Editora: Cosac Naify
ISBN: 978-85-7506-756-0
Tradução: Francis Petra Janssen
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 656
Sinopse: Grande clássico da historiografia ocidental, publicado em 1919, este livro é a obra-prima de Johan Huizinga (1872-1945), sendo publicado em mais de vinte línguas. Pela primeira vez traduzido para o português a partir do original holandês, esta edição é resultado de pesquisas que reestabeleceram o texto original.
Raras vezes um período histórico foi apresentado de maneira tão viva e colorida. Aqui, a Idade Média é vista na plenitude de seus contrastes, distante do lugar-comum segundo o qual ela não passaria de uma transição, longa e letárgica, entre o brilho da Antiguidade e do Renascimento. O autor mostra as formas de vida e de pensamento medievais, tal como se expressaram na cultura, na arte, na religião e no pensamento, e também nos modos de expressão da felicidade, do sofrimento, do amor e do medo da morte no dia-a-dia das pessoas. Huizinga utilizou métodos e fontes históricas pouco usuais em sua época.
Combinando a crença no poder revelador da obra de arte e um olhar muito semelhante ao de um antropólogo, ele se tornou um pioneiro do que mais tarde se denominou história das mentalidades. Com 320 ilustrações, o volume inclui ainda uma entrevista com Jacques Le Goff e um ensaio biográfico de Peter Burke.
ISBN: 978-85-7506-756-0
Tradução: Francis Petra Janssen
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 656
Sinopse: Grande clássico da historiografia ocidental, publicado em 1919, este livro é a obra-prima de Johan Huizinga (1872-1945), sendo publicado em mais de vinte línguas. Pela primeira vez traduzido para o português a partir do original holandês, esta edição é resultado de pesquisas que reestabeleceram o texto original.
Raras vezes um período histórico foi apresentado de maneira tão viva e colorida. Aqui, a Idade Média é vista na plenitude de seus contrastes, distante do lugar-comum segundo o qual ela não passaria de uma transição, longa e letárgica, entre o brilho da Antiguidade e do Renascimento. O autor mostra as formas de vida e de pensamento medievais, tal como se expressaram na cultura, na arte, na religião e no pensamento, e também nos modos de expressão da felicidade, do sofrimento, do amor e do medo da morte no dia-a-dia das pessoas. Huizinga utilizou métodos e fontes históricas pouco usuais em sua época.
Combinando a crença no poder revelador da obra de arte e um olhar muito semelhante ao de um antropólogo, ele se tornou um pioneiro do que mais tarde se denominou história das mentalidades. Com 320 ilustrações, o volume inclui ainda uma entrevista com Jacques Le Goff e um ensaio biográfico de Peter Burke.
Comentário
Como já ocorreu em algumas
raras postagens, a extensão dos trechos que gostaria de citar não caberiam aqui
no blog.
Para não passar em branco, cito
um pequeno trechinho e, destaco as figuras do livro que mais me chamaram
atenção (mesmo as que não encontrei).
P.S.: Clicando-se nas figuras, pode-se observá-las
em seu tamanho original.
“Toda época anseia por um mundo mais belo. Quanto mais profundos o
desespero e a consternação diante de um presente incerto, tanto maior será esse
desejo.”
12 – 1.2 – Gerard David, “Maria e Filho com santos e doador”. |
53 – 2.3 – Albrecht Dürer – Melancolia, gravura |
126 – 5.6 – Le Buisson ardent, a sarça em fogo de Nicolas Froment (no livro destacado apenas o painel esquerdo do altar, com a figura do Rei René de Anjou, referenciado na obra) |
225 – 11.3 – A morte na presença de Deus. Miniatura do livro de época de Rohan |
231 – 11.7 – As três mortas e as três viúvas. Miniatura
francesa do século XIII.
232 – 11.8 – As três vivas e as três mortas do livro de salmos de Bonne de Luxemburgo |
233 – 11.9 – Detalhes da pintura do inferno – Pisa, Campo Santo. (encontrada outra figura homônima, que não é a mesma do livro.)
235 – 11.12 – Desenho de 1710 do monumento tumular
desaparecido do rei René na igreja de Saint Maurice, em Angers.
237 – 11.14 – Aelbert Ouwater – O despertar de Lázaro |
269 – 12.13 – Gerard David, Maria e santas, anjos e o pintor com sua mulher |
384-385 – 17.6 – Pieter Bruegel, De Spreekwoorden (Os Provérbios) |
416 – 18.2 e 18.3 – Gerar David, O julgamento de Cambises. O juiz Cambises havia se incriminado por
ter proferido sentenças injustas. Acima, ele é preso; abaixo, é escorchado. No
fundo, à direita, seu filho toma seu lugar no assento do juiz, recoberto com a
pele de seu pai.
434-435 – 18.14 – Rogier van der Weyden, o chanceler Rolin. Retábulo de Beaune, fechado |
436-437 – 18.15 – Rogier van der Weyden, o retábulo de Beaune, aberto, com a cena do juízo final |
442 – 18.19 – Os profetas da Fonte de Moisés de Claus Sluter (No livro consta esta escultura, mas não são exatamente as mesmas fotos) |
447 – 18.23 – Jan van Eyck, O casal Arnolfini |
453 – 18.28 – Rogier van der Weyden, Os Sete Sacramentos |
480-481 – 20.1 – Jan van Eyck – A adoração do cordeiro de Deus |
511 – 20.17 – Jan van Eyck, Madona com o cônego Joris van de Paele |
486 – 20.7 – Jan van Eyck, Madona com o chanceler Rolin |
524 – 21.3 – A paisagem urbana em As três Marias no sepulcro de Jan van Eyck |
A despeito de um ou outro equívoco (dizer que a edição esta atualizada com a última norma da língua – mas não esta, e algumas figuras sem referência / algumas referências sem figura), este foi o livro com melhor qualidade de material que já li na vida.
ResponderExcluirO acabamento é impecável. Tudo na obra causa admiração: as folhas plastificadas, as imagens e a organização do texto muito bem estruturada, as passagens de textos do original traduzidos direto do francês medievo, a tradução do livro em si direto do holandês original, os extras, enfim... é uma obra de arte que a Cosac Naify proporcionou. Parabéns a editora que – infelizmente para a cultura brasileira – fechou as portas.