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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

São Francisco de Assis: o Santo da paz e do bem – Frei Geraldo Monteiro

Editora: Mensageiro de Santo Antônio
ISBN: 978-85-6532-303-1
Opinião: ★★☆☆☆
Páginas: 128
Sinopse: Com uma linguagem simples, apresenta a vida do Poverello de Assis, que, mesmo oito séculos depois, continua a inspirar homens e mulheres no seguimento do Cristo Pobre e Crucificado e a provocar encantamento em quem quer que se encontre com ele. Francisco espelha e espalha autenticidade, uma vida feliz, encontrada e realizada, e, neste sentido, toca o íntimo das pessoas de todas as idades, culturas e religiões.
Frei Geraldo reveste a sua narração daquele tom próximo de quem senta conosco para “contar uma história”, e conta com um estilo que vai para além de uma narrativa da História, sem com isso deixar de inserir o leitor no ambiente histórico da Assis dos inícios do século XIII. O seu leitor sente-se convidado a participar dessa intensa aventura de servir um grande Senhor, que se revela Pobre e Crucificado, Misericordioso e Apaixonado.
Todos os momentos fundamentais da caminhada do Pobrezinho de Assis estão contidos neste livro e foram narrados com uma singeleza e com um tom que atingem direto o coração de quem lê. Desde o nascimento de Francisco, passando pela sua conversão e pela constituição de uma nova ordem na Igreja, chegando até o momento decisivo de abraçar a Irmã Morte, podemos mergulhar na biografia de Francisco, o que nos ajudará a compreender melhor a vida e os ideais deste homem que marcou profundamente a vida da Igreja com sua pobreza evangélica e com sua humildade, contrastando com o enorme poder temporal reinante em sua época.
Esta nova edição, além de ter sido revista, foi ampliada: o autor dedicou um capítulo inteiro à Santa Clara, plantinha que nasce do movimento iniciado por Francisco e que representa “a ternura e o vigor” da grande Família Franciscana que acabara de nascer.
Oxalá a experiência viva de Francisco e dos companheiros da primeira hora encante e fascine os corações e as mentes de todos os que deles se aproximarem, especialmente os jovens, que carecem, hoje mais do que nunca, de uma alegria perfeita, capaz de inundar suas vidas. Certamente, o livro que temos nas mãos é uma provocação neste sentido.



“Olhem, irmãos, antes de me converter mesmo, eu sentia horror só em ver os leprosos. Era-me insuportável olhar para os leprosos. Mas Deus foi bom para comigo. Ele mesmo me conduziu entre os leprosos e eu tive dó, compaixão, misericórdia para com eles. E eu quis ser para eles o que Deus é: pai, irmão, amigo! A partir daquele instante então, justamente o que antes me parecia amargo converteu-se em doçura da alma.” (Testamento 1-3)


“De uma cabana vai-se mais depressa ao céu do que de um palácio.” (Francisco de Assis)


“E não eram somente homens que desejavam viver aquele modo de seguir a Nosso Senhor. Também moças, senhoras viúvas, despertadas pela pregação dos freis e seguindo seus conselhos, entravam em mosteiros das cidades ou aldeias para fazer penitência. Do mesmo modo, homens e mulheres, casados, sem abandonar a vida de casados, passaram a viver de maneira mais intensa sua vida cristã, com a orientação, a amizade e o conselho dos frades. E foi assim que, aos poucos, foram surgindo as três Ordens Franciscanas: a Primeira Ordem, a dos frades que, abandonando tudo, passavam a viver em pobreza e humildade, normalmente ao redor de uma igrejinha, vivendo do próprio trabalho e da pregação da Palavra de Deus. A Segunda Ordem, das irmãs, chamadas “Pobres Damas” de São Damião, a quem o povo chama de “Clarissas”, isto é, seguidoras de Santa Clara, a primeira plantinha de Francisco de Assis. A Terceira Ordem, leigos e leigas, casados e solteiros que, inspirados por São Francisco, descobrem um jeito de viver a humildade, a pobreza, a simplicidade de Nosso Senhor no mundo secular, como fermento e massa. Hoje são chamados franciscanos da Ordem Franciscana Secular!”


“(No meio das cruzadas) O Sultão Melek-el-Kamel lhes perguntou: “Por que os cristãos, que creem em um Deus-amor e têm sempre a caridade na boca, nos movem uma guerra tão encarniçada e não querem nada de paz?”
– Senhor – respondera Francisco –, o amor não é amado! O amor, neste mundo, está sempre crucificado!”


“É doce à carne servir o pecado e amargo servir a Deus, porquanto, como diz o Senhor no Evangelho, todos os vícios e pecados saem e procedem do coração dos homens.”


Oração pela Paz
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver a discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero que eu leve a esperança.
Onde houver a tristeza, que eu leve alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Mestre, fazei-me que eu procure mais, consolar que ser consolado;
Compreender que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe;
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna!


Oração a São Francisco de Assis
São Francisco, o mundo tem saudades de ti como imagem de Jesus Crucificado. Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem, dos teus pés descalços e feridos, das tuas mãos trespassadas e implorantes. Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo Evangelho.
Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem o mal do pecado e a procurarem a purificação da penitência. Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado, que oprimem a sociedade hodierna.
Reaviva na consciência dos governantes a urgência da paz nas Nações e entre os Povos. Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de fazer frente às insídias das múltiplas culturas da morte.
Aos ofendidos por toda espécie de maldade, comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar. A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém.
(Papa João Paulo II)

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