Editora: Boitempo
ISBN: 978-85-7559-171-0
Tradução e notas: Nélio Schneider
Opinião: ★★★☆☆
Páginas: 176
Sinopse: Décimo título da coleção Marx-Engels da Boitempo Editorial, O 18 de brumário de Luís Bonaparte traz a
célebre análise de Karl Marx sobre o processo que levou da Revolução de 1848 para
o golpe de Estado de 1851 na França. Escrito no calor dos fatos, entre dezembro
de 1851 e fevereiro de 1852, teve sua primeira publicação em maio de 1852, com o
título Der 18te Brumaire des Louis Napoleon,
na estreia da revista alemã Die Revolution.
A tradução brasileira tem por base a segunda edição, revisada por Marx em 1869,
em Hamburgo.
Nesse texto fundamental, o filósofo desenvolve o estudo do
papel da luta de classes como força motriz da história e aprofunda a teoria do Estado,
sobretudo demonstrando que todas as revoluções burguesas apenas aperfeiçoaram a
máquina estatal para oprimir as classes. Embasado por essa observação, Marx propõe,
pela primeira vez, a tese de que o proletariado não deve assumir o aparato existente,
mas desmanchá-lo.
A publicação de O 18
de brumário de Luís Bonaparte é também enriquecida com um texto de Herbert Marcuse
inédito em português, escrito para a edição de 1965 da editora Insel (Frankfurt).
Nele, Marcuse fala, já sob a luz do século XX, sobre como a interpretação de Marx
acerca do golpe de Napoleão III antecipa a dinâmica posterior da sociedade: “Como
se chegou a essa situação em que a sociedade burguesa só pode ainda ser salva pela
dominação autoritária, pelo exército, pela liquidação e traição das suas promessas
e instituições liberais? (...) Isso é cômico, mas a própria comédia já é a tragédia,
na qual tudo é jogado fora e sacrificado. Tudo ainda é século XIX: passado liberal,
pré-liberal”.
Mesmo diante da conversão da irracionalidade em razão dominante
e em face da derrota daqueles que se sublevaram nos anos seguintes ao terceiro Napoleão
– como na Comuna de Paris, em 1871 –, Marx manteve a esperança para os desesperançados.
E, como lembra Ruy Braga na orelha do livro, “no momento em que variantes democráticas
‘bonapartistas sui generis’ despertam do pesadelo neoliberal na América Latina,
nada melhor do que redescobrir a obra que sedimentou as bases de todo um precioso
debate político e acadêmico.”
A ilustração de capa, na qual Marx pisa displicentemente no
retrato de Luís Napoleão, é de autoria de Gilberto Maringoni. A publicação foi traduzida
por Nélio Schneider e vem ainda acompanhada de um índice onomástico das personagens
citadas no texto principal e de uma cronobiografia resumida de Marx e Engels – que
contém aspectos fundamentais da vida pessoal, da militância política e da obra teórica
de ambos –, com informações úteis ao leitor, iniciado ou não na obra marxiana.
“Marx foi o primeiro a descobrir a grande lei
do movimento da história, a lei segundo a qual todas as lutas históricas travadas
no âmbito político, religioso, filosófico ou em qualquer outro campo ideológico
são de fato apenas a expressão mais ou menos nítida de lutas entre classes sociais,
a lei segundo a qual a existência e, portanto, também as colisões entre essas classes
são condicionadas, por sua vez, pelo grau de desenvolvimento da sua condição econômica,
pelo modo da sua produção e pelo modo do seu intercâmbio condicionado pelo modo
de produção. Essa lei, que para a história tem a mesma importância do que a lei
da transformação da energia para a ciência natural – essa lei lhe proporcionou,
também nesse caso, a chave para a compreensão da história da Segunda República francesa.
E essa história lhe serviu para submeter a sua lei à prova, tanto é que, trinta
e três anos depois, ainda temos de reconhecer que ela passou no teste com brilhantismo.”
(Friedrich Engels – Prefácio à 3ª edição, de 1885)
“Em alguma passagem de suas obras, Hegel comenta
que todos os grandes fatos e todos os grandes personagens da história mundial são
encenados, por assim dizer, duas vezes. Ele se esqueceu de acrescentar: a primeira
vez como tragédia, a segunda como farsa.”
“Os homens fazem a sua própria história; contudo,
não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não são eles quem escolhem as circunstâncias
sob as quais ela é feita, mas estas lhes foram transmitidas assim como se encontram.
A tradição de todas as gerações passadas é como um pesadelo que comprime o cérebro
dos vivos. E justamente quando parecem estar empenhados em transformar a si mesmos
e as coisas, em criar algo nunca antes visto, exatamente nessas épocas de crise
revolucionária, eles conjuram temerosamente a ajuda dos espíritos do passado, tomam
emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem, o seu figurino, a fim de representar,
com essa venerável roupagem tradicional e essa linguagem tomada de empréstimo, as
novas cenas da história mundial. Assim, Lutero se disfarçou de apóstolo Paulo, a
revolução de 1789-1814 se travestiu ora de República Romana ora de cesarismo romano
e a revolução de 1848 não descobriu nada melhor para fazer do que parodiar, de um
lado, o ano de 1789 e, de outro, a tradição revolucionária de 1793-95. Do mesmo
modo, uma pessoa que acabou de aprender uma língua nova costuma retraduzi-la o tempo
todo para a sua língua materna; ela, porém, só conseguirá apropriar-se do espírito
da nova língua e só será capaz de expressar-se livremente com a ajuda dela quando
passar a se mover em seu âmbito sem reminiscências do passado e quando, em seu uso,
esquecer a sua língua nativa.”
“O período que temos diante de nós abrange a mais
variada mistura de contradições gritantes: constitucionalistas que conspiram contra
a Constituição; revolucionários que admitem ser constitucionalistas; uma Assembleia
Nacional que quer ser onipotente e que o tempo todo permanece parlamentarista; uma
Montanha que acha a sua vocação na tolerância e que compensa as suas atuais derrotas
profetizando vitórias futuras; monarquistas que constituem os patres conscripti*
da república e que são forçados pela situação a manter no exterior as casas reais
inimigas de que são adeptos e, na França, a república que odeiam; um Poder Executivo
que vislumbra a sua força na sua própria debilidade e a sua respeitabilidade no
desprezo que inspira; uma república que nada mais é que a infâmia conjugada de duas
monarquias, a da monarquia da Restauração e a da Monarquia de Julho, com uma etiqueta
imperialista – uniões, cuja primeira cláusula é a separação; lutas, cuja primeira
lei é a indecisão; em nome do sossego, agitação caótica e sem conteúdo; em nome
da revolução, pregação solene do sossego; paixões sem verdade, verdades sem paixão,
heróis sem feitos heroicos, história sem eventos; desenvolvimento, cujo único motor
parece ter sido o calendário, exaurindo-se pela constante repetição das mesmas tensões
e distensões; antagonismos que parecem aguçar a si mesmos periodicamente só para
embotar-se e ruir sobre si mesmos sem conseguir chegar a uma resolução; esforços
pretensiosamente encenados ao público e pavor burguês diante da ameaça do fim do
mundo; ao mesmo tempo, os salvadores do mundo representam as intrigas e comédias
cortesãs mais mesquinhas, que em seu laisser-aller [sua negligência] lembram
menos o dia do juízo final do que os tempos da fronda** – o conjunto da genialidade
oficial da França envergonhada pela estupidez astuta de um único indivíduo; toda
a vontade da nação, sempre que manifestada pelo voto universal, buscando a expressão
que lhe corresponde nos ultrapassados inimigos dos interesses das massas, até encontrá-la,
por fim, na renitência de um flibusteiro. Se algum trecho da história foi pintado
em tom de cinza, então foi esse. Pessoas e acontecimentos aparecem como schlemihles***
invertidos, como sombras que perderam os seus corpos. A revolução paralisou os seus
próprios agentes e dotou somente os seus adversários de fervorosa violência. Quando
finalmente surgiu o “espectro vermelho”, constantemente conjurado e esconjurado
pelos contrarrevolucionários, ele não apareceu com o barrete frígio do anarquismo
na cabeça, mas trajando o uniforme da ordem, com as suas bombachas vermelhas.”
*: Pais eleitos (título de honra dos senadores
da Roma antiga).
**: A fronda foi um movimento de oposição contra
o absolutismo na França, que existiu de 1648 a 1653. Ela reunia forças sociais variadas,
desde elementos camponeses, plebeus radicais e elementos da burguesia oposicionista
até altos funcionários e aristocratas. O
movimento estava direcionado em primeira linha contra a política do cardeal Jules
Mazarin.
***: Referência à novela Peter Schlemihls wundersame Geschichte [A fantástica história de Peter
Schlemihl], de A. von Chamisso (1814), em que o personagem principal Peter Schlemihl
vende a sua sombra ao diabo.
“Assim como na vida privada se costuma diferenciar
entre o que uma pessoa pensa e diz de si mesma e o que ela realmente é e faz, nas
lutas históricas deve-se diferenciar tanto mais as fraseologias e ilusões nutridas
pelos partidos do seu verdadeiro organismo e dos seus reais interesses, deve-se
diferenciar as suas concepções da sua realidade.”
“Por representar a pequena burguesia, ou seja,
uma classe de transição, na qual os interesses de duas classes se embotam
de uma só vez, o democrata tem a presunção de se encontrar acima de toda e qualquer
contradição de classe. Os democratas admitem que o seu confronto é com uma classe
privilegiada, mas pensam que eles é que constituem o povo junto com todo o entorno
restante da nação, que eles representam o direito do povo, que o seu interesse
é o interesse do povo. Por conseguinte, não teriam necessidade de verificar,
na iminência de uma luta, os interesses e posicionamentos das diferentes classes.
Não teriam necessidade de sopesar com todo cuidado os seus próprios meios. A única
coisa que precisariam fazer era dar o sinal para que o povo se lançasse sobre os
opressores com todos os seus inesgotáveis recursos. Mas quando, no momento
da ação concreta, os seus interesses se revelam desinteressantes e o seu poder se
revela impotente, atribuem esse fato ou a sofistas perniciosos que dividem o povo
indivisível em diversas frentes hostis ou ao exército que estava por demais
abestalhado e ofuscado para compreender os fins puros da democracia como a melhor
coisa para si mesmo, ou tudo falhou em algum detalhe de execução ou então algum
imprevisto pôs a perder essa rodada do jogo. Como quer que seja, o democrata sai
da derrota mais vergonhosa tão imaculado quanto era inocente ao nela entrar, agora
renovado em sua convicção de que ele deverá triunfar, não de tal modo que ele próprio
e o seu partido tenham de renunciar ao seu velho ponto de vista, mas, ao contrário,
de tal modo que as condições amadureçam no sentido por ele pretendido.”
“Num primeiro momento, Bonaparte havia apenas
dado um passo para frente, para ser arremessado de volta de modo tanto mais conspícuo.
A sua mensagem indelicada foi seguida da mais servil das declarações de submissão
à Assembleia Nacional. Toda vez que os ministros ousavam uma tentativa tímida de
apresentar os seus caprichos pessoais como projetos de lei, eles próprios pareciam
cumprir contrariados e pela obrigação do cargo as esdrúxulas incumbências recebidas
e de cujo insucesso de antemão estavam convencidos. Toda vez que Bonaparte deixava
escapar as suas intenções pelas costas dos ministros e brincava com as suas “idées
napoléoniennes” [ideias napoleônicas], os seus próprios ministros o desautorizavam
da tribuna da Assembleia Nacional. Os seus desejos de usurpação pareciam ganhar
expressão só para que as gargalhadas de regozijo dos seus adversários não silenciassem.
Ele se portava como um gênio não reconhecido, que todo mundo tinha na conta de um
simplório. Ele nunca gozou de tanto desprezo por parte de todas as classes como
durante esse período. O governo da burguesia nunca foi tão absoluto, nunca ela ostentou
com tanta prepotência as insígnias da dominação.
Não me cabe aqui escrever a história da sua atividade
legislativa, que se resume, nesse período, em duas leis: na lei que restabelece
o imposto do vinho e na lei de educação, que abole a descrença. Enquanto,
para os franceses, ficou mais difícil beber vinho, foi-lhes servida, em compensação,
mais abundantemente a água da verdadeira vida. Enquanto, na lei referente ao imposto
do vinho, a burguesia declarou intocável o velho e detestável sistema fiscal francês,
mediante a lei de educação, ela procurou assegurar o antigo estado de ânimo das
massas que permitia suportá-lo.”
“A burguesia tinha a noção correta de que todas
as armas que ela havia forjado contra o feudalismo começavam a ser apontadas contra
ela própria, que todos os recursos de formação que ela havia produzido se rebelavam
contra a sua própria civilização, que todos os deuses que ela havia criado apostataram
dela. Ela compreendeu que todas as assim chamadas liberdades civis e todos os órgãos
progressistas atacavam e ameaçavam a sua dominação classista a um só tempo
na base social e no topo político, ou seja, que haviam se tornado “socialistas”.
Nessa ameaça e nesse ataque, ela desvendou acertadamente o segredo do socialismo,
cujo sentido e tendência ela avaliou com mais justeza do que o próprio assim chamado
socialismo é capaz de fazer a seu respeito, o qual, por conseguinte, não consegue
entender por que a burguesia se fecha a ele tão obstinadamente, quer ele se lamurie
em termos sentimentais dos sofrimentos da humanidade, quer ele proclame em termos
cristãos o reino milenar e o amor fraterno universal ou devaneie em termos humanistas
sobre espírito, formação e liberdade ou imagine em termos doutrinários um sistema
de mediação e de bem-estar de todas as classes. Porém, o que a burguesia não compreendeu
foi a consequência de que o seu próprio regime parlamentarista, que a sua
dominação política como tal, e agora também em moldes socialistas,
necessariamente incorreria na sentença condenatória generalizada. Enquanto a dominação
da classe burguesa não se organizasse totalmente, enquanto não adquirisse a sua
expressão política pura, o antagonismo em relação às demais classes tampouco podia
aparecer de forma pura, e, onde aparecesse, não teria como assumir aquela versão
perigosa que transforma toda luta contra o poder estatal em luta contra o capital.
Vendo em cada manifestação de vida da sociedade uma ameaça à “tranquilidade”, como
ela poderia querer manter no topo da sociedade o regime da intranquilidade,
o seu próprio regime, o regime parlamentarista, esse regime que, segundo
a expressão de um dos seus oradores, vive na luta e pela luta? O regime parlamentarista
vive da discussão; então, como poderia proibir a discussão? Cada interesse, cada
instituição social é transformada por ele em ideia universal, tratada como ideia;
como poderia algum interesse, alguma instituição afirmar-se acima do pensamento
e impor-se como artigo de fé? A briga dos oradores na tribuna provoca a briga dos
prelos, o clube de debates no Parlamento é necessariamente complementado pelos clubes
de debates nos salões e bares, os representantes que constantemente apelam para
a opinião popular autorizam-na a expressar a sua real opinião por meio de petições.
O regime parlamentarista submete tudo à decisão das maiorias; como poderiam as maiorias
que estão além do Parlamento querer não decidir? Se vós que estais no topo do Estado
tocais o violino, por acaso não esperais que os que estão lá embaixo dancem?
Assim sendo, ao tachar de heresia “socialista”
aquilo que antes enaltecera como “liberal”, a burguesia confessa que o seu
próprio interesse demanda que ela seja afastada do perigo de governar a si própria;
que, para estabelecer a tranquilidade no país, sobretudo o seu Parlamento de burgueses
devia ser silenciado; que, para preservar o seu poder social intacto, o seu poder
político devia ser desmantelado; que os burgueses privados só poderiam continuar
a explorar as demais classes e desfrutar sem percalços a propriedade, a família,
a religião e a ordem se a sua classe fosse condenada à mesma nulidade política que
todas as demais classes; que, para salvar a sua bolsa, a coroa deveria ser arrancada
da sua cabeça e a espada destinada a protegê-la deveria ser pendurada sobre a sua
própria cabeça como espada de Dâmocles.”
“No momento em que a própria burguesia passou
a encenar a mais completa comédia, ainda que com insuperável seriedade, sem violar
nenhuma das condições pedantes da etiqueta dramática francesa, ela própria meio
iludida e meio convencida do caráter solene das suas grandes ações oficiais, teria
de triunfar o aventureiro que encarava essa ação como pura comédia. Somente depois
de ter eliminado o seu solene adversário, somente depois que ele próprio começou
a levar a sério o seu papel imperial e, colocando a máscara napoleônica, imaginou
estar representando o verdadeiro Napoleão, tornou-se vítima da sua própria cosmovisão,
o palhaço sério, que deixa de tomar a história universal como comédia e passa a
ver a sua comédia como história universal.”
“O puro egoísmo que faz com que o burguês comum
sempre esteja inclinado a sacrificar o interesse geral da sua classe em favor deste
ou daquele motivo privado.”
“De modo ainda mais inequívoco do que no caso
da ruptura com os seus representantes parlamentares, a burguesia tornou pública
a sua raiva contra os seus representantes literários, contra a sua própria imprensa.
Causaram assombro não só na França, mas em toda a Europa, as sentenças proferidas
pelos júris burgueses, condenando jornalistas burgueses a pagar multas exorbitantes
e a cumprir penas descabidas de prisão por todo e qualquer ataque que desferiam
contra os anseios usurpadores de Bonaparte, por toda e qualquer tentativa da imprensa
no sentido de defender os direitos políticos da burguesia contra o Poder Executivo.
Como demonstrei, o partido parlamentar da ordem
com a sua grita por tranquilidade reduziu a si próprio ao silêncio, declarando que
o domínio político da burguesia é incompatível com a segurança e a continuidade
da burguesia, destruindo com as próprias mãos, na luta contra as demais classes
da sociedade, todas as condições de seu próprio regime, o regime parlamentarista;
a massa extraparlamentar da burguesia, em contrapartida, sendo servil ao
presidente, insultando o Parlamento, maltratando a sua própria imprensa, praticamente
convidou Bonaparte a reprimir e destruir o segmento que dominava a fala e a escrita,
os seus políticos e os seus literatos, a sua tribuna e a sua imprensa, para que
pudesse, confiadamente, sob a proteção de um governo forte e irrestrito, dedicar-se
aos seus negócios privados. Ela declarou inequivocamente que estava ansiosa por
desobrigar-se do seu próprio domínio político para livrar-se, desse modo, das dificuldades
e dos perigos nele implicados.
E essa massa da burguesia, que já se indignara
contra a simples luta parlamentar e literária em prol do domínio da sua própria
classe e traíra os líderes dessa luta, ousou, então, depois do fato, acusar o proletariado
de não ter se levantado para a batalha sangrenta, para a batalha de vida e morte
por ela! Ela, que a todo momento sacrificara o interesse geral da sua classe, isto
é, o seu interesse político, em favor do mais tacanho e imundo interesse privado
e exigira que os seus representantes fossem capazes de fazer sacrifício similar,
deplorou, então, que o proletariado tenha sacrificado os interesses políticos idealistas
dela em favor dos seus interesses materiais. Ela adota a pose da alma boa que teria
sido mal-interpretada e abandonada no momento decisivo pelo proletariado desencaminhado
pelos socialistas. E encontrou eco generalizado no mundo burguês.”
“A burguesia necessariamente temerá a estupidez
das massas enquanto elas permanecerem conservadoras, e o discernimento das massas
assim que elas se tornarem revolucionárias.”
A parte mais relevante e atual do livro é também tratada de maneira bem didática e esclarecedora pelo professor Alysson Mascaro: https://www.youtube.com/watch?v=7bM4y9hsJS4&list=UUzwfw0utuEVxc4D6ggXcqiQ
ResponderExcluirDê uma olhada em CONFISSÕES, do Darcy Ribeiro, e em CHEGA DE SAUDADE, do Ruy Castro. Tenho certeza que irá gostar de ambos... Só achei pouco 3 estrelas para O FÍSICO, do Noah Gordon... Ele também tem A ESCOLHA DA DRA COLE e XAMÃ... É uma trilogia...
ResponderExcluirOii, Adorei, já estou te seguindo, bjos.
ResponderExcluirhttp://yuugracindo.blogspot.com.br/