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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Pequeno manual do materialismo dialético (Parte III) – V. Podossetnik e O. Yakhot

Editora: Argumentos
Tradução: Daniel Campos
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 122 


“A liberdade do homem consiste no conhecimento das leis do desenvolvimento da natureza e da sociedade, na capacidade de utilizar essas leis na atividade prática. A liberdade humana não pode ultrapassar os limites da necessidade.
Os filósofos burgueses contemporâneos consideram o homem como livre quando ele toma uma decisão a respeito de sua atividade, desprezando tudo mais.
Se examinarmos a essência da questão, no entanto, verificaremos que é ilusória tal liberdade. O caso é bem ilustrado na fábula acerca da discussão entre o cata-vento e a agulha da bússola.
– Sou livre! – vangloriava-se o cata-vento. Movo-me em todas as direções, para onde quiser, hoje para aqui, amanhã para ali. E você, seja onde for que a coloquem, você sempre fica virada para a mesma direção, imutavelmente.
– Que grande liberdade a sua! – retrucou a agulha da bússola. – Você rodopia para todos os lados, não por sua vontade, mas empurrado pelos ventos. Sua liberdade é bem curta: vai de um sopro de vento a outro. Você é influenciado pelo vento mais próximo, ao passo que eu não dependo dos caprichos da natureza e conservo sempre a mesma direção. Com a minha ajuda, qualquer um pode encontrar o caminho certo.
Refletindo-se sobre o que foi narrado, não é difícil concluir-se que não é possível compreender-se “liberdade” escolhendo qualquer decisão quanto à sua própria atividade, desrespeitando-se tudo mais além de seu próprio desejo.
Não falta quem afirme que, nos países capitalistas uma pessoa escolhe de maneira completamente “livre” seu modo de pensar o que seus desejos e hábitos constituem o resultado da “liberdade individual”. Na realidade, tal pessoa é uma escrava das condições em que vive, dos instintos da propriedade privada que dominam aquela ordem social. Não há, nem pode haver, uma sombra de “liberdade individual”, no sentido que a tomam os cientistas burgueses. Tudo ali é subordinado à necessidade. Nas condições do capitalismo, essa necessidade se manifesta sob a forma de forças sociais cegas, que podem ser comparadas aos ventos que sopram.
Nas condições de socialismo, em que a ação depende do conhecimento da necessidade, a liberdade constitui outra questão. As leis já não atuam como forças sociais cegas.”


“Na sociedade, tudo é resultado do esforço do homem, de seu trabalho, de sua atividade produtiva, revolucionária. Significará isto, porém, que a necessidade social, ou melhor, as leis do desenvolvimento social são criadas pelo homem?
É claro que não. A necessidade social é tão objetiva quanto a necessidade da natureza. Mas, como já vimos, há uma distinção essencial. Na natureza, não se admite a necessidade como devida à atividade dos homens. Na vida social, a atividade humana gira em torno das condições sem as quais a necessidade não se realiza. Se os homens não atuam, ou atuam sem clareza de propósito, isto quer dizer que seus esforços, no momento, não são suficientes para alcançar seu objetivo. (...)
Assim, a necessidade histórica não somente não exclui a relação do homem com os acontecimentos que ocorrem no mundo, mas, ao contrário, a presume. O marxismo atribui formidável significação à atividade positiva e livre dos homens, aos chamados fatores subjetivos, isto é, forças que dependem de sujeitos, de pessoas, de seus conhecimentos, atividade positiva e capacidade de organizar o trabalho.”


Essência e Aparência
A ciência e a prática nos convencem de que as coisas e objetos que existem no mundo têm dois aspetos: o interno, que está escondido de nós, e o externo, que é acessível à nossa percepção. Quando tomamos conhecimentos das coisas graças à ajuda dos nossos órgãos sensoriais, no começo percebemos apenas manifestações individuais de determinadas coisas, apenas as conexões externas entre elas. Em outras palavras: somos confrontados, inicialmente, por um mundo de aparências.
A ciência e a prática humana em seu conjunto, contudo, não se limitam à simples percepção e descrição de fenômenos, fatos ou acontecimentos individuais; também têm como objetivo descobrir as leis essenciais e estáveis da natureza, sua dependência causal e suas conexões internas. As leis naturais e sociais não são percebidas diretamente, não coincidem com as aparências. Descobrir as leis do desenvolvimento significa compreender a natureza interna dos processos, isto é, os fatores que ligam entre si os fenômenos individuais e que constituem neles o aspeto principal e fundamental.
Por trás da diversidade das aparências, esconde-se sua essência, isto é, sua conexão interna, suas bases, sua regularidade de desenvolvimento.
Na sociedade capitalista, por exemplo, vemos fenômenos tais como crises, desempregos, empobrecimento de operários, ruína de agricultores, greves, contra a opressão monopolista, etc. Por trás desses fenômenos, esconde-se a essência do capitalismo, que é o domínio das classes exploradoras e opressoras.
Como se vê, essência é a expressão das conexões profundas do mundo objetivo; é a base da variedade dos fenômenos. Aparência é a revelação da essência, a forma externa de sua manifestação. A essência, portanto, não é algo que exista fora e independentemente da aparência. Essência e aparência refletem aspetos diferentes de uma única e mesma realidade: a essência reflete seus aspetos profundos e fundamentais, ao passo que a aparência reflete seu aspeto externo e diretamente aparente.
A unidade da essência e da aparência não quer dizer que as duas coincidam diretamente. Se tudo estivesse na superfície dos fenômenos, seria possível revelar, imediata e diretamente, as leis do desenvolvimento natural e social. Tal não é o caso, porém: o conhecimento da essência exige longo e penoso trabalho dos cientistas. A revelação da essência exige estudo científico, baseado na prática.
Parece-nos, por exemplo, que o Sol gira em torno da Terra e que esta é imóvel. Essa aparência, no entanto, contradiz a essência, descoberta pela ciência e pela experimentação. Na verdade, é a Terra que gira em torno do sol.
Muitas vezes, na realidade, a essência é deliberadamente deturpada e disfarçada por forças reacionárias, obsoletas.”


“O conhecimento é uma força formidável. Armado com ele, o homem torna-se invencível.”


Fases do Conhecimento
Imaginemos que fôssemos encarregados de estudar o trabalho de uma cooperativa. Como iríamos começar? Naturalmente, coligindo fatos: quantos trabalhadores há na cooperativa; se são adiantados os métodos agrotécnicos aplicados; o quanto montou a colheita; como está organizado o trabalho, etc. Somente assim poderemos chegar a uma conclusão definitiva sobre a vida e o trabalho na cooperativa.
É assim que temos de agir em todos os assuntos. Todos aqueles cuja tarefa consiste em descobrir, conhecer as leis naturais, começa coligindo fatos. Isto se faz quer com a ajuda de instrumentos, quer pela simples observação, mas, de qualquer maneira, sempre através dos órgãos sensoriais. Esta é a primeira fase do conhecimento: o conhecimento sensorial ou contemplação ativa.
Quando acumulamos um número suficiente de fatos, nosso espírito os analisa, compara uns com os outros e, em seguida, faz uma dedução definitiva. Esta é a segunda fase do conhecimento: o conhecimento racional, lógico ou raciocínio abstrato. A segunda fase do conhecimento, porém, se realiza, com a primeira, com base na atividade prática. Obtemos da prática, da vida, os dados para a análise. E, reciprocamente, as conclusões a que chegamos com a análise de tais fatos são necessárias na vida, na prática. Precisamos delas para melhorar, digamos, o trabalho da cooperativa que estudamos, a fim de aumentar a produção.
Assim, o processo de obtenção do conhecimento consiste em passar do conhecimento sensorial para o lógico e é baseado na prática. “Da contemplação ativa ao raciocínio abstrato e dele à prática – tal é o método dialético de conhecer a verdade, de conhecer a realidade objetiva” – escreveu Lenine.”


“Foi necessária a razão humana para fazer deduções, partindo dos fatos. Assim, as deduções quanto à essência, às relações internas, são feitas com a ajuda da inteligência humana. O raciocínio reflete o mundo externo de modo aperceptível, isto é, através das sensações que ligam o homem diretamente às coisas existentes. Isto significa que as deduções são feitas com base em dados indiretos. Para se verificar, por exemplo, se o homem poderia voar em uma cápsula cósmica sem arriscar a vida, foram feitas, primeiramente, experiências com animais. Foram colocados cães em uma cápsula, posta em órbita por meio de foguetes. Graças aos dados obtidos, os cientistas chegaram a conclusões a respeito da segurança dos voos humanos no cosmos. As façanhas dos primeiros confirmaram plenamente tais conclusões.
Sem a observação dos fatos, não pode haver conclusões. Os fatos são a vida da ciência E são sensações obtidas através dos órgãos sensoriais.
Como são, pois, as conclusões derivadas dos fatos?
A inteligência humana tira conclusões graças à sua capacidade de generalizar. Usando essa faculdade, a inteligência reúne os fatos principais, as manifestações essenciais, em uma abstração conjunta, cria um conceito, uma ideia geral, uma imagem, e chega a conclusões que têm significação geral para a classe de fenômenos em seu conjunto.
As sensações fornecem à inteligência certos dados e fatos, baseados nos quais ela tira conclusões, faz generalizações; esta é a fase racional da aquisição de conhecimento. Sem as sensações, o cérebro, a inteligência, não pode atuar. E não existe conhecimento sensorial sem o trabalho regulador do cérebro. O conhecimento sensorial e o racional constituem duas fases inseparavelmente unidas do processo de aquisição de conhecimento, com base na prática. É impossível separar-se uma coisa da outra. Não faltaram, contudo, tentativas nesse sentido, na história da filosofia. Alguns filósofos afirmaram que o homem só pode conhecer o mundo por intermédio da razão, pelo que são chamados racionalistas. Outros, ao contrário, sustentaram que o mundo somente pode ser conhecido por intermédio dos sentidos, pelo que são chamados sensualistas (da palavra latina sensus).
As limitações dos racionalistas vêm do fato de rejeitarem eles os elementos fornecidos pelos sentidos, obtidos através da experiência individual. Na realidade, a razão só elabora novos conhecimentos quando é enriquecida pela experiência individual, por impressões obtidas pelo conhecimento sensorial das coisas e fenômenos, adquirido na prática.
Também estão equivocados, contudo, aqueles que, como os sensualistas, afirmam que somente a experiência pessoal (a percepção direta da realidade através dos órgãos sensoriais) é capaz de nos dar o conhecimento do mundo externo.
Como vemos, pois, é impossível exagerar o papel de um dos níveis do conhecimento, rejeitando o outro. O conhecimento sensorial e o racional são igualmente importantes no processo de aquisição de conhecimento e um não pode existir sem o outro. Disso se tira uma importante conclusão, quanto à unidade da teoria e da prática.”


Papel da Prática na Cognição
O conhecimento sensorial e o racional são produzidos no correr da prática. Se um homem nada fizesse, não só deixaria de adquirir conhecimento, como também não poderia existir, não poderia viver. Tendo se diferençado do mundo animal, o homem antes mesmo de possuir qualquer conhecimento teórico do desenvolvimento da natureza, já trabalhava. Procurava alimento, construía abrigos, aprendeu a fazer vestuários. Na prática quotidiana, o homem aprendeu tudo que era indispensável na luta contra a natureza.
Isto é confirmado por nossa experiência quotidiana. O homem nasce sem qualquer conhecimento e o adquire entrando em contato com os fenômenos ambientes, no curso da prática. Quando uma criança engatinha para peto do fogo, querendo pegá-lo, não conhece ainda as suas propriedades. Em breve, porém, tomando, na prática, conhecimento de tais propriedades, não tenta mais aproximar-se do fogo. Adquire um conhecimento definitivo.
Isto não quer dizer, evidentemente, que apenas na experiência prática pessoal do homem o conhecimento é obtido. Em nossa atividade, não somente adquirimos a nossa própria experiência, mas nos valemos também da experiência adquirida pelos outros, isto é, a experiência social de toda a humanidade. A prática social é a atividade de todos os homens, no decorrer da qual eles atuam sobre o mundo material e o modificam. Em tal prática estão incluídas a atividade produtiva, a luta de classes, o movimento de libertação nacional, a construção socialista, as experiências científicas, etc. Em última análise, todo conhecimento é adquirido graças à prática social do homem. Isto se vê claramente na história da ciência.
Como surgiu, por exemplo, a geometria? Na antiguidade, os homens, cultivando o solo e construindo casas, viam-se muitas vezes diante da necessidade de medir lotes de terra de diferentes tamanhos e formas. Pouco a pouco, encontraram um método comum de medida que poderia ser empregado em qualquer terreno, independentemente de sua forma: triangular, trapezoidal, etc. É assim que nasce qualquer ciência: no decorrer da generalização da prática.
Assim, o conhecimento científico e a teoria científica nascem da prática, que é a base da cognição.
A prática não constitui apenas a base do conhecimento; é também sua força motriz. Se, por exemplo, a vida apresenta a tarefa de se encontrar um método de cultivo do solo, tal coisa oferece um grande estímulo prático no desenvolvimento da ciência agronômica.
Lenine ensinou que a concepção da vida, da prática, deve ser a concepção primordial e fundamental da teoria do conhecimento.
Não depreciará isto, contudo, a significação da teoria e da ciência na produção e na atividade revolucionária? Os revisionistas – os inimigos do marxismo – tentam provar que os marxista-leninistas, exaltando a primazia da prática no conhecimento, negam o papel da teoria. Acusam os marxistas de “praticismo estreito”, isto é, de negligenciar” a teoria. Isto não passa de pura invencionice. Todos os partidos marxista-leninistas sempre atribuíram e continuam a atribuir excepcional significação à teoria. Lenine afirmou que a teoria ilumina o caminho da prática.
É incompatível com o materialismo dialético o reconhecimento da significação apenas da prática ou apenas da teoria.
Existe uma unidade dialética entre a teoria e a prática. É impossível divorciar-se uma da outra. A teoria nasce da prática, mas, ao mesmo tempo, promove e enriquece a prática. Sem prática, não pode haver teoria. Mas sem uma teoria revolucionária, não pode haver prática revolucionária. Sem a prática, a teoria é uma coisa morta. Sem a prática, os princípios teóricos são um peso morto. Sem a teoria científica, porém, a prática é cega, carente de perspectiva. Sem a teoria científica, é impossível dirigir qualquer empresa ou cooperativa, ou dirigir qualquer país em seu conjunto, de maneira correta e eficiente. (...)
Assim, a inseparável unidade da teoria e da prática constitui a mais importante conclusão da teoria marxista do conhecimento. Página por página, o livro da natureza está sendo lido e compreendido pelo homem. (...)
Conclui-se, de tudo isto, que o conhecimento humano se desenvolve da falta de conhecimento para o conhecimento, do conhecimento parcial para o conhecimento cada vez mais completo.
Adquirindo conhecimento do mundo, encontramos a verdade e alcançamos o verdadeiro conhecimento.


O que é a Verdade?
A vida quotidiana evidencia que, por verdade, nós entendemos a espécie de conhecimento que não é inventado, mas que corresponde ao que realmente existe. Verdade é verdade. Opõe-se à ilusão, à falsidade. Nossas afirmações são falsas se o que afirmamos não existe na realidade, na vida real. A concepção materialista do mundo baseia-se nisso.
Assim, uma vez que o conhecimento humano é verdadeiro quando corresponde à realidade, a verdade não depende da vontade humana, dos desejos do homem. Disso se deduz o importante princípio da natureza objetiva da verdade, que foi pela primeira vez formulado e justificado pela filosofia marxista-leninista.
Em sua obra “Materialismo e Empírio-Criticismo”, V. I. Lenine chama de verdade objetiva a parte do conteúdo de ideias humanas que não depende do sujeito, que não depende do homem e da humanidade.
Como poderemos compreender tal coisa adequadamente? Será a verdade a própria natureza, uma vez que ela existe objetivamente, isto é, independentemente do homem e da humanidade? Não; seria errôneo interpretar-se a verdade de tal maneira. O que existe não pode ser verdadeiro nem falso. Existe, simplesmente. Verdadeiros ou falsos podem ser o conhecimento do homem, suas opiniões, afirmações relativas à realidade, e não a própria realidade.
Outro problema se apresenta aqui. Se a verdade é o conhecimento do homem, como afirmamos, então, ela não depende do homem e da humanidade? Não são os trabalhos do homem e as investigações científicas que nos fazem alcançar este ou aquele nível de conhecimento científico? Algumas pessoas raciocinam, de fato, dessa maneira. Uma vez que não existe a verdade sem o homem, argumentam, não existe a verdade objetiva, pois ela é sempre subjetiva, dependente do homem. Tal raciocínio, porém, é incorreto.
Sem o homem, realmente, não há a verdade. O que constitui seu conteúdo, porém, não depende do homem.
A verdade das afirmações, das deduções humanas, etc., não depende da vontade do homem, mas da sua correspondência com a realidade objetiva, que existe no mundo independentemente do homem. É por isso que Lenine diz que a verdade objetiva não depende do homem e da humanidade. O homem não cria a verdade, mas a reflete de conformidade com o que existe na realidade objetiva.”


“Devemos nos lembrar, como salientou Lenine, que a verdade é um processo. A verdade não pode ser representada como uma imagem final e total ou como uma fotografia de toda a natureza. O processo de compreensão da verdade absoluta não é um ato instantâneo, mas um complicado caminho, histórico e infindável, de aquisição de conhecimento. A humanidade jamais acabará de trilhá-lo.
O processo de compreensão de verdades absolutas se faz através de fases de acumulação de verdades relativas. O desenvolvimento do conhecimento consiste no fato das verdades relativas se acumularem pouco a pouco, tornando o homem cada vez mais perto do conhecimento de toda a natureza, seus fenômenos e leis. Do mesmo modo que o todo é formado pelas partes, a verdade absoluta é formada pelas verdades relativas, no infindável processo do desenvolvimento do conhecimento.
Tal interpretação da verdade absoluta – como a soma das verdades relativas no processo de seu desenvolvimento – é dirigida contra a separação metafísica das verdades absoluta e relativa. Não há uma barreira intransponível entre a verdade relativa e a absoluta. À medida que vamos conhecendo as verdades relativas, vamos também obtendo valiosos fragmentos da verdade absoluta.”


“O materialismo dialético ensina que a verdade é sempre concreta.
Verdade concreta é aquela que reflete corretamente a essência de fenômenos específicos e as condições em que tais fenômenos se desenvolvem. A verdade abstrata, ao contrário, não leva em consideração a situação concreta, as condições nas quais os fenômenos se desenvolvem. É o caminho que seguem os dogmáticos. (...)
Assim, o marxismo criador exige, a qualquer tempo, que estudemos as condições concretas, a fase histórica, em que ocorre uma atividade. Nisso consiste a essência da maneira concreto-histórica de encarar os fenômenos da realidade.
Tais são os requisitos da teoria do conhecimento do materialismo dialético.”

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