ISBN: 85-13-00906-7
Consultoria: Carlos Estevam Martins e João Paulo Monteiro
Tradução: Anoar Aiex
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 318
Sinopse: Ensaio
acerca do Entendimento Humano (em inglês, An Essay Concerning Human
Understanding) é um dos principais trabalhos de John Locke, junto com o segundo
tratado de Dois Tratados sobre o Governo. Foi publicado originalmente em 1690 e
tem como tema o pensamento e conhecimento humano. No livro, Locke afirma que
todas as pessoas nascem sem saber absolutamente nada, como se fosse uma “folha
em branco” (tabula rasa, embora o autor não tenha usado exatamente essas
palavras) preenchida a posteriori através de experiências. Esse ensaio
foi uma das principais fontes do empirismo britânico, influenciando muitos filósofos
do iluminismo, como David
Hume.
“Certamente, o mundo estaria muito mais
adiantado se o esforço de homens engenhosos e perspicazes não estivesse tão
embaraçado pela erudição e pelo uso frívolo de termos desconhecidos, afetados e
ininteligíveis, introduzido nas ciências, e fazendo disso uma arte a tal ponto
de a filosofia, que nada mais é do que o verdadeiro conhecimento das coisas,
tornar-se imprópria ou incapaz de ser apreciada pela sociedade mais refinada e
nas conversas eruditas. Formas vagas e sem significado de falar, e abuso da
linguagem, têm por muito tempo passado por mistérios da ciência; palavras
difíceis e mal empregadas, com pouco ou nenhum sentido, têm, por prescrição,
tal direito que são confundidas com o pensamento profundo e o cume da
especulação, sendo difícil persuadir não os que falam como os que os ouvem que
são apenas abrigos da ignorância e obstáculos ao verdadeiro conhecimento.
Suponho que interromper o santuário da vaidade e da ignorância será de alguma
utilidade para o entendimento humano, embora poucos estejam aptos a pensar que
enganam ou são enganados pelo uso das palavras, ou que a linguagem da seita a
que pertencem tem qualquer defeito que deva ser examinado e corrigido.”
“Como
as regras morais necessitam de prova, elas não são inatas. Outra razão que
me leva a duvidar de quaisquer princípios práticos inatos decorre do fato de
pensar que nenhuma regra moral pode ser
proposta sem que uma pessoa deva justamente indagar a sua razão: o que
seria perfeitamente ridículo e absurdo se ela fosse inata, ou sequer evidente
por si mesma, coisa que todo princípio inato deve necessariamente ser, sem
precisar de qualquer prova para apurar sua verdade, nem necessitar de qualquer
razão para obter sua aprovação.”
“Todas
as ideias derivam da sensação ou reflexão. Suponhamos, pois, que a mente é,
como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem
nenhuma ideia; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque,
que a ativa e ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase
infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A
isso respondo, numa palavra: da experiência. Todo o nosso conhecimento está
nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada
tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas
mentes, que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre
nossos entendimentos com todos os materiais do pensamento. Dessas duas fontes de
conhecimento jorram todas as nossas ideias, ou as que possivelmente teremos.”
“Quem não quiser se equivocar, deve construir
sua hipótese, derivada da experiência sensível, sobre um fato, e não supor um
fato devido a essa hipótese.”
“A
mente não pode formar nem destruir as ideias simples. Elas são os materiais
de todo o nosso conhecimento, são sugeridas ou fornecidas à mente unicamente por
duas vias: sensação e reflexão. Quando o entendimento já está abastecido de ideias
simples, tem o poder para repetir, comparar e uni-las numa variedade quase
infinita, formando à vontade novas ideias complexas. Mas não tem o poder, mesmo
o espírito mais exaltado ou entendido, mediante nenhuma rapidez do pensamento,
de inventar ou formar uma única nova ideia simples na mente, que não tenha sido
recebida pelos meios antes mencionados; nem pode nenhuma força do entendimento destruir as ideias que lá estão, sendo o
domínio do homem neste pequeno mundo de seu entendimento semelhante ao do
grande mundo das coisas visíveis; donde seu poder, embora manejado com arte e
perícia, não vai além de compor e dividir os materiais que estão ao alcance de
sua mão; mas nada pode quanto à feitura da menor partícula de nova matéria, ou
na destruição de um átomo do que já existe. Semelhante inabilidade será
descoberta por quem tentar modelar em seu entendimento alguma ideia que não
recebera através dos sentidos dos objetos externos, ou mediante a reflexão das
operações de sua mente acerca deles. Gostaria que alguém tentasse imaginar um
gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um
aroma que nunca cheirou; quando puder fazer isso, concluirei também que um cego
tem ideias das cores, e um surdo noções reais dos diversos sons.”
“As ideias
simples são os materiais de todo o nosso conhecimento. Se estas não são
todas, penso que, ao menos, constituem as mais notáveis das ideias simples
pertencentes à mente, a partir das quais se formam todos os outros
conhecimentos, sendo tudo isso fornecido unicamente pelas duas vias já
mencionadas: sensação e reflexão.
Que ninguém pense que estas duas fronteiras
limitam a expansão da enorme capacidade da mente do homem, cujo voo vai além
das estrelas e não pode ser confinado pelos limites deste mundo; que frequentemente
estende seus pensamentos bem além da mais alta expansão da matéria e faz
excursões pelo vazio incompreensível. Admito tudo isso; mas ninguém procure
apontar qualquer ideia simples que não tenha recebido de uma daquelas entradas
mencionadas, ou alguma ideia complexa que não tenha sido formada dessas
simples. Nem será estranho pensar que estas poucas ideias simples serão
suficientes para empregar o mais rápido pensamento ou a mais ampla capacidade,
e para fornecer os materiais de toda esta variedade de conhecimentos e das
variegadas fantasias e opiniões de todos os homens, se considerarmos quantas
palavras são formadas em função das inúmeras composições das vinte e quatro
letras, ou, indo um passo além, se refletirmos acerca da variedade de
combinações que podem ser feitas com apenas uma das duas ideias acima
mencionadas, por exemplo, a do número, cujo estoque é inesgotável e realmente
infinito; e que campo amplo e imenso somente este algarismo oferece aos
matemáticos.”
INFINIDADE
Infinidade, em sua intenção original,
atribuída ao espaço, duração e número. Para alguém
entender que tipo de ideia se designa com o nome infinidade, nada melhor do que
mostrar a que a mente atribui imediatamente à infinidade, destacando, a seguir,
como a mente a forma.
Parece-me que finito e infinito devem
ser assinalados pela mente como modos de quantidade
atribuídos primeiramente e em sua designação inicial apenas às coisas dotadas
de partes, capazes de aumento ou diminuição mediante adição ou subtração de
qualquer parte, por menor que seja, tais como as ideias de espaço, duração e
número. Na verdade, não podemos, entretanto, estar seguros de que o poderoso
Deus, de quem e para quem são todas as coisas, é incompreensivelmente infinito;
apesar disso, quando mediante nossos limitados e fracos pensamentos aplicamos a
ideia de infinito a este primeiro e supremo Ser, fazemo-lo, primeiramente, com
respeito à sua continuidade e onipresença, e, penso, figurativamente, em
relação ao seu poder, sabedoria, bondade e outros atributos, que são
propriamente inesgotáveis e incompreensíveis, etc. Quando os denominamos
infinitos, não possuímos nenhuma ideia desta infinidade, exceto a decorrente da
reflexão e imitação da quantidade ou da extensão dos atos ou objetos derivados
do poder de Deus, tais como a sabedoria e a bondade, que jamais pode ser
suposto por tão grande, e cujos atributos nem sempre ultrapassamos ou
excedemos, multiplicando-os em nossos pensamentos até onde quisermos, com toda
a infinidade dos números ilimitados. Não pretendo dizer como esses atributos se
encontram em Deus; situado, sem dúvida, infinitamente além do alcance de nossas
estreitas capacidades e compreendendo em si toda per feição possível; apenas
viso a afirmar em que consiste nosso meio de concebê-los e quais são nossas ideias
de sua infinidade.
A ideia de finito apreendida facilmente. Sendo, portanto, finito e infinito vistos pela mente como modificações da expansão e duração, devo
considerar a seguir como a mente os
apreende. Com respeito à ideia de finito, não há grande dificuldade. As
óbvias porções da extensão que impressionam nossos sentidos transportam com
elas para a mente a ideia de finito, e os períodos ordinários da sucessão – por
meio dos quais medimos tempo e duração, como horas, dias e anos – são comprimentos
limitados. A dificuldade consiste em saber como apreendemos essas ideias ilimitadas de eternidade e
imensidade, desde que os objetos com os quais nos relacionamos aparecem muito
reduzidos em relação a qualquer aproximação ou proporção desta grandeza.”
“Essência
pode ser tomada como o ser de qualquer coisa, por isso ela é o que é. E, desse
modo, embora geralmente desconhecida nas substâncias, a constituição interna
real das coisas, às quais suas finalidades descobríveis estão subordinadas,
pode ser chamada a essência das coisas. Este é o significado próprio e original
da palavra, como é evidente de sua formação, essentia, em sua anotação primária, significando propriamente ser.
E neste sentido ela continua sendo usada quando falamos da essência das coisas particulares, sem lhes dar um nome.”
“O uso da linguagem consiste, em resumo, em
sons para dar a entender com facilidade e rapidez conceitos gerais, em que não
apenas a abundância de pormenores deve ser contida, mas também uma grande
variedade de ideias independentes agrupadas em uma complexa.”
“Mesmo a mais desenvolvida noção que temos de
Deus consiste apenas em atribuir as mesmas ideias simples que adquirimos pela
reflexão acerca do que descobrimos em nós mesmos, e que concebemos ter mais
perfeição nelas do que seria em suas abstrações; atribuir, eu digo, essas ideias
simples a ele num grau ilimitado. Deste modo, tendo adquirido, mediante a
reflexão acerca de nós mesmos, a ideia da existência, do conhecimento, poder e
prazer – cada uma das quais achamos melhor ter do que não ter; e quanto mais
tivermos de cada é melhor –, reunindo todas, com a infinidade a cada uma delas,
temos a ideia complexa de um ser eterno, onisciente, onipotente, infinitamente
sábio e feliz.”
“Conhecimento nada mais é que a percepção da
conexão e acordo, ou desacordo e rejeição, de quaisquer de nossas ideias.”
“Não questiono que este conhecimento humano,
sob as circunstâncias atuais de nossos seres e constituições, possa ser levado
bem além do que tem sido, se os homens sinceramente e com liberdade da mente
empregassem toda diligência e esforço de pensamento no aperfeiçoamento dos
meios para descobrir a verdade, em lugar de o fazerem superficialmente ou
apoiando-se na falsidade, para manter um sistema, interesse ou facção com a
qual estão comprometidos.”
“Não há verdade mais evidente que esta: alguma coisa deve ser da eternidade. Eu jamais ouvi de alguém
tão irracional, ou que poderia supor uma contradição tão manifesta, para
afirmar que em certa época não havia perfeitamente nada. Este é de todos os
absurdos o maior, pois imaginar o puro nada, a perfeita negação e ausência de
todos os seres, jamais poderia produzir nenhuma existência real.”
“O ser
não-cogitativo não pode produzir um cogitativo. Se, então, deve existir
algo eterno, vejamos qual o tipo desse ser. E com respeito a isto é muito óbvio
à razão que deve ser necessariamente um ser cogitativo. Pois é impossível
conceber que jamais uma pura matéria não-cogitativa possa produzir um ser
pensante e inteligente, como se o nada pudesse por si mesmo produzir a matéria.
Suponhamos que qualquer porção da matéria eterna, grande ou pequena, fosse descoberta,
por si mesma, capaz de nada produzir. Por exemplo, suponhamos a matéria da
primeira pedra que encontramos com eternidade, bem unida, e as partes
firmemente em repouso unidas; se não houvesse nenhum outro ser no mundo, não
deveria conceber que pode adicionar movimento por si mesma, sendo puramente
matéria, ou produzir alguma coisa? A matéria, pois, por sua própria força, não
pode produzir em si mesma tanto quanto o movimento; o movimento que ela tem
deve também ser da eternidade, ou então ser produzido e acrescido à matéria por
algum outro ser mais poderoso do que a matéria; a matéria, como é evidente, não
tem poder para produzir movimento em si mesma. Mas suponhamos o movimento
eterno também: embora a matéria, matéria não-cogitativa e movimento, seja qual
for a modificação que pode produzir da figura e grandeza, jamais possa produzir
pensamento, o conhecimento ainda estará além do poder do movimento e matéria
para produzir, tanto como a matéria está além do poder de nada ou da
não-existência para produzir. E faço um apelo para o pensamento de cada um, se
não pode facilmente conceber a matéria produzida pelo nada, como o pensamento poderia ser produzido pela matéria pura,
quando, antes, não havia tal; coisa como o pensamento ou um ser inteligente
existindo? É impossível conceber que esta matéria, com ou sem movimento,
poderia ter, originalmente, em e por si mesma, sentido, percepção e
conhecimento; como é evidente disto, o então sentido, percepção e conhecimento
deve ser uma propriedade eternamente inseparável da matéria em cada partícula
dela. Pois, portanto, tudo o que é o primeiro ser eterno deve necessariamente
ser cogitativo; e, seja o que for que é inicial de todas as coisas, deve
necessariamente contê-lo nele, e atualmente ter, ao menos todas as perfeições
que podem existir depois e para sempre; nem pode jamais transmitir a outrem
nenhuma perfeição que não tem, quer atualmente em si mesmo, quer, ao menos, em
um grau mais alto; segue-se necessariamente que o ser inicial eterno não pode
ser matéria.
Portanto, existiu lá uma sabedoria eterna. Se, portanto, é evidente que algo deve necessariamente ter existido
desde a eternidade, é também evidente que este algo deve ser necessariamente um
ser cogitativo; pois é impossível que uma matéria não-cogitativa pudesse
produzir um ser cogitativo, assim como o nada, ou a negação de todo ser,
pudesse produzir um ser positivo ou matéria.
Embora esta descoberta da existência necessária de uma mente eterna
nos leve suficientemente ao conhecimento de Deus, desde que deriva disto que
todos os outros seres cognitivos que têm começo devem depender dele, e não ter
nenhum outro meio de conhecimento ou extensão do poder do que ele lhes deu; e,
portanto, se ele os fez, fez igualmente as peças menos excelentes do universo,
todos os seres inanimados, por meio dos quais sua consciência, poder e
providência são estabelecidos, e todos os seus atributos decorrem
necessariamente.”
“A razão, como contradistinguida da fé, assumo que é a descoberta da certeza
ou probabilidade de tais proposições ou verdades que a mente alcança por
dedução feita de tais ideias, que adquiriu pelo uso de suas faculdades
naturais, ou seja, pela sensação ou reflexão.
A fé,
por outro lado, é o assentimento de qualquer proposição, não estabelecida pelas
deduções da razão, mas com base na confiança do proponente, como derivada de
Deus, em algum meio extraordinário de comunicação. Este meio para desvendar a
verdade aos homens denominamos revelação.”
“Se os
limites não forem estabelecidos entre fé e razão, nenhum entusiasmo ou
extravagância em religião pode ser contradito. Se as províncias da fé e da
razão não forem distinguidas por estas fronteiras, não haverá em matéria de
religião, em absoluto, lugar para a razão; e estas opiniões extravagantes e
cerimônias que são descobertas em várias religiões do mundo não merecerão ser
censuradas. Pois, para esta exaltação de fé em oposição à razão, podemos,
penso, em certa medida assinalar estes absurdos que acumulam quase todas as
religiões, os quais dominam e dividem os homens. Uma vez que os homens foram
imbuídos com uma opinião, a de que não devem consultar a razão em coisa de
religião, por mais aparentemente que sejam contraditórias ao senso comum e aos
próprios princípios de todo o seu conhecimento, deixaram soltas suas fantasias
e sua superstição natural. E foram por elas levados a opiniões tão estranhas, e
extravagantes rituais em religião, que um homem ponderado não pode senão
permanecer admirado de suas loucuras, e julgá-los longe de serem aceitos ao
grande e sábio Deus, não podendo evitar pensá-los ridículos e ofensivos, em
relação a um homem sóbrio e bom. Assim sendo, com efeito, a religião, que mais
deveria nos distinguir das bestas, e deveria mais particularmente nos elevar,
como criaturas racionais, acima dos brutos, consiste nisso, ou seja, os homens
frequentemente, através dela, parecem mais irracionais e menos insensíveis que
as próprias bestas. Credo, quia
impossibile est: creio, porque é impossível, deve, num bom homem, passar
por uma investida de zelo; mas provaria uma regra muito má para os homens
basearem a escolha de suas opiniões ou religião.”
“Sendo o conhecimento para ser tido apenas da
verdade visível e evidente, o erro
não é uma falta de nosso conhecimento, mas um equívoco de nosso julgamento
assentindo a algo que não é verdadeiro.”
“Os
homens não se encontram em tantos erros como se imagina. Mas não obstante,
quanto ao grande barulho que é feito no mundo com respeito aos erros e
opiniões, devo fazer justiça aos homens ao dizer: não há tantos homens no erro e com opiniões errôneas como é geralmente
suposto. Não que eu pense que eles adotam a verdade, mas porque, no que diz
respeito a estas doutrinas, eles se mantiveram em tal movimento que não têm
pensado, não têm, em absoluto, opinião. Eles estão resolvidos a aferrar-se a um
partido que a educação ou o interesse os tem engajado, e lá, como os soldados
de um exército, mostram sua coragem e entusiasmo de acordo com a orientação de
seus líderes, sem jamais examinar ou conhecer a causa pela qual combatem. Deste
modo, os homens tornam-se professores e combatentes, destas opiniões de que
nunca estiveram convencidos nem são prosélitos, nem jamais as tiveram em suas
cabeças; e, apesar de não se poder dizer que há menos opiniões errôneas ou
improváveis no mundo do que se pensa, ainda assim, isto é certo: há poucos que
realmente aquiescem com elas, e as confundem com verdades, como se imagina.”
“Isto me parece tanto a primeira e mais
geral, como natural, divisão dos objetos de nosso entendimento. Pois um homem
pode empregar seus pensamentos acerca de nada, mas também na contemplação das
próprias coisas, para a descoberta da
verdade; ou acerca de coisas em seu próprio poder, que são suas próprias ações, para a obtenção de seus próprios
objetivos, ou nos sinais de que a
mente faz uso de ambos em um ou em outro, e na correta ordenação deles, para
sua mais clara informação. Todas estas três, a saber, coisas, como elas são em si mesmas cognoscíveis; ações, como elas dependem de nós, com
vistas à felicidade; e o uso correto de sinais
com vistas ao conhecimento; sendo toto coelo
diferentes, parecem-me ser as três grandes províncias do mundo intelectual,
totalmente separadas e distintas entre si.”
Não foi inserido todo aqui por questões de espaço, mas o capítulo XX, O Assentimento Errôneo ou o Erro, merece ser lido com especial atenção.
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