Editora: Martin Claret
ISBN:
978-85-7232-418-2
Tradução: Luciano Cavini Martorano
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 144
Sinopse: Fruto de décadas de colaboração entre Marx e Engels, o marxismo
influenciou os mais diversos setores da atividade humana, ao longo do século
XX.
O Manifesto do
Partido Comunista, obra redigida por Karl Marx e Friedrich Engels, em 1847,
é o texto fundador do marxismo.
Afirma que o motor da história é a luta de classes e
expõe o programa político dos comunistas após a tomada do poder. O texto
observa que o poder só pode ser atingido pela derrubada do Estado burguês e
pela união dos proletários de todos os países.
O núcleo do pensamento de Marx é sua interpretação do
homem.
“A história de todas as sociedades que
existiram até hoje é a história de luta de classes.”
“Mas a burguesia não forjou apenas as armas
que lhe trarão a morte; produziu também os homens que empunharão essas armas –
os operários modernos, os proletários.”
“Toda sociedade até aqui existente repousou,
como vimos, no antagonismo entre classes de opressores e classes de oprimidos.
Mas, para que uma classe possa ser oprimida, é preciso que lhe sejam
asseguradas condições nas quais possa ao menos dar continuidade à sua
existência servil. O servo, durante a servidão, conseguiu tornar-se membro da
comuna, assim como o burguês embrionário, sob o absolutismo feudal, conseguiu
tornar-se burguês. O operário moderno, ao contrário, ao invés de se elevar com
o progresso da indústria, desce cada vez mais, caindo inclusive abaixo das
condições de existência de sua própria classe. O operário torna-se pobre e o
pauperismo cresce ainda mais rapidamente do que a população e a riqueza. Fica
assim evidente que a burguesia é incapaz de continuar por muito tempo sendo a
classe dominante da sociedade e de impor à sociedade, como lei reguladora, as
condições de existência de sua própria classe. É incapaz de dominar porque é
incapaz de assegurar a existência de seu escravo em sua escravidão, porque é
obrigada a deixá-lo cair numa situação em que deve alimentá-lo ao invés de ser
por ele alimentada. A sociedade não pode mais existir sob sua dominação, quer
dizer, a existência da burguesia não é mais compatível com a sociedade.”
“O que caracteriza o comunismo não é a
abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa.”
“Horrorizai-vos porque queremos abolir a
propriedade privada. Mas, em vossa atual sociedade, a propriedade privada já
está abolida para nove décimos de seus membros; ela existe precisamente porque
não existe para esses nove décimos. Censurai-nos, portanto, por querer abolir
uma propriedade cuja condição necessária é a ausência de toda e qualquer
propriedade para a imensa maioria da sociedade.
Numa palavra, censurai-nos por querer abolir
vossa propriedade. De fato, é exatamente isso o que queremos.”
“Objeta-se ainda que com a abolição da
propriedade privada toda a atividade cessaria, e uma preguiça geral seria
difundida.
Se assim fosse, a sociedade burguesa teria há
muito tempo perecido na indolência, pois nela os que trabalham não ganham e os
que ganham não trabalham.”
“O poder político do estado moderno nada mais
é do que um comitê para administrar os negócios comuns de toda a classe
burguesa.”
“Tal socialismo analisou com muita
perspicácia as contradições inerentes às modernas relações de produção. Pôs a
nu as hipócritas apologias dos economistas. Demonstrou irrefutavelmente os
efeitos destruidores da maquinaria e da divisão do trabalho, a concentração dos
capitais e da propriedade territorial, a superprodução, as crises, a ruína
inevitável dos pequenos burgueses e dos pequenos camponeses, a miséria do
proletariado, a anarquia na produção, a acintosa desproporção na distribuição
das riquezas, a guerra industrial de extermínio entre as nações, a dissolução
dos antigos costumes, das antigas relações familiares, das antigas
nacionalidades.”
“Os comunistas recusam-se a ocultar suas
opiniões e suas intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser
alcançados com a derrubada violenta de toda a ordem social até aqui existente.
Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os
proletários nada têm a perder nela, a não ser suas cadeias. Têm um mundo a
ganhar.
Proletários de todos os países, uni-vos!”