quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Torre Negra: As Terras Devastadas, de Stephen King

Editora: Suma de Letras

ISBN: 978-85-81050-77-5

Tradução: Alda Porto

Opinião: ★★★☆☆

Páginas: 528

Sinopse: Com As Terras Devastadas, terceiro volume da magistral saga épica A Torre Negra, entramos mais uma vez no reino de uma das imaginações mais poderosas de nossa época: a do escritor norte-americano Stephen King. Neste romance emocionante, Roland, o último pistoleiro, se aproxima ainda mais da Torre Negra de seus sonhos e pesadelos – atravessando um deserto amaldiçoado em um mundo macabro que é uma imagem distorcida do nosso próprio mundo.

Junto com Roland estão dois daqueles que ele levou consigo para esse universo: o ex-viciado nova-iorquino Eddie Dean e Susannah, nova identidade da mulher que combina em um mesmo corpo duas personalidades distintas. À sua frente estão as extraordinárias revelações sobre quem ele é e o que o motiva em sua busca. E contra ele se perfila uma legião cada vez mais numerosa de inimigos, humanos ou não.

À medida que o ritmo da ação e aventura, da descoberta e do perigo se acelera cada vez mais, o leitor é irremediavelmente absorvido por um drama espetacular, ao mesmo tempo assustador como um pesadelo... e estranhamente familiar. As Terras Devastadas é uma história magnífica, mais um testemunho do imenso talento de Stephen King.

Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no poema épico do século XIX Childe Roland a Torre Negra Chegou, e repleta de referências à cultura pop, às lendas arturianas e ao faroeste, A Torre Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea.


 

“As lições mais tempo lembradas são sempre as aprendidas por si mesmo.”

 

 

“Jake tinha perfeita consciência de que na feroz fornalha da cabeça de Elmer Chambers, o carvão bruto do desejo e da opinião muitas vezes se fundia nos duros diamantes que ele chamava de fatos...”

 

 

“— Que bicho era aquele, Roland?

— Um parente do guaxinim.

— Não serve para comer?

Roland fez que não com a cabeça.

— Duro. Amargo. Eu preferiria comer cachorro.

— E já comeu? — perguntou Susannah. — Cachorro, quero dizer?

Roland confirmou com a cabeça, mas não entrou em detalhes.

Eddie se viu pensando numa fala de um antigo filme de Paul Newman: Isso mesmo, dona... comi e vivi como um.”

 

 

“Susannah viu-se lembrando da vez em que perguntara ao pai, um homem caladão, mas profundamente cético, se ele acreditava que havia um Deus no céu que guiava o rumo dos acontecimentos humanos. Bem, ele dissera, eu acho que é meio a meio, Odetta. Tenho certeza de que existe um Deus, mas não creio que Ele tenha muito a ver conosco hoje em dia; acho que, depois que matamos o filho d’Ele, Ele finalmente enfiou na cabeça que não havia nada que pudesse fazer com os filhos de Adão e as filhas de Eva, e lavou as mãos para a gente. Cara esperto. Ela respondera a isso (que já esperava inteiramente; tinha 11 anos na época e já conhecia muito bem a cabeça do pai) mostrando-lhe uma nota na página das igrejas Comunitárias no jornal local. Dizia que o reverendo Murdock, da Igreja Metodista da Graça, ia elucidar naquele domingo o tópico “Deus Fala a Nós Todos os Dias” – com um texto de Coríntios I. O pai rira tanto disso que lágrimas lhe haviam esguichado dos cantos dos olhos.

— Bem, eu acho que cada um de nós ouve alguém falando – disse por fim – e você pode apostar seu último dólar numa coisa, querida: cada um de nós – incluindo esse reverendo Murdock aí – ouve essa voz dizer exatamente o que quer ouvir. É tão conveniente.”

3 comentários:

Sugestão de Livros disse...

Trechos de conteúdo forte!

porque livro nunca enguiça disse...

Saga maravilhosa, que agrada aos mais variados públicos.
Menciono um dos personagens em meu post sobre padres fora do convencional. Se quiser dar uma olhada.
http://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/2014/06/sete-padres-que-deram-um-pessimo-exemplo.html

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Saga maravilhosa, que agrada aos mais variados públicos.
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