segunda-feira, 5 de maio de 2014

Musashi: A Terra – A Água – O Fogo – Eiji Ishiokawa

Editora: Estação Liberdade
ISBN: 978-857448-166-1
Tradução e notas: Leiko Gotoda
Opinião: ★★★★☆
Páginas: 600
Sinopse: Musashi é o mais famoso romance épico japonês do século XX, com cerca de 120 milhões de exemplares vendidos no mundo. A história de Miyamoto Musashi, na vida real o grande samurai do Japão da época dos xoguns (século XVII), conta como um jovem selvagem e sanguinário adquire, ao longo de inúmeras lutas e constantes situações de grande perigo, as qualidades e a têmpera que o levariam a ser o maior e mais sábio de todos os guerreiros. É a primeira vez que se edita em português esta famosa obra, e trata-se da primeira tradução integral no Ocidente.



“Quanto mais simples o povo, mais teme a autoridade.”


“Como se viu, finda a batalha de Sekigahara, rounins sem destino tinham invadido a vizinha cidade de Nara, dominando-a e anarquizando-a, empanando a Luz de Buda dos templos. Mas nenhum desses proscritos conseguira infiltrar-se na área compreendida entre o vilarejo Vale Yagyu e a montanha Kasagi. Só esse fato dava uma ideia da firmeza dos hábitos e da organização do Vale Yagyu, e de sua impermeabilidade a elementos nocivos. Dignos de louvor, porém, não eram apenas o povo e seu suserano, mas também a montanha Kasagi – de incomparável beleza desde o amanhecer até o pôr-do-sol – e a água dos seus rios, famosa pela pureza e por prestar-se a saborosos chás. Além disso, graças à proximidade com Tsukigase, terra de ameixeiras e morada de rouxinóis, o canto destes pássaros soava incessantemente durante meses – antes mesmo do degelo das neves nas montanhas até a estação dos trovões – seu mavioso trinado rivalizando em pureza com as águas do rio. Disse certa vez um poeta: “Montanhas puras e rios cristalinos compõem o berço de um grande homem.” Portanto, se grandes homens não tivessem nascido nessas terras, o poeta estaria mentindo e as montanhas seriam simples enfeites desprovidos de valor. Pior ainda, dúvidas seriam levantadas quanto à qualidade do sangue que corria nas veias do povo. Mas o poeta estava com a razão: nos últimos tempos, essas montanhas tinham dado grandes homens ao mundo.”


“Um antigo provérbio dizia: “A rã que mora num poço não sabe como o mar é grande”.”


“Das agonias experimentadas por um ser humano durante a vida, nenhuma é mais exasperante, depressiva e ao mesmo tempo tão sem remédio do que a de procurar alguém em vão.”


“Arrogância e artes marciais andavam sempre de mãos dadas e eram insuportáveis em qualquer circunstância.”

2 comentários:

Sugestão de Livros disse...

É interessante observar que um livro de 600 páginas gerou tão poucos comentários a serem destacados.

Paulão Fardadão Cheio de Bala disse...

As ilustração desse livro são mto massa! São tipo essa do post, mas em preto e branco. No meu entender, elas passam mto bem a sensação do q é estar no meio de uma pancadaria desenfreada, com a adrenalina correndo solta, sem saber direito se nesse último movimento vc acabou de matar ou ser morto por alguém.