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sexta-feira, 8 de maio de 2020

História e Consciência de Classe: Estudos sobre a dialética marxista (Parte I) – György Lukács

Editora: WMF Martins Fontes
ISBN: 978-85-469-0240-8
Tradução e notas: Marcelo Backes
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 600
Sinopse: O legendário livro de Lukács exerceu sua primeira e profunda influência sobre a jovem inteligência como expressão teórica das transformações histórico-mundiais dos anos 20. Lukács tinha uma visão messiânica e efusiva da dialética marxista: “Não é o predomínio de motivos econômicos na explicação da história que distingue de maneira determinante o marxismo da ciência burguesa, mas o ponto de vista da totalidade.” Conferir à totalidade uma posição central em contraste com a prioridade do econômico correspondia à crítica radical de esquerda às posições da socialdemocracia. Seus próprios pontos de partida para uma leitura crítica da história e para uma discussão com o alcance das teses teóricas e políticas apresentadas neste volume foram formulados pelo próprio Lukács num posfácio de 1967, que se tornou parte das novas edições e de todas as traduções.
  

“A confusão, porém, nem sempre é caos. Ela contém tendências que, embora algumas vezes possam reforçar temporariamente as contradições internas, movem-na, em última análise, para a sua resolução. A ética, por exemplo, impele à prática, ao ato e, assim, à política. Esta, por sua vez, impele à economia, o que leva a um aprofundamento teórico e, por fim, à filosofia do marxismo. Trata-se, naturalmente, de tendências que se desdobram apenas de maneira lenta e irregular.”


“Se a intenção era chegar a uma decisão essencialmente bem fundamentada, nunca se poderia permanecer na reflexão dos fatos imediatos; antes, seria preciso esforçar-se sempre para descobrir aquelas mediações, muitas vezes ocultas, que conduziram a tal situação e, sobretudo, tentar prever aquelas que provavelmente nasceriam dela e determinariam a práxis posterior.”


“O mais primitivo dos trabalhos, como o que o homem pré-histórico fazia, recolhendo pedras, pressupõe que a realidade em questão é refletida corretamente. Pois nenhuma posição teleológica se efetua com êxito sem uma representação, mesmo que primitiva, da realidade, visada pela prática. A práxis só pode ser a realização e o critério da teoria porque tem como fundamento ontológico, como pressuposto real de toda posição teleológica real, uma reflexão da realidade considerada correta.”


“Num posfácio que escrevi recentemente para uma reedição em separado desse pequeno estudo, procurei ressaltar, de maneira mais detalhada do que anteriormente, o que ainda considero saudável e atual em sua posição fundamental. Trata-se principalmente de compreender a autêntica especificidade intelectual de Lênin, em vez de concebê-lo como simples sucessor teórico em linha reta de Marx e Engels ou como o genial e pragmático “político realista”. Em poucas palavras, essa imagem de Lênin poderia ser formulada da seguinte maneira: sua força teórica baseia-se no fato de ele relacionar toda categoria – por mais abstrata e filosófica que seja – com sua atuação na práxis humana e, ao mesmo tempo, com respeito à ação, que para ele se apoia sempre na análise concreta da respectiva situação concreta, relacionar essa análise de maneira orgânica e dialética com os princípios do marxismo. Sendo assim, ele não é, no sentido estrito da palavra, nem um teórico, nem um político, mas um profundo pensador da práxis, aquele que verte apaixonadamente a teoria em práxis, alguém cuja visão aguda está sempre voltada para os momentos de inflexão, em que a teoria transpõe-se na prática e a prática, na teoria.”


“Suponhamos, pois, mesmo sem admitir, que a investigação contemporânea tenha provado a inexatidão prática de cada afirmação de Marx. Um marxista “ortodoxo” sério poderia reconhecer incondicionalmente todos esses novos resultados, rejeitar todas as teses particulares de Marx, sem, no entanto, ser obrigado, por um único instante, a renunciar à sua ortodoxia marxista. O marxismo ortodoxo não significa, portanto, um reconhecimento sem crítica dos resultados da investigação de Marx, não significa uma “fé” numa ou noutra tese, nem a exegese de um livro “sagrado”. Em matéria de marxismo, a ortodoxia se refere antes e exclusivamente ao método. Ela implica a convicção científica de que, com o marxismo dialético, foi encontrado o método de investigação correto, que esse método só pode ser desenvolvido, aperfeiçoado e aprofundado no sentido dos seus fundadores, mas que todas as tentativas para superá-lo ou “aperfeiçoá-lo” conduziram somente à banalização, a fazer dele um ecletismo – e tinham necessariamente de conduzir a isso.”


“Marx2 exprimiu claramente no mesmo ensaio as condições de possibilidade dessa relação entre a teoria e a práxis: “Não basta que o pensamento tenda para a realidade; é a própria realidade que deve tender para o pensamento.” Ou, num ensaio anterior3: “Ver-se-á então que há muito o mundo sonha com uma coisa da qual basta que ela possua a consciência para possuí-la realmente.” Apenas tal relação da consciência com a realidade torna possível a unidade entre a teoria e a práxis. Para tanto, a conscientização precisa se transformar no passo decisivo a ser dado pelo processo histórico em direção ao seu próprio objetivo (objetivo este constituído pela vontade humana, mas que não depende do livre-arbítrio humano e não é um produto da invenção intelectual). Somente quando a função histórica da teoria consistir no fato de tornar esse passo possível na prática; quando for dada uma situação histórica, na qual o conhecimento exato da sociedade tornar-se, para uma classe, a condição imediata de sua autoafirmação na luta; quando, para essa classe, seu autoconhecimento significar, ao mesmo tempo, o conhecimento correto de toda a sociedade; quando, por consequência, para tal conhecimento, essa classe for, ao mesmo tempo, sujeito e objeto do conhecimento e, portanto, a teoria interferir de modo imediato e adequado no processo de revolução social, somente então a unidade da teoria e da prática, enquanto condição prévia da função revolucionária da teoria, será possível.”
3. Cartas dos Anais franco-alemães, MEW I, p. 346.


“Com efeito, o ponto de partida metódico de toda tomada de posição crítica consiste justamente na separação entre método e realidade, entre pensamento e ser. Ela vê justamente nessa separação o progresso que lhe deve ser atribuído como um mérito, no sentido de uma ciência de caráter autenticamente científico, por oposição ao materialismo grosseiro e acrítico do método marxista. Naturalmente, está livre para fazê-lo, mas é preciso constatar que ela não se move na direção que constitui a essência mais íntima do método dialético. Marx e Engels exprimiram-se a esse respeito de maneira inequívoca: “Desse modo, a dialética reduziu-se à ciência das leis gerais do movimento, tanto do mundo exterior quanto do pensamento humano – duas séries de leis, que no fundo são idênticas [...]”, diz Engels”. Ou ainda, como Marx5 escreveu com muito mais exatidão: “Como em toda ciência social histórica, no estudo do movimento das categorias econômicas [...] é preciso ter sempre em vista que as categorias exprimem formas e condições de existência [...]”.”
5. Feuerbach, MEW 21, p. 293 (grifado por mim).


“O caráter fetichista da forma econômica, a reificação de todas as relações humanas, a extensão sempre crescente de uma divisão do trabalho, que atomiza abstratamente e racionalmente o processo de produção, sem se preocupar com as possibilidades e capacidades humanas dos produtores imediatos, transformam os fenômenos da sociedade e, com eles, sua apercepção. Surgem fatos “isolados”, conjuntos de fatos isolados, setores particulares com leis próprias (teoria econômica, direito etc.) que, em sua aparência imediata, mostram-se largamente elaborados para esse estudo científico. Sendo assim, pode parecer particularmente “científico” levar até o fim e elevar ao nível de uma ciência essa tendência já inerente aos próprios fatos. Por outro lado, em oposição a esses fatos e sistemas parciais isolados e isolantes, a dialética, além de insistir na unidade concreta do todo e desmascarar essa ilusão enquanto ilusão, produzida necessariamente pelo capitalismo, atua como uma simples construção.”


“Somente nesse contexto, que integra os diferentes fatos da vida social (enquanto elementos do desenvolvimento histórico) numa totalidade, é que o conhecimento dos fatos se torna possível enquanto conhecimento da realidade. Esse conhecimento parte daquelas determinações simples, puras, imediatas e naturais (no mundo capitalista) que acabamos de caracterizar, para alcançar o conhecimento da totalidade concreta enquanto reprodução intelectual da realidade. Essa totalidade concreta não é de modo algum dada imediatamente ao pensamento. “O concreto é concreto”, diz Marx11, “porque é a síntese de várias determinações, portanto, a unidade do múltiplo.” O idealismo cai então na ilusão que consiste em confundir essa reprodução da realidade com o processo de construção da própria realidade. Pois, “no pensamento, o concreto aparece como processo de síntese, como um resultado, e não como ponto de partida, ainda que seja o ponto de partida real e também, por conseguinte, o ponto de partida da intuição e da representação”.”


“Desse modo, com a recusa ou a obnubilação do método dialético, perde-se a inteligibilidade da história. Não se trata, naturalmente, de afirmar que certas personalidades ou épocas históricas não poderiam ser descritas de maneira mais ou menos exata fora do método dialético. (...) A oposição entre a descrição de uma parte da história e a história como processo unitário não se baseia numa simples diferença de amplitude, como é o caso da distinção entre as histórias particulares e a história universal, mas numa oposição entre métodos, uma oposição entre pontos de vista. A questão da compreensão unitária do processo histórico surge necessariamente com o estudo de cada época e de cada setor parcial, entre outras coisas. E é aqui que se revela a importância decisiva da concepção dialética da totalidade, pois é inteiramente possível que alguém compreenda e descreva de forma correta os principais pontos de um acontecimento histórico, sem que por isso seja capaz de compreender esse mesmo acontecimento naquilo que ele realmente representa, em sua verdadeira função no interior do conjunto histórico ao qual pertence, isto é, sem compreendê-lo no interior da unidade do processo histórico.”


“Essa mudança contínua das formas de objetividade de todos os fenômenos sociais em sua ação recíproca, dialética e contínua, e o surgimento da inteligibilidade de um objeto a partir de sua função na totalidade determinada na qual ele funciona fazem com que a concepção dialética da totalidade seja a única a compreender a realidade como devir social. É somente nessa perspectiva que as formas fetichistas de objetividade, engendradas necessariamente pela produção capitalista, nos permitem vê-las como meras ilusões, que não são menos ilusórias por serem vistas como necessárias.
As relações reflexivas dessas formas fetichistas, suas “leis”, surgidas inevitavelmente da sociedade capitalista, mas dissimulando as relações reais entre os objetos, mostram-se como as representações necessárias que se fazem os agentes da produção capitalista. Elas são, portanto, objetos do conhecimento, mas o objeto conhecido nessas formas fetichistas e através delas não é a própria ordem capitalista de produção, mas a ideologia da classe dominante.
É preciso romper esse véu para se chegar ao conhecimento histórico. Pois as determinações reflexivas das formas fetichistas de objetividade têm por função justamente fazer aparecer os fenômenos da sociedade capitalista como essências supra-históricas. O conhecimento da verdadeira objetividade de um fenômeno, o conhecimento de seu caráter histórico e o conhecimento de sua função real na totalidade social formam, portanto, um ato indiviso do conhecimento.”


“Essa ilusão fetichista, cuja função consiste em ocultar a realidade e envolver todos os fenômenos da sociedade capitalista, não se limita a mascarar seu caráter histórico, isto é, transitório. Mais exatamente, essa ocultação se torna possível somente pelo fato de que todas as formas de objetividade, nas quais o mundo aparece necessária e imediatamente ao homem na sociedade capitalista, ocultam igualmente, em primeiro lugar, as categorias econômicas, sua essência profunda, como formas de objetividade, como categorias de relações entre os homens; as formas de objetividade aparecem como coisas e relações entre coisas. Por isso, o método dialético, ao mesmo tempo em que rompe o véu da eternidade das categorias, deve também romper seu caráter reificado para abrir caminho ao conhecimento da realidade. “A economia”, diz Engels em comentário à Crítica da economia política, de Marx, “não trata de coisas, mas de relações entre pessoas e, em última instância, entre classes; mas essas relações estão sempre ligadas a coisas e aparecem como coisas.”23 Com esse conhecimento, o método dialético, e sua concepção da totalidade, manifestam-se como conhecimento real do que ocorre na sociedade. A relação dialética das partes com o todo podia ainda aparecer como simples determinação mental e metódica, em que as categorias verdadeiramente constitutivas da realidade social não aparecem mais do que nas determinações reflexivas da economia burguesa, e cuja superioridade sobre estas últimas seria, por conseguinte, apenas um assunto metodológico. No entanto, a diferença é bem mais profunda e fundamental. Pois o fato de que em toda categoria econômica se revela uma determinada relação entre os homens num determinado nível de sua evolução social e de que essa relação se torna consciente e conceitual faz com que o movimento da sociedade humana possa, enfim, ser compreendido em suas leis internas e, ao mesmo tempo, como produto dos próprios homens e das forças que surgiram de suas relações e escaparam do seu controle. As categorias econômicas tornam-se, portanto, dinâmicas e dialéticas em duplo sentido. Elas interagem constantemente como categorias “puramente” econômicas e nos ajudam a compreender todo corte temporal feito na evolução social. No entanto, como elas têm sua origem em relações humanas e funcionam nos processos de transformação das relações humanas, a marcha da evolução torna-se visível em sua relação recíproca com o substrato real de sua ação. Dito de outro modo, a produção e a reprodução de uma determinada totalidade econômica, que a ciência tem por tarefa conhecer, transformam-se necessariamente (na verdade, transcendendo a economia “pura”, mas sem apelar a qualquer força transcendente que seja) em processo de produção e de reprodução de uma sociedade global determinada. Marx insistiu com frequência nesse caráter do conhecimento dialético de maneira clara e precisa. Desse modo, escreve24: “0 processo de produção capitalista, considerado em sua continuidade ou como processo de reprodução não produz, portanto, somente mercadorias ou a mais-valia; produz e reproduz a própria relação capitalista: de um lado o capitalista, de outro, o assalariado.”
23. Cf. o ensaio “A reificação e a consciência do proletariado”.
24. Kapital I, MEW 23, p. 604.


“O ponto de vista da totalidade não determina, todavia, somente o objeto, determina também o sujeito do conhecimento. A ciência burguesa – de maneira consciente ou inconsciente, ingênua ou sublimada – considera os fenômenos sociais sempre do ponto de vista do indivíduo1. E o ponto de vista do indivíduo não pode levar a nenhuma totalidade, quando muito pode levar a aspectos de um domínio parcial, mas na maioria das vezes somente a algo fragmentário: a “fatos” desconexos ou a leis parciais abstratas. A totalidade só pode ser determinada se o sujeito que a determina é ele mesmo uma totalidade; e se o sujeito deseja compreender a si mesmo, ele tem de pensar o objeto como totalidade. Somente as classes representam esse ponto de vista da totalidade como sujeito na sociedade moderna. Ao considerar todo problema por essa ótica, particularmente em O capital, Marx corrigiu Hegel, que ainda hesitava entre o ponto de vista do “grande homem” e o do espírito abstrato do povo. Ainda que seus sucessores o compreendessem menos nessa questão do que naquela referente ao “idealismo” ou ao “materialismo”, essa correção se mostrou mais decisiva e fecunda.”
1. Isso não é casual, mas resulta da essência da sociedade burguesa, conforme Marx comprovou de maneira convincente no que concerne às “robinsonadas” econômicas. Zur Kritik der politischen Ökanomie, Introdução, MEW 13, pp. 615 ss.


“Seja qual for o tema em discussão, o método dialético trata sempre do mesmo problema: o conhecimento da totalidade do processo histórico. Sendo assim, os problemas “ideológicos” e “econômicos” perdem para ele sua estranheza mútua e inflexível e se confundem um com o outro. A história de um determinado problema torna-se efetivamente uma história dos problemas. A expressão literária ou científica de um problema aparece como expressão de uma totalidade social, como expressão de suas possibilidades, de seus limites e de seus problemas. O estudo histórico-literário do problema acaba sendo o mais apto a exprimir a problemática do processo histórico. A história da filosofia torna-se filosofia da história.”


“Ainda que usando de uma terminologia marxista, Bauer e aqueles que partilham de suas opiniões são proudhonianos quanto à essência de sua teoria. Suas tentativas para resolver o problema da acumulação, ou antes, para não ver nela um problema, levam, no fim das contas, aos esforços de Proudhon para conservar o “lado bom” da evolução capitalista, desviando de seu “lado ruim”8. Reconhecer a questão da acumulação significa reconhecer que esse “lado ruim” está inseparavelmente ligado à essência mais íntima do capitalismo. Significa, por conseguinte, que o imperialismo, a guerra e a revolução mundiais devem ser entendidas como necessidades da evolução. Contudo, como se sublinhou, isso contradiz o interesse imediato daquelas camadas que tiveram nos marxistas do centro seus porta-vozes ideológicos, camadas que desejam um capitalismo altamente desenvolvido, sem “excrescências” imperialistas, uma produção “bem regrada”, sem as “perturbações” da guerra etc. “Essa concepção”, diz Rosa Luxemburgo”, “visa a persuadir a burguesia de que o imperialismo e o militarismo seriam prejudiciais do ponto de vista dos seus próprios interesses capitalistas. Espera-se, com isso, poder isolar o punhado de aproveitadores, por assim dizer, desse imperialismo e formar um bloco com o proletariado e as largas camadas da burguesia para ‘atenuar’ o imperialismo, [...] para ‘retirar dele o seu espinho’. Do mesmo modo como, na época de sua decadência, o liberalismo transferiu seu apelo da monarquia mal-informada àquela que precisava de mais informação, o ‘centro marxista’ transfere seu apelo da burguesia mal-aconselhada à burguesia que precisa ser instruída.” Bauer e seus camaradas capitularam diante do capitalismo, tanto econômica como ideologicamente. Essa capitulação se exprime teoricamente em seu fatalismo econômico, em sua crença no capitalismo que teria a duração eterna das “leis da natureza”. No entanto – enquanto autênticos pequeno-burgueses –, como são apenas apêndices ideológicos e econômicos do capitalismo, como seus desejos se dirigem a um capitalismo sem o “lado ruim”, sem “excrescências”, encontram-se numa “oposição” – também autenticamente pequeno-burguesa – ao capitalismo: numa oposição ética.
8. Elend der Philosophie, MEW 4, pp. 131-3.

Um comentário:

  1. O intervalo entre as páginas 89 e 104, bem como entre as páginas 557 e 564 não vão para o blog por serem muito extensos, mas fica aqui o destaque deles.
    Ademais, também destaco a necessidade de notas explicativas no capítulo sobre Rosa Luxemburgo, quando trata dos acontecimentos e personalidades específicas da época. O livro não as possui (falha da editora).

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