na região
sudoeste, em um terreno cheio de elevações e buracos, sujeito a todo tipo de
intempérie. Quando o pequeno grupo finalmente chegou à cova recém-cavada e
enlameada, alguns pensamentos vieram-lhe à mente.
Lá embaixo, pelo menos, estaria abrigada do
vento. Dentro da cova não era preciso suportar esse vento e essa maldita chuva.
Há um lado bom em tudo.”
“Não chore! Seja lá o que fizer, não chore no
meu enterro. Lágrimas nunca me ajudaram em nada, acredite em mim. Chorei rios
na minha vida. É melhor agir, minha filha!”
“Quando estava na metade do caminho da
delegacia, teve outro problema. Tinha começado a chover novamente e ele
entendeu que se não consertasse aquele maldito limpador de para-brisas, algo
poderia acontecer.
Ao mesmo tempo, ele sabia que assim que
resolvesse um dos problemas, logo surgiria outro.
Era simplesmente um desses carros.
Lembrava um pouco a própria vida.”
“– Acho que não posso ajudar muito. Não
encontro nenhum elo entre eles. Acho que Maasleitner andava um pouco com Van
Der Heukken e Biedersen. Pelo menos é o que eu me lembro. A senhorita entende
que faz mais de trinta anos?
– Claro – a policial respondeu. – Mas sempre
tive a impressão de que o serviço militar deixa marcas permanentes em todos os
rapazes.
Tomaszewski sorriu.
– Certamente em alguns – respondeu. Mas a
maioria de nós tenta esquecer o mais rápido possível.”
“– Por que você resolveu ser policial? –
perguntou Ewa moreno.
– Quem não consegue ser nada na vida vira
policial – disse Jung.”
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